30/07/2013

São Paulo do Potengi não tem cultura?



Tenho ouvido com certa regularidade uma frase que me preocupa bastante: “São Paulo do Potengi não tem cultura!” Isto realmente me incomoda. Como também me incomoda a falta de público para eventos importantíssimos como aconteceu ontem à noite na posse dos novo acadêmicos da ACADEMIA JUVENIL DE LETRAS - MARIA NINI DE ARAUJO SOUTO, que contou com uma tímida plateia formada por amigos e familiares dos acadêmicos e algumas autoridades.
Este evento por si só, já merece ser aplaudido de pé, ainda mais quando recebe para a cerimônia, imortais de outras academias e que saíram entusiasmados com o ineditismo. São Paulo do Potengi é o único município do país onde existe uma academia juvenil de letras. Me impressiona a garra e ousadia da Professora Mariquinha e o desprendimento da professora Cruzinha Campos que em dois dias preparou os acadêmicos para apresentarem músicas do cancioneiro que dizem tudo e mais alguma coisa sobre nós, sobre a musica brasileira, sobre a arte e que nos afirma que em São Paulo do Potengi, existe sim cultura. E das boas! Cultura popular com o grupo do boi de Seu Esmerino Cassimiro, das quadrilhas juninas, exemplo da Brilho Potiguar, que conquistou esse ano diversos prêmios, e cultura erudita, com o coral, a banda marcial. A manutenção da cultura através do nosso memorial, apesar de totalmente esquecido pelo governo do estado.
Temos seu Abrósio Azevedo, Silvério Alves, o fomento do Johan Adonnis, com um belo e importante projeto através do Território da Cidadania, que pretende disponibilizar inúmeros instrumentos musicais, e que passa neste momento por uma busca a alguém capaz de gerir e trabalhar esses instrumentos na formação de músicos na cidade. A disposição do Arpiginho em realizar junto com outros amigos, o arraiá da capela do bairro Nossa Senhora Aparecida. Temos queijada, cavalgada, festa do seu Zé Miguel, temos a cultura religiosa, o recorde de componentes que vem cada dia mais, crescendo a participação no terço dos homens. Isto é cultura!

Temos a galinha caipira do Zé Arnaldo, a voz do Beto Show,  temos Joélica Diniz, cantora que saiu daqui e canta em grandes bandas por este país afora. Alexandre Moreira, nosso amigo e amante da terra, uma virtuose no mundo da música e sua esposa, a Sra. Conceição Moreira, musicista e introdutora do curso de violão na gestão anterior do Naldinho, e que se Deus quiser retomará suas atividades em breve.
Somos a terra do grande Antônio Aleixo e sua "Risada de maestro", música de sua autoria. Das rodas de violão com Antônio Aleixo, Zé Domingos e João Rodrigues. E se formos falar sobre o legado do maestro Tiãozinho...Tiãozinho é cultura pura!

Então com esta pequena relação de pessoas que agitam e se sacrificam para a promoção e manutenção do saberes e manifestações culturais, já temos um bom número de atividades. E isto é cultura!
Desmistificamos a sensação de que não existe cultura em SPP?
Temos este sentimento talvez, porque?  Falta divulgação, apoio, mecanismos para produzir e fazer fruir esses bens culturais? Claro. Porém o que provoca isto é a falta de conhecimento e ainda a postura amadora nas realizações dos eventos. O que deve mudar em breve.
No próximo dia 09 de Agosto, todos os artistas e a sociedade em geral terá a oportunidade de discutir junto aos gestores públicos políticas para o fomento das atividades culturais no município, bem como tomarem conhecimento dos programas do governo federal para a prática, produção, premiação dos mestres da cultura popular e demais mecanismos que possibilitam ao artista, popular ou erudito tratar sua arte como produto.

Então tudo isto que digo aqui,
 serve para mim principalmente deixar de me incomodar com a frase que deu impulso ao desenvolvimento deste texto e que da próxima vez eu responderei que: "Não. São Paulo do Potengi tem Arte, tem movimentos culturais, tem artistas da melhor qualidade e que estamos caminhando para que todos tomem conhecimento disto". E aproveitar para convidar aos menos avisados que a cultura pulsa nesta cidade tão querida.
O trabalho realizado na Escola Estadual Mauricio Freire é exemplo disto. Os acadêmicos, com suas poesias, ainda se aventurando em nos mostrar suas capacidades no canto, o poeta Moacir Farias, que até então conhecia apenas sua verve poética, descubro que é um grande legado cultural, conhecedor da arte e cultura popular de quase toda a América Latina. E isto? Não é  cultura?

E cultura é todo trabalho do indivíduo que cria, compõe, produz e até os que facilitam e prestigiam as artes e saberes do povo. Um exemplo disto é o próprio gestor municipal, Prefeito José Leonardo, que é um admirador da cultura do povo, e que se comprometeu ontem em buscar parcerias para ajudar a ACADEMIA JUVENIL DE LETRAS DE SÃO PULO DO POTENGI a manter seu curso.

Em um dos momentos mais emocionantes, o ator José Nerivan interpretou um poema escrito para homenagear o Profeta das águas, Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros, emocionando e tirando lágrimas dos mais emotivos. Tudo isto é arte, tudo isto é cultura.

É a arte do Elias Fabião e seu filho. Ambos musicistas formados pelo grande maestro Tiãozinho.
É a arte das rezadeiras, das tiradoras de benditos e cantadeiras de inselênças.

Então meus amigos,  no nosso município existe sim cultura. E das boas!


By Rosinaldo Luna


Programação do Agosto da Alegria 2013

A programação do festival Agosto da Alegria parece piada. Onde estão os shows, as apresentações? Difícil entender. Gostaria de poder aplaudir em algum momento a gestão atual, mas infelizmente é impossível encontrar um elogio, uma coisa bem elaborada. Em todos os sentidos, em todos os níveis, em todas as secretarias. Tudo é medíocre. O que tem a ver esse rapaz que mora na Califórnia vir expor no agosto da alegria?Sei lá. Achei fraco de mais!

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31.7 – Encontro de Secretários de Cultura do Nordeste, provocado pelo secretário estadual da Paraíba, o também cantor Chico César (que vinha cantar aqui, ó?). Às 15h, na Escola de Governo (Centro Administrativo);
1.8 – Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes de Cultura do Brasil, com representantes da secretaria de Articulação e da Economia Criativa do MinC. Às 9h, também na Escola de Governo;
1.8 – 3º Salão de Arte Popular Chico Santeiro, com vernissage agendada às 19h, na Pinacoteca do Estado (Centro Histórico). Curadoria do marchand Antônio Marques e Ângela Ferreira;
1.8 – Vernissagem da exposição Mocó: do Barroco ao Contemporâneo, às 19h, também na Pinacoteca. São 40 obras do artista plástico Rasmussem Ximenes, natural de Currais Novos e residente na Califórnia. Curadoria de Karla Alves;
- Mostra Nordeste de Artes Visuais. Participação de artistas visuais nordestinos, tendo como representante potiguar, Marcelo Gandhi;
1.8 – Naifes da Coleção do Governo do RN, às 16h, no IFRN Cidade Alta;
2.8 – Encontro de presidentes dos Conselhos Estaduais de Cultura, às 9h, na Escola de Governo;
2.8 – 3º Fórum Nacional de Economia Criativa, com Cláudia Leitão, do MinC (não disse a hora)
7.8 – Entrega do Mérito Deífilo Gurgel, no Salão Nobre do TAM, às 18h30;
- Minicurso de Direitos Culturais (não informou data nem horário). Será no Ponto de Cultura Tecido Social. Com Roberto Monte e Aluízio Matias.

25/07/2013

Filme Feliz Natal, de Selton Melo será exibido pelo IFRN-na segunda feira a tarde

Feliz Natal, de Selton Mello (Brasil, 2008)
por Eduardo Valente

Por um cinema da performance
A estréia de Selton Mello na direção de longas-metragens não deixa margem para dúvidas quanto à filiação do Selton diretor frente a dois filmes onde o Selton ator foi parte importante da criação: Lavoura Arcaica, de Luis Fernando Carvalho; e O Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia. De Lavoura, vêm a fotografia e a trilha sonora hiper-presentes como elementos de sobresignificação e de desejo construção de um universo essencialmente cinematográfico, além do ambiente da família e seus traumas como elemento catalisador dos dramas em cena (além da presença na tela de Leonardo Medeiros como protagonista, claro). Já de Cheiro do Ralo vêm uma estrutura dramática calcada nos jogos de poder e violência entre os personagens, sempre no sentido de um esgarçamento das relações, além de uma construção de cena que pensa cada cena como um pequeno palco para a performance dos atores. Esta listagem acima não é exaustiva (não só das formas de reverberações dos filmes nesta obra, nem mesmo das influências do filme de Selton como um todo – há um tanto de Cassavetes, de Lucrecia Martel, de Paul Thomas Anderson no filme), nem quer ser servir como instância redutora do trabalho, como se este fosse apenas uma junção dos universos alheios (inclusive porque é apenas natural que um ator que sempre teve vários projetos e uma presença marcante na criação dos filmes leve muito do que vivenciou de mais pregnante como parte do seu trabalho). Serve apenas como uma introdução para começar a entender e penetrar na lógica que rege este Feliz Natal.
O filme começa com alguns planos rápidos e hiperaproximados de corpos que se esfregam, além de uma grua elegante que esquadrinha o espaço de um ferro-velho. Logo, o personagem de Leonardo Medeiros, que havíamos visto no ferro-velho, chega a uma festa de Natal, onde aos poucos vamos entendendo as relações. A festa é filmada com uma câmera nervosa e expressivamente próxima dos corpos, usando de uma montagem cheia de picotes entrecortados. Vamos tendo acesso a pedaços de situações apenas, a diálogos que se referenciam a um passado de ressentimentos generalizados e que sinalizam um estado de perversão latente (a proximidade dos corpos de mãe e filho, o olhar dele para a sobrinha, as relações extra-conjugais somente subentendidas). Logo, porém, na medida em que a festa se aproxima de um final bombástico, os cortes rápidos são substituídos por um longo plano-sequência que em grande parte acompanha Darlene Glória no papel de uma mãe de família completamente entregue aos barbitúricos e álcool, quase fora da realidade.
Tanto num primeiro momento como no outro, Feliz Natal expõe de saída seu funcionamento estrutural: ele se propõe como exemplar de um cinema da performance. Performance dos atores, pois praticamente todos têm um momento para solar em cena, momentos que funcionam como se quase tudo parasse para que assistamos a um discurso de Darlene Glória, a uma réplica de Lúcio Mauro, a uma dança de Cláudio Mendes, a um surto de Thelmo Fernandes, a uma intervenção inteligente e/ou fofa das crianças. Mas também performance dos elementos artísticos do filme: a câmera que chama a atenção para seu trabalho com o foco e com a proximidade dos corpos, a fotografia que chama a atenção para seu uso dos grãos e do escuro, a montagem que chama a atenção para seus cortes abruptos ou raccords inesperados, a trilha sonora que chama a atenção para seus acordes dramáticos. Como resultado, Feliz Natal é um filme que funciona quase o tempo todo na hiperatividade, no perigoso jogo de afogar o espectador numa catarse dos elementos cênicos.
É claro que esta opção é um dado inicial do filme, e não algo a ser elogiado ou criticado por si mesmo. E que este desejo de catarse da linguagem se irmana ao momento de catarse familiar e pessoal vivenciado pelos personagens: se tudo em Feliz Natal é over, isso começa com os personagens e suas experiências. No entanto, deve-se perguntar sempre a um filme: por que esta opção pela catarse em si? Afinal, como dado, a “ficção da família disfuncional” já é hoje algo tão batido e estabelecido quanto a da “família feliz” um dia foi – e Selton Mello parece sempre consciente disso, tanto pelas influências com as quais dialogo abertamente, quanto até por colocar na boca do personagem de Darlene Glória em determinado momento uma piada com o próprio termo da “disfunção”.
Não é por acaso, então, que no meio a uma constante histeria de registro e de vivências de personagens, Feliz Natal faz questão de apostar aqui e ali na ponta solta, na sutileza de construção possível. É o ódio paterno que mais se subentende do que explica, é a vivência passada com os amigos que mais se alude do que mostra, é acima de tudo a presença de alguns personagens que, dois tons abaixo, conseguem uma curiosa empatia no meio do caos reinante (pensamos principalmente no casal formado por Paulo Guarnieri e Graziela Moretto). Há aqui um curioso curto-circuito dentro mesmo da lógica de Feliz Natal que, paradoxalmente, causa alguns de seus momentos e qualidades mais fortes e ao mesmo tempo sabota uma possibilidade de lógica interna que resolva o filme de forma mais definitiva. O filme passa a viver desta maneira bipolar: encontra considerável impacto em vários momentos de performance, mas maior empatia naquilo que não explora tão avidamente, que deixa mais quieto e ao fundo. Só que a constante ida e vinda entre os dois, torna o filme bastante exasperante.
Curiosamente, aliás, o final do filme reza pelas duas cartilhas, expondo esta fratura que o compõe (e, sim, vamos falar do final, quem não quiser saber, não leia): por um lado, o plano hiper-construído (em tempo, enquadramento, luz) que leva o menino, que sempre surgia em cena como um respiro dentro da perversão familiar generalizada, a um tipo de suicídio que, ao mesmo tempo que parece negar a possibilidade de futuro e inocência, acusa a negligência de pais e avós (que deixam o remédio à mão e não cuidam do menino); por outro lado, a aparente superação do trauma pela nova rotina do personagem de Leo Medeiros, filmado com uma distância respeitosa nesse seu ritual de chegada em casa, inclusive com um “filtro natural” colocado por uma cortina. Denúncia e punição de uma falência ou elogio de um novo começo? É entre dois pólos tão opostos como estes que transita o filme de Selton Mello o tempo todo: entre a histeria e a sutileza, o estereótipo e a construção individual de personagem. Nesta corda bamba e tanto que se dispõe a explorar, o filme se expõe a várias quedas, mas também faz por merecer vários aplausos por momentos de real maravilhamento.

Data: Segunda 29/07
Horas: 15h
Local: IFRN-Central Natal.

Outubro de 2008
editoria@revistacinetica.com.br
Na próxima segunda a noite virá um representante da Secretaria de Audiovisual do Minc falar sobre os editais de audiovisual em andamento e a política nacional do setor. Repassem pros seus amigos da área audiovisual pois o evento é aberto para toda a comunidade. Abaixo informações:

Secretaria do Audiovisual promove encontros no Nordeste visando discutir a questão do fomento e meios de financiamento para a área.
As políticas públicas voltadas para o audiovisual brasileiro serão destaque na região Nordeste a partir da próxima semana. O Coordenador de Inovação e Plataformas Audiovisuais da Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura (SAV / MinC) Leonardo Rossato cumpre agendas em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Os encontros são gratuitos e abertos a realizadores, estudantes e demais interessados na sétima arte.
No dia 29 de julho, Rossato segue para Natal, no Rio Grande do Norte, onde recebe os realizadores potiguares no Auditório do IFRN Cidade Alta. O encontro será na Avenida Rio Branco, 743, centro da cidade, a partir das 19h.
Auditório do IFRN Cidade Alta, Avenida Rio Branco, 743, Centro da Cidade.

E às 15h estaremos exibindo gratuitamente também no Auditório do IFRN Cidade Alta o filme "Feliz Natal", dirigido opr Selton Mello. Este evento é uma parceria com a SEDA Audiovisual. Mais informações sobre o filme: http://www.revistacinetica.com.br/feliznatal.htm
Cinética
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A estréia de Selton Mello na direção de longas-metragens não deixa margem para dúvidas quanto à filiação do Selton diretor frente a dois filmes onde o Selton ator foi parte importante da criação: Lavoura Arcaica, de Luis Fernando Carvalho; e O Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia. De Lavoura, vêm a fo

Unesco reconhece vida e obra de comunista como patrimônio da humanidade



Ernesto_Che_Guevara_1O argentino nascido em Rosário, Província de Santa Fé em 14 de Junho de 1928, Ernesto Che Guevara fez de sua vida uma das maiores contribuições para a libertação dos povos da América latina e do mundo. Agora a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, reconhece os escritos do revolucionário como Patrimônio da Humanidade. Os documentos foram incluídos no Programa de Memória do Mundo. Este programa que possui em seu registro 299 documentos e coleções dos cinco continentes agora conta com 431 manuscritos do Che, 567 documentos sobre sua vida e obra, assim como uma seleção de materiais iconográficos, cinematográficos, cartográficos e objetos para museu. Para Juan Antonio Fernández, presidente da Comissão Nacional Cubana da Unesco, esta decisão reconhece a “contribuição do Che ao pensamento revolucionário latino-americano e mundial, que o converteram em símbolo de rebeldia, de liberação e internacionalismo”.
ImagemO exemplo do guerrilheiro heroico ultrapassa as barreiras do tempo e até hoje inspira os revolucionários do mundo. Che, como era carinhosamente chamado entre os guerrilheiros do movimento 26 de Julho, ficou conhecido por utilizar de suas próprias atitudes para demonstrar como deve se comportar um revolucionário frente a diversas situações, seja da vida cotidiana, seja no front de batalha. Ernesto nunca se recusava a uma tarefa e defendia que um revolucionário deve estar onde a revolução necessita. Enquanto Ministro da Indústria foi um grande entusiasta do trabalho voluntário como emulação comunista, ele próprio se dedicou durante anos ao trabalho voluntário na produção, uma vez por semana.
Sobretudo, Che era um internacionalista e ao cumprir com suas tarefas em Cuba, foi construir a revolução no mundo. Passando pela África e por fim voltando à América Latina o guerrilheiro foi assassinado na Bolívia sob orientação e apoio da CIA em 9 de outubro de 1967. Ainda assim, Che vive, nas lutas dos povos do mundo para libertarem-se da opressão. Suas ideias estão mais vivas do que nunca. Seu exemplo arrasta milhões todos os anos para as lutas. Sobre Che, não há melhores palavras do que as de seu amigo e camarada Fidel quando diz, “Se queremos um modelo de homem, um modelo de homem que não pertence a este tempo, um modelo de homem que pertence ao futuro, de coração digo que esse modelo, sem uma mancha em sua conduta, sem uma só mancha em suas atitudes, sem uma só mancha em sua atuação, esse modelo é Che! Se queremos expressar como desejamos que sejam nossos filhos, devemos dizer com todo o coração de veementes revolucionários: queremos que sejam como Che!”

Leia também:
http://lidymonteirowm.wordpress.com/2013/07/20/escritos-de-che-guevara-se-tornam-patrimonio-da-humanidade-em-cerimonia-da-unesco/

http://averdade.org.br/2011/09/che-e-fidel-uma-amizade-revolucionaria/


Economia Criativa aquece o Festival de Inverno de Garanhuns


DSC06230copyA Secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura Cláudia Leitão conversou nesta quarta-feira (24/07) com produtores, artistas e estudantes durante palestra no Festival de Inverno de Garanhuns. O encontro foi realizado no Ambiente Criativo do Parque Euclides Dourado, grande ponto de convergência das mais variadas expressões artísticas e culturais da região.
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Durante uma hora, a Secretária dialogou com artesãos, videomakers, entusiastas da cultura digital, designers, músicos, atores e autoridades como o Secretário de Cultura de Pernambuco, Fernando Duarte da Fonseca, e o Senador Humberto Costa, a respeito dos ciclos produtivos capitaneados pelos saberes culturais das comunidades brasileiras. O conceito de Economia Criativa foi passado aos presentes como a possibilidade de usufruir da cultura como um fator de impulso para o desenvolvimento social e econômico de forma sustentável. “Nós possuímos os meios que podem nos ajudar a construir um novo cenário na relação que temos com os saberes populares e o incentivo à pesquisa. Somos ricos neste aspecto”, afirmou.
Segundo Cláudia Leitão, o Brasil possui uma imensa riqueza que não deve ser enxergada de forma estática. Ela afirmou que a beleza de cada obra que nasce ao londo do país pode ultrapassar o senso estético e atingir um sentido mais amplo quando ela encontra caminhos para tocar, provocar e desenvolver outras mentes. “Um projeto de moda, uma criação gastronômica ou uma intervenção musical podem resgatar as tradições de uma comunidade e disseminá-la por outros territórios, dialogando com novas tendências, outros povos e mercados, por exemplo. As ferramentas digitais podem contribuir com propostas criativas que podem ser aplicadas para obtermos uma melhor relação dos cidadãos com sua identidade e o ambiente em que vivem. As possibilidades são imensas”, afirmou.
Para a Secretária, reduzir a cultura ao campo da apreciação é jogar fora todo o potencial de contribuição que um povo pode dar ao crescimento de um país. Para isso, ela defende uma maior aproximação com o setor de educação e pesquisa, com o desenvolvimento de espaços voltados à educação formal e informal para os diversos setores deste segmento, além da coleta de dados que possibilitem a medição da Economia Criativa e a Economia da Cultura nos estados.
Do lado do fomento, ela ressaltou a importância de estreitar os laços com os bancos de desenvolvimento, que possibilitem a criação de novas linhas de crédito para os empreendedores, além de entidades como o SEBRAE e as Secretarias de Educação e Cultura de vários estados, a fim de formular programas que atendam à demanda.
SONY DSCPara dar um impulso no sentido de aproveitar todo o recurso criativo oriundo da diversidade brasileira, Cláudia Leitão anunciou a inauguração do primeiro escritório do Criativa Birô no Rio de Janeiro, ainda em Agosto. O Birô é um centro de apoio que irá prestar serviços de atendimentos gratuitos à profissionais e empreendedores dos setores criativos com capacitação, consultorias e assessorias técnicas, voltados à qualificação da gestão de projetos, produtos e negócios de micro e pequenos empreendimentos criativos. Ao todo, serão 13 centros a serem instalados em todo o país até 2014. Pernambuco receberá o seu Criativa Birô ainda este semestre, a ser instalado na Casa da Cultura, no Recife.
“Acredito que este tipo de iniciativa é uma forma de empoderamento do povo sobre a sua essência, seus valores e sua identidade, que permitirá a redescoberta de uma força capaz de impulsionar a mobilidade social, o crescimento educacional e profissional que só têm a fortalecer ainda mais o Brasil”, concluiu.
A programação do Ambiente Criativo continua até o sábado (27), último dia da 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns.
Confira mais fotos do evento:
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Texto e Fotos: Juliano Mendes da Hora – Ascom Minc/ RRNE

As 10 atrizes mais bonitas da história



Marilyn Monroe
Grace Kelly
Audrey Hepburn
Para se chegar ao resultado fiz uma compilação de listas publicadas por sites especializados em listas sobre cinema e personalidades iconográficas. O objetivo de minha pesquisa era identificar, baseado nestas listas, quais eram as mulheres mais bonitas da história do cinema em todos os tempos. Par­ti­ciparam do levantamento as publicações: “Premiere”, “Em­pire”, “Men’s Health”, “Los Angeles Times” e “IMDb”. A­baixo, em ordem classificatória, as 10 atrizes selecionadas baseadas no número de citações das publicações pesquisadas.

1 — Audrey Hepburn

Audrey Hepburn modelo, atriz e humanista belga, considerada a atriz de Hollywood mais bonita da história. Nasceu em 4 de maio de 1929. Seus principais filmes são “Bonequinha de Luxo” e “A Princesa e o Plebeu”, pelo qual recebeu o Oscar de melhor atriz. Em 1993 foi diagnosticada com câncer de apêndice, que se espalhou para o cólon. Morreu na noite de 20 de janeiro de 1993, aos 63 anos. Faz parte da lista das 50 maiores lendas do cinema, do American Film Institute.

2 — Grace Kelly

Grace Kelly, atriz norte-americana. Nasceu em 12 de novembro de 1929. Seus principais filmes são “Janela Indiscreta” e “Disque M para Matar”, ambos de Alfred Hitchcock, e “Amar é Sofrer”, de George Seaton, pelo qual ganhou o Oscar. Morreu em 14 de setembro de 1982, aos 52 anos, após sofrer um derrame cerebral depois de um acidente de carro. Faz parte da lista das 50 maiores lendas do cinema, do American Film Institute.

3 — Marilyn Monroe

Marilyn Monroe, atriz norte-americana e uma das mais famosas estrelas do cinema em todos os tempos. Nas­ceu em 1 de junho de 1926. Seus principais filmes são “O Pecado Mora ao Lado” e “Quanto mais Quen­te Me­lhor”, ambos dirigidos por Billy Wilder. Morreu na ma­nhã de 5 de agosto de 1962, aos 36 anos, de overdose pela ingestão de barbitúricos. Faz parte da lista das 50 maiores lendas do cinema, do Ame­rican Film Institute.

4 — Sophia Loren

Sophia Loren
Sophia Loren, considerada umas das maiores atrizes italianas de todos os tempos. Nasceu em 20 de setembro de 1934. Trabalhou com grandes diretores como Vittorio De Sica, Federico Fellini, Ettore Scola, Robert Altman e Lina Wert­mü­ller. Em 1962 recebeu o Oscar de melhor atriz pelo filme “Duas Mu­lheres”, que também lhe rendeu o prêmio de me­lhor atriz no Festival de Cannes. Faz parte da lista das 50 maiores lendas do cinema, do American Film Institute.

5 — Brigitte Bardot

Brigitte Bardot
Brigitte Bardot, atriz e cantora francesa, considerada o grande símbolo sexual dos anos 50 e 1960. Nasceu 28 de Setembro de 1934. Seus principais filmes são “O Desprezo”, de Jean-Luc Godard, e “Vida Privada”, de Louis Malle. No verão de 1964, Brigitte Bardot mudou a vida de uma pequena cidade do litoral do Rio de Janeiro chamada Armação dos Búzios, onde ficou hospedada em suas visitas pelo Brasil. Depois de sua visita Búzios virou município e tornou-se um dos pontos mais sofisticados e procurados do verão brasileiro.

6 — Ava Gardner

Ava Gardner
Ava Gardner, atriz norte-americana, considerada umas das grandes estrelas do século 20. Nasceu em 24 de dezembro de 1922. Foi casada com o cantor Frank Sinatra. Seus principais filmes são “A Condessa Descalça”, dirigido por Joseph L. Mankiewicz, e “A Noite de Iguana”, dirigido por John Huston. O poeta Jean Cocteau a definiu como o “mais belo animal do mundo”. Morreu em 25 de janeiro de 1990, aos 68 anos, em consequência de um acidente vascular cerebral. Faz parte da lista das 50 maiores lendas do cinema, do American Film Institute.

7 — Elizabeth Taylor

Elizabeth Taylor
Elizabeth Taylor, uma das mais premiadas atrizes de todos os tempos. Nasceu 27 de fevereiro de 1932. Seus principais filmes são “Um lugar ao Sol”, “Assim Caminha a Humanidade”, “Quem Tem Medo de Virginia Woolf?” e “Disque Butterfield 8”, nos dois últimos ganhou o Oscar na categoria de melhor atriz. Morreu em 23 de março de 2011, aos 79 anos, de insuficiência cardíaca. Faz parte da lista das 50 maiores lendas do cinema, do American Film Institute.

8 — Lauren Bacall

Lauren Bacall
Lauren Bacall, a mais importante atriz do cinema noir. Nasceu em 16 de setembro de 1924. Foi casada com o ator Humphrey Bogart, de 1945 a 1957, com quem teve dois filhos. Seus principais filmes são “Uma Aventura na Martinica”, “À Beira do Abismo”, “Como Agarrar um Milionário” e “Paixões em Fúria”. Faz parte da lista das 50 maiores lendas do cinema, do American Film Institute.

9 — Rita Hayworth

Rita Hayworth
Rita Hayworth, atriz norte-americana considerada um dos maiores mitos da história do cinema. Nasceu em 17 de outubro de 1918. Foi casada com o diretor Orson Welles. Seus principais filmes são “Bo­nita Como Nunca”, “Gil­da”, “Quan­do os Deu­ses Amam”, “A Dama de Xangai”, “Sa­lomé” e “Me­us Dois Ca­rinhos”. Mor­reu em 14 de maio de 1987, aos 69 anos, vítima do mal de Al­zheimer. Faz parte da lista das 50 maiores lendas do cinema, do American Film Institute.

10 — Vivien Leigh

Vivien Leigh
Vivien Leigh, atriz inglesa nascida na Índia (quando este país ainda pertencia ao Império Britânico), considerada uma das mais importantes personalidades do século 20. Nasceu em 5 de novembro de 1913. Foi casada com o diretor Laurence Olivier. Seus principais filmes são “E o Vento Levou” e “Um Bonde Chamado Desejo”, pelos quais ganhou o Oscar de melhor atriz. Morreu em 7 de julho de 1967, aos 53 anos, em consequência da tuberculose. Faz parte da lista das 50 maiores lendas do cinema, do A­merican Film Institute.

Entrevista: Jen e Sylvia Soska, as irmãs diretoras de filmes macabros



Jen e Sylvia Soska
Diretoras já são poucas. Diretoras de filmes terror são ainda mais raras. E irmãs gêmeas diretoras de filme de terror? Em uma cena onde o machismo ainda é muito presente, as diretoras e roteiristas canadenses Jen e Sylvia Soska entraram com tudo. O longa de estréia Dead Hooker in a Trunk fez sucesso na cena de terror independente e abriu as portas para que as irmãs trouxessem uma visão única e moderna com sua segunda fita, American Mary.
Nesta entrevista à colaboradora Luciana dos Anjos, Jen e Sylvia discutem sua abordagem para produções, detalham suas influências e dão algumas dicas para cineastas iniciantes.
Quais diretores tem a maior influência sobre vocês, considerando o estilo e aspectos estéticos da direção?
Sylvia: Nós não estaríamos fazendo filmes se não fossemos extremamente influenciadas por Robert Rodriguez. Lars Von Trier está entre meus diretores favoritos, eu adoro a abordagem artística e macabra de sua narração. Mas existem outros cineastas cujo trabalho me influenciou, como Cronenberg, Lynch, Narron, Roth, Baker, Miike, Craven, Argento, Eisener – provavelmente está faltando alguns grandes. Gosto de diretores que fazem belos filmes com uma filosofia.
Jen: Para Dead Hooker In a Trunk foi muito do Robert Rodriguez. Ele é a razão pela qual nós – e muitas outras pessoas – decidiram pegar uma câmera a principio. O “Ten Minutes Film School” e o livro “Rebel Without a Crew” inspiraram uma legião de cineastas. Joss Whedon é uma grande inspiração pra mim também. Tanto a narrativa quanto os personagens são cuidadosamente pensados e executados.
Vocês tiveram aulas de cinema e produção audiovisual? Como foi no começo?
S: Não. A gente atua desde os sete anos de idade e, apesar de nunca termos construído uma carreira como atrizes, o processo sempre nos interessou. Quando estávamos no set, a gente falava com a equipe e aprendíamos como eles acertavam tudo para filmar coisas diferentes. Somos muito autodidatas. Nós fizemos uma faculdade de cinema que era só uma fábrica de diplomas para quem queria trabalhar na indústria cinematográfica – mensalidades altas e nenhum ensino real. “Costumo dizer que não sabíamos nada quando começamos a filmar, mas na verdade, nós sabíamos menos que nada.” Fizemos um longa-metragem, Dead Hooker In a Trunk, sem nenhuma experiência real em sets de filmagens, mas bem informadas sobre a arte do cinema, a tecnologia por trás deles e também tivemos a experiência de atuar, que é um recurso inestimável para um diretor trabalhando com atores. Costumo dizer que não sabíamos nada quando fizemos o filme, mas na verdade, nós sabíamos menos que nada. Em Mary, aprendi mais uma vez que não sabemos nada. A indústria do cinema exige que você seja um eterno aprendiz e, se você tiver sorte, você não vai saber nada durante uma produção. Pelo menos não é menos que nada.
J: Nós somos muito autodidatas. Participamos de uma “escola de cinema” (e eu uso o termo desta forma vaga) que nos ensinou nada. Não poderia falar com mais firmeza. Por favor, não vá para uma escola de cinema. Guarde o seu dinheiro, compre uma câmera, um bom 5D e vá gravar um filme. Você vai aprender infinitamente mais fazendo isso, você pode literalmente perguntar ao Google qualquer questão e assistir um passo a passo no Youtube. Você precisa ter motivação se tiver esperança de fazer algo nesta indústria. E no fim, você terá o seu próprio vídeo e poderá vendê-lo. E fazer um longa-metragem disso. Curtas são legais, mas infelizmente não há dinheiro neles.
No caso dos irmãos Coen, Joel geralmente dirige e Ethan costuma produzir. Vocês fazem tudo juntas ou dividem as tarefas?
S: Eu acho que a situação única de sermos gêmeas nos divide em metades que torna nosso processo diferente dos outros. Jen é o ‘como’ e eu sou o ‘porquê’. Ela é muito detalhista, brilhante com próteses e maquiagem, ela garante que o filme saia da forma que pensamos a princípio. Eu mergulho no mundo que estamos criando, tornando mais real do que a realidade, para que eu possa focar em trazer nuances e destaques ao tema geral ou uma micro-expressão que vende um diálogo inteiro. Eu não poderia fazer um filme sem ela.
J: Nós dividimos e conquistamos. Eu sou tão sortuda de ter Sylv. Ela é uma artista em qualquer definição. Ela é tão brilhante e criativa e sempre me desafia a ser melhor. Ela não é só minha melhor amiga, mas a minha colaboradora pra vida. Nós escrevemos juntas revezando e trocando idéias, personagens, conceitos e linhas de história, juntamente com nossos cenários e técnicas. Por mais diferentes que somos, juntas somos uma só. No momento em que chegarmos na etapa seguinte, já discutimos tudo em cada detalhe, cada resposta que tínhamos entre nós já foi respondida e estamos prontas para trabalhar.

Há um monte de filme de terror ruins saindo todo ano, certo? Que direção vocês acham que o gênero deve tomar?
Jen e Sylvia Soska no setS: O gênero de horror sempre tem esse problema. O que faz um filme ser bom? Bem, o fato de fazer dinheiro e levar um monte de gente ao cinema é o bastante para um remake de merda ser chamado de “bom”. Enquanto uma fita brilhante de terror independente não vai ter um retorno decente nas bilheterias. Os fãs têm o poder de mudar isso. É por isso que eu não vou pagar para ver uma refilmagem, não vou colocar dinheiro no problema. Como o gênero gera dinheiro e tem uma base leal de fãs, executivos gananciosos que não são fãs de horror criam esses filmes de terror horríveis – você sempre consegue notar se uma película foi feita por alguém que ama o gênero ou não.
J: O pior tipo de horror parece estar saindo da América do Norte, onde estamos vendo um mar de remakes e sequências. Mesmo o material “novo” que sai segue esta linha, com a fórmula previsível onde você consegue adivinhar facilmente quem vai morrer e o que vai acontecer no final. “O horror deve estar nas mãos de pessoas que amam, que entendem.” O horror deve estar nas mãos de pessoas que amam, que entendem. Se você é um membro da plateia, você pode prever como a audiência vai reagir. Ninguém se propõe a fazer um filme ruim. Só que fica confuso, muitas pessoas tem algo a dizer ou tentam fazer alguma coisa para agradar a todos e acaba se tornando um produto que ninguém vai gostar. Eu gostaria de ver foco em algo original, um terror de alto nível.
Como surgiu a ideia para American Mary?
S: Nós tropeçamos em uma pegadinha de primeiro de abril na internet, desconhecida para gente na época, que contava a história de dois irmãos gêmeos idênticos que trocaram membros. Um acabou com três braços, o outro com um dedo alongado. Isso não me perturbou tanto quanto a carta que explicava que somente um gêmeo iria entender o porquê eles fizeram isso. Isso me assustou pra caralho, mas minha mãe nos ensinou que se algo te assusta é por falta de informação, então procure se informar e você não ficará mais assustado. Meu medo virou fascínio e admiração. Comecei mal informada e com medo e me apaixonei por esta cultura. Eu queria compartilhar essa experiência com os outros de alguma forma.
J: O filme é mais uma analogia para os nossos próprios empreendimentos na indústria cinematográfica. Nós começamos como modelo e atriz e como você pode imaginar, surgiram personagens desagradáveis. Eu ouvi as histórias e pensei que já tinha visto de tudo. Então, quando nós fizemos Dead Hooker In a Trunk, vimos um lado feio nesta indústria onde por mais que lutemos para sermos vistas como igual aos homens, o sexo e a idade tornou-se objeto de discriminação para muitos produtores e executivos. Descobrimos que certas pessoas que você  nutre respeito e mantém um grande apreço, muitas vezes são os verdadeiros monstros. Os pirralhos indies e da comunidade de horror que podem parecer um pouco diferentes, são na verdade as pessoas mais doces, generosas e honestas que você vai encontrar. Isso é, em grande parte, onde nosso tema de “aparência é tudo” veio.

American Mary parece ter um tom pessoal, mais pesado e mais específico do que o filme de estréia, Dead Hooker In a Trunk. Me pergunto como será o próximo. Tem algum filme para sair?
Cena de S: Eu acho que nunca mais vou fazer um filme assim tão pessoal. Fazer este filme foi uma das experiências mais devastadoras da minha vida, apesar de ter sido também extremamente gratificante. Existiu muita escuridão em nossas vidas naquele momento e o filme é como uma foto desta escuridão, uma foto bem honesta. O próximo longa é completamente diferente, aborda alguns problemas reais, mas para contrabalançar isso, é também um dos roteiros mais engraçados que eu escrevi.
J: Há vários. Eu realmente espero que Bob seja o próximo, mas nunca se sabe. Estamos em um ótimo lugar agora e tem um monte de oportunidades. Não importa o que fazemos, nós gostamos de manter as pessoas curiosas. O previsível é chato.
Vocês vão participar da sequência de ABCs of Death. Vocês podem antecipar alguma coisa sobre esse projeto?
S: Sim, vai ser foda e você vai ver muito da equipe de American Mary nele. Eu não quero fazer nada sem essas pessoas.
J: Eu estou muito honrada em fazer parte do projeto. A seleção de talentos do ABCs of Death 2 é fenomenal. Eu gostaria de poder falar mais sobre o que vamos fazer, mas ainda não posso. É algo que tenho pensado muito a respeito.
Qual subgênero de terror vocês gostam mais? Cada uma de vocês pode citar diretores e filmes favoritos?
S: Eu amo horror arthouse. Filmes que têm um significado mais profundo, que faz perguntas ao invés de lhe dizer o que pensar. Eu amo Anticristo, de Lars Von Trier, é simplesmente magnífico. Também Ondas do Destino, Dançando no Escuro e Dogville.
J: Eu amo musicais de terror. Eu acho simplesmente fantástico. Meu filme favorito nessa categoria teria de ser Fantasma do Paraíso. Meu diretor favorito de horror é David Cronenberg. Seus filmes fogem de definição, eles são sempre tão originais e únicos. Pode ser difícil até mesmo defini-los como terror, já que têm tantos temas diferentes. Para mim, Gêmeos – Mórbida Semelhança é um drama.
Algum conselho para cineastas de primeira viagem que estão tentando fazer com que suas produções se tornem realidade?
S: Aprenda o máximo que puder. O livro “Rebel Without a Crew” é um excelente recurso. Assista entrevistas de seus cineastas favoritos e aprenda como eles fizeram os seus filmes favoritos e quais são os elementos que fazem estes filmes serem ótimos: os personagens, o diálogo, o trabalho de câmera, os cenários, os figurinos, a iluminação, tudo. Então, encontre uma história que significa algo para você, que só você pode contar. Algo que os outros não só querem assistir, mas vão pagar para assistir. Crie uma história que tenha sentido em existir, algo com significado e escolha sabiamente, porque este filme estará com você por muito, muito tempo. Dead Hooker foi um processo de cinco anos, Mary foi um processo de três anos. Não conte em conseguir dinheiro para financiar seus primeiros projetos, porque algumas coisas trabalham contra você – nós ainda não fizemos nenhum dinheiro com Dead Hooker. Dedique-se por completo ao filme, em todos os aspectos, torne-o parte de si, algo que você possa financiar e criar com o que você já tem. E nunca desista, mesmo quando parece que nunca vai acontecer.
J: Não desista. Você vai ouvir “não” muitas vezes, mas vai ser necessário ouvir “sim” só uma vez. Bem, você provavelmente vai ouvir “sim” algumas vezes e isso pode significar um “não”, ha ha. Escreva algo que não exija um orçamento muito grande. É tão difícil conseguir financiamento hoje em dia e ainda mais difícil se você é um cineasta iniciante. Eu recomendo fortemente que você faça seu próprio longa. Faça um filme de baixo orçamento e mostre tudo o que é capaz de conseguir com um orçamento limitado. Faça tudo que for possível para a produção ter valor. Todo mundo tem bens. Faça uma lista deles e coloque-os em seu script. Talvez seja um local, um negócio, uma casa, uma fazenda, uma escola, uma igreja ou algo parecido com um carro legal ou cavalo ou armadura medieval. Tudo o que você tem disponível, tire proveito. E fique esperto. Antes de assinar contratos, olhe e saiba tudo, peça a um advogado para averiguar também. Muitas pessoas tiram proveito de cineastas de primeira viagem porque eles estão começando. Proteja-se para que isso não aconteça com você.

Fonte: Folha de São Paulo
Por. Luciana dos Anjos

Dominguinhos recebe Grammy Latino durante seu velório

O cantor, compositor e sanfoneiro Dominguinhos recebeu um Grammy Latino de melhor disco regional do Brasil em 2012 durante seu velório, que acontece na Assembleia Legislativa de São Paulo, no Ibirapuera, zona sul de São Paulo. Um representante do Latin Grammy no Brasil, Tom Gomes, entregou o troféu para Guadalupe Mendonça, mãe da filha caçula do cantor, Liv.
De acordo com Gomes, os organizadores do prêmio esperavam que ele saísse do hospital para fazer a entrega.

Juliana Gragnani/Folhapress
Família recebe Grammy Latino por Dominguinhos durante seu velório
Família recebe Grammy Latino por Dominguinhos durante seu velório
Cerca de 250 pessoas --entre família, amigos, artistas e admiradores-- estão reunidas no velório. Estiveram presentes os músicos Frank Aguiar, Roberta Miranda, Caju e Castanha, Eraldo Trajano e Oswaldinho do Acordeon.
Familiares se reuniram em volta do corpo durante a oração de um padre. Mauro da Silva Moraes, filho do cantor, assistia à oração fora da área reservada à família, com o público.
"Fui um padre abençoado. Como não fui a Aparecida, fui chamado para vir aqui. O Brasil vive dias de fé", disse o padre ao público.
"Dá muita saudade. A gente nunca se acostuma. Nunca vão substitui-lo", lamentou Roberta Miranda.
"Viajamos 12 anos pelas estradas do país. Foi um aprendizado maravilhoso. Fico muito feliz em ter participado dessa parceria porque ele é um dos maiores músicos que o Brasil já conheceu. Ele popularizou a sanfona, um instrumento que não tinha tanta simpatia de todo mundo", diz Anastácia, 73, companheira de Dominguinhos em composições musicais como "Eu Só Quero um Xodó". Ela manteve um relacionamento amoroso com o músico de 1966 a 1978.
Por volta das 14h10, o sanfoneiro Targino Gondim, autor de "Esperando na Janela", tocou em frente ao corpo de Dominguinhos e o público, ao seu redor, cantou junto trechos de "Lamento Sertanejo", "Gostoso Demais" e "Eu Só Quero um Xodó", batendo palmas.
"Ele foi o maior sanfoneiro do mundo, foi além do que o instrumento permitia. Existe a sanfona antes e depois de Dominguinhos. Quem estuda o instrumento sabe que tudo mudou quando ele gravou 'Forró no Escuro', na década de 1960", diz Gondim.
Dominguinhos será velado em São Paulo até as 15h30, quando será transportado de avião até a Assembleia Legislativa de Pernambuco, às 8h de amanhã (25). Não há confirmação do local do enterro.
DISPUTA FAMILIAR
Guadalupe Mendonça, que se apresenta como viúva de Dominguinhos, e a filha deles, Liv, travavam uma disputa na Justiça com o outro filho vivo do músico, Mauro (do primeiro casamento do sanfoneiro).
Mauro alega que Guadalupe já não vivia com Dominguinhos havia alguns anos.
Em entrevista ao "Fantástico" no início de junho, Guadalupe disse que ainda era casada com o músico, mas que os dois não conviviam mais como marido e mulher e que moravam em casas separadas.
Guadalupe também mostrou na ocasião procurações que disse ter recebido de Dominguinhos para tratar de assuntos do músico.
+ Livraria

Fonte: Folha de São Paulo

"GUERRA, FORMIGAS E PALHAÇOS" EM AGOSTO NO BARRACÃO CLOWNS.


"GUERRA, FORMIGAS E PALHAÇOS" EM AGOSTO NO BARRACÃO CLOWNS.

Após temporada de sucesso na Casa da Ribeira, o novo espetáculo adulto do Grupo Estação de Teatro “Guerra, Formigas e Palhaços” fará duas apresentações no Barracão Clowns em agosto.  

A peça é de autoria de César Ferrario (@[1009931980:2048:César Ferrario]), ator-fundador do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare e conta a história de dois militares, últimos remanescentes de um batalhão de combate, que se encontram perdidos em uma guerra. Após verem todo o batalhão ser dizimado, eles sabem que a única forma de saírem vivos da situação é a possível chegada de reforços. Porém, quando todas as saídas parecem se fechar, um fato inusitado acontece: o batalhão de dois homens finalmente se depara, estupefato, diante daquele que pode carregar o último fio de esperança, mesmo vestindo sapatos grandes e nariz de bola encarnecido.

No elenco, artistas experientes: Enio Cavalcante (@[655399766:2048:Suxto EnioCavalcante]), Pedro Queiroga (@[100003491282152:2048:Pedro Emídio Queiroga Queiroga]) e Rogério Ferraz (@[100001243620818:2048:Rogério Ferraz]), que também assina a direção.
"GUERRA, FORMIGAS E PALHAÇOS" EM AGOSTO NO BARRACÃO CLOWNS.

Após temporada de sucesso na Casa da Ribeira, o novo espetáculo adulto do Grupo Estação de Teatro “Guerra, Formigas e Palhaços” fará duas apresentações no Barracão Clowns em agosto.

A peça é de autoria de César Ferrario (César Ferrario), ator-fundador do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare e conta a história de dois militares, últimos remanescentes de um batalhão de combate, que se encontram perdidos em uma guerra. Após verem todo o batalhão ser dizimado, eles sabem que a única forma de saírem vivos da situação é a possível chegada de reforços. Porém, quando todas as saídas parecem se fechar, um fato inusitado acontece: o batalhão de dois homens finalmente se depara, estupefato, diante daquele que pode carregar o último fio de esperança, mesmo vestindo sapatos grandes e nariz de bola encarnecido.

No elenco, artistas experientes: Enio Cavalcante (Suxto EnioCavalcante), Pedro Queiroga (Pedro Emídio Queiroga Queiroga) e Rogério Ferraz (Rogério Ferraz), que também assina a direção.

24/07/2013

UFRN abrirá seleção para cursos na Escola de Música

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) divulgou edital para os cursos técnicos de Canto, Gravação Musical, Instrumento e Regência, oferecidos pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMUFRN). As inscrições podem ser feitas de 5 a 19 de agosto, com uma taxa no valor de R$ 30. O período para a solicitação de isenção da inscrição é de 5 a 11 de agosto.
O resultado dos que estão aptos a fazerem a seleção será divulgado no dia 28 de agosto, junto com o local das provas. Serão aplicadas entre os dias 2 e 4 de setembro, uma prova prática e específica para cada curso. E no dia 18 de setembro, será aplicada a prova de Estruturação Musical, composta de 6 questões comuns a todos os cursos.
Os cursos de Canto, Instrumento e Regência terão duração de três anos. Já o curso de Gravação Musical será feito em dois anos. Todos podem ser prorrogados por mais um ano. As informações e o edital estão disponíveis no link: http://www.comperve.ufrn.br/conteudo/musica/tecnico2014/documentos/edital_20130817.pdf.

Morre Candeeiro, último cangaceiro de Lampião

Morreu nesta quarta-feira o último cangaceiro do bando de Lampião, Manoel Dantas Loiola, de 97 anos, mais conhecido como Candeeiro. Ele faleceu na madrugada de hoje no Hospital Memorial de Arcoverde onde estava internado desde a semana passada, após sofrer um derrame. O sepultamento está marcado para as 16h, no cemitério da cidade de Buíque.candeeiroPernambucano de Buíque (a 258 quilômetros do Recife), Manoel ingressou no bando de Lampião em 1937, mas afirmava que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir com os bandidos para não ser morto.
No final da vida, atuava como comerciante aposentado na vila São Domingos, distrito de sua cidade natal. Atendia pelo nome de batismo, Manoel Dantas Loyola, ou por outro apelido: seu Né. No primeiro combate com os “macacos”, quando era chamado de Candeeiro, foi ferido na coxa. O buraco de bala foi fechado com farinha peneirada e pimenta.
Teve o primeiro encontro com o chefe na beira do Rio São Francisco, no lado sergipano. “Lampião não gostava de estar no meio dos cangaceiros, ficava isolado. E ele já sabia que estava baleado. Quando soube que eu era de Buíque, comentou, em entrevista concedida ao Diario: ‘sua cidade me deu um homem valente, Jararaca’”.
Candeeiro dizia que, nos quase dois anos que ficou no bando, tinha a função de entregar as cartas escritas por Lampião exigindo dinheiro de grandes fazendeiros e comerciantes. Sempre retornava com o pedido atendido. Ele destacou que teve acesso direto ao chefe, chegando a despertar ciúme de Maria Bonita. Em Angicos, comentou que o local não era seguro. Lampião, segundo ele, reuniria os grupos para comunicar que deixaria o cangaço. Estava cansado e preocupado com o fato de que as volantes se deslocavam mais rápido, por causa das estradas, e tinham armamento pesado.
No dia do ataque, já estava acordado e se preparava para urinar quando começou o tiroteio. “Desci atirando, foi bala como o diabo”. Mesmo ferido no braço direito, conseguiu escapar do cerco. Dias depois, com a promessa de ser não ser morto, entregou-se em Jeremoabo, na Bahia, com o braço na tipóia. Com ele, mais 16 cangaceiros. Cumprindo dois anos na prisão, o Candeeiro dava novamente lugar ao cidadão Manoel Dantas Loyola. Sobre a época do cangaço, costumava dizer que foi “história de sofrimento”.

Fonte: Diário de Pernambuco

Veja capa do terceiro disco do duo MGMT




O terceiro disco de inéditas do MGMT ganhou uma capa casual, conforme vocês podem conferir na imagem abaixo.

O duo norte-americano, formado por Andrew VanWyngarden e Ben Goldwasser, colocam o material nas lojas dos Estados Unidos dia 17 de setembro, em edição da Columbia Records. O sucessor de “Congratulations”, de 2010, foi gravado no Tarbox Road Studios, nos EUA, com colaboração de Dave Fridmann.


Trazendo 10 faixas, sendo nove inéditas e um cover de “Instrospection”, de Faine Jade, compositor e guitarrista da década de 60, o disco segue a mesma linha dos anteriores.


23/07/2013

EMI lança tiragem especial em vinil do sétimo disco solo de Marcelo D2



 

Lançado em CD em maio de 2013, o sétimo trabalho solo de Marcelo D2, “Nada Pode Me Parar”, chega ao mercado em edição em vinil.

A ideia é divulgar mais ainda o disco pelas noites do Brasil e o formato em vinil chama sempre mais a atenção dos DJs e colecionadores.

Fonte: Blog Ponto Zero.

Secretaria do Audiovisual promove encontros no Nordeste


As políticas públicas voltadas para o audiovisual brasileiro serão destaque na região Nordeste a partir da próxima semana. O Coordenador de Inovação e Plataformas Audiovisuais da Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura (SAV / MinC) Leonardo Rossato cumpre agendas em Pernambuco (26 e 27/07) , Paraíba (29/07) e Rio Grande do Norte (29/07). Os encontros são gratuitos e abertos a realizadores, estudantes e demais interessados na sétima arte.
Em Recife, Rossato apresenta no dia 26 de julho (sexta-feira), a partir das 15h, a palestra “As Políticas da SAV para o setor de Audiovisual”, no auditório da Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura (RRNE-MinC), no Bairro do Recife.
No dia 27 de julho (sábado), é a vez do interior do estado, com a paticipação no Encontro de Cineclubes do Agreste Meridional, dentro da programação do 23º Festival de Inverno de Garanhuns. O encontro será realizado na Autarquia de Ensino Superior de Garanhuns (AESGA), a partir das 9h.
No dia 29 de julho (segunda-feira), Leonardo Rossato se encontra com a comunidade paraibana do audiovisual, num encontro aberto ao público, para discutir as políticas públicas voltadas ao setor. A atividade será realizada no Núcleo de Documentação Cinematográfica (NUDOC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), das 10h às 12h.
Ainda no dia 29 de julho, Rossato segue para Natal, no Rio Grande do Norte, onde recebe os realizadores potiguares no Auditório do IFRN Cidade Alta. O encontro será na Avenida Rio Branco, 743, centro da cidade, a partir das 19h.
Auditório do IFRN Cidade Alta, Avenida Rio Branco, 743, Centro da Cidade.



Recife – As Políticas da SAV para o setor de Audiovisual, com Leonardo Rossato 
Local: Auditório da Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura (RRNE-MinC) – Rua do Bom Jesus, 237, Bairro do Recife
Data e Horário: 26/07 – 15h
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Garanhuns – Encontro de Cineclubes do Agreste Meridional, com Leonardo Rossato 
Local: Autarquia de Ensino Superior de Garanhuns (AESGA) - Av. Caruaru, 508 – Heliopolis, Garanhuns
Data e Horário: 27/07 – 9h
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João PessoaAs Políticas da SAV para o setor de Audiovisual, com Leonardo Rossat
Local: Núcleo de Documentação Cinematográfica (NUDOC) da UFPB - prédio do NPCA, junto a Editora Universitária e TV UFPB, na Avenida da Caixa Econômica Federal, no Campus I da UFPB, no bairro Castelo Branco, em João Pessoa – PB
Data e Horário: 29/07 – 10h
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NatalAs Políticas da SAV para o setor de Audiovisual, com Leonardo Rossat
Local: Auditório do IFRN Cidade Alta, Avenida Rio Branco, 743, Centro da Cidade.
Data e Horário: 29/07 – 19h

Texto: Juliano Mendes da Hora – Ascom MinC / RRNE