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Eu conheci o trabalho do Gabriel Vilella há algum tempo quando ele esteve em Natal e dirigiu o grupo Clowns de Shakspeare em SUA INCELENÇA RICARDO III que lançou os clowns para o Brasil e américa latina. Me encantou o estilo do figurino, do adereço e da cenografia. E desde então tenho procurado ver o que esse genial diretor faz pelo teatro. Tudo no trabalho do Gabriel Vilella é de uma força extraordinária. Em PROTO HENRIQUE IV não seria diferente. De uma sutileza e delicadezas incríveis, Gabriel traduz em suas marcações a delicadeza das pétalas, do cristal, e tem vezes que temos a impressão que o ator pode trincar ao mais sensível toque. Um deleite para a alma.
A loucura é algo fascinante, e me atrai desde muito cedo. Observando os loucos as vezes tenho a impressão de que são os únicos capazes de sentir a felicidade verdadeira. Será? No mínimo a loucura sintetiza a liberdade. De não set ter pudores, de não se seguir regras, de não, de não, de não. E em sua loucura Proto Hernique IV nos apresenta um homem atordoado por seus fantasmas, preso em seu mundinho limitado, seu sóton(?). Talvez. Nesse belíssimo texto, O personagem do Pirandello vive em seu mundo imaginário desde que sofreu um acidente de cavalo e ao retornar do trauma continuou a viver como o rei Henrique IV, personagem de que se fantasiara no momento do acidente e que passou a viver como sendo o próprio.
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Gabriel Vilella e Claudio Fontana, diretor e produtor, respectivamente acertaram muito na escolha do elenco.
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Se você ainda não assistiu ainda é possível. o espetáculo ficará disponível de sexta a domingo, às 20h de graça até o dia 05 de Dezembro pelo Sympla, www.sympla.com.br e divirta-se muito.
Recomendo a todos que gostam e admiram uma bom teatro que aos poucos está retomando seu espaço. Que os deuses nos guiem de volta e plenamente.
By Rosinaldo Luna
Serviço:
Teatro
Texto: Luiggi Pirandello
Direção: Gabriel Vilella
Produção e tradução: Claudio Fontana
com Chico Carvalho.