21/10/2010

Baratas de Palco: A origem da expressão "merda" no teatro

Baratas de Palco: A origem da expressão "merda" no teatro: "A origem da expressão “merda” do teatro Quem vive no mundo do teatro, dificilmente não fala merda antes de entrar no palco. O que muitos não..."

Produção teatral







A partir de agora iremos iniciar uma conversa sobre produção teatral. Não sou um expert no assunto, nem quero ser pretensioso, mas gostaria de dividir com todos o pouco que conheço.

Além de todo o processo de montagem e os profissionais envolvidos em um projeto, o produtor é o motor que faz tudo isso acontecer. É o produtor que elabora o projeto executivo, faz os contatos, orçamento, contrata equipe, atores, figurinistas e tudo que se fizer necessário para o sucesso do espetáculo. E também função do produtor elaboração do projeto de marketing do espetáculo; criação de mídia, release, folders, cartazes, VT, spot de rádio, contato com jornais etc. Ele é tão importante quanto o ator que torna vido o personagem e dá vida ao espetáculo.

Vamos conversar um pouco sobre isso?

Uma produção começa por um a idéia de texto. O que gostaríamos de montar? Depois iniciam os questionamentos: Que púbico queremos atingir? Quem poderá patrocinar? Quais os locais para apresentações? Qual a viabilidade do projeto? Existem riscos? Detectá-los e pensar nas estratégias de anulá-los; Qual o critério de seleção do elenco? Marcar a reunião de elenco ou audição.

Na próxima conversa, irmos tratar sobre a concepção da idéia e os primeiros passos da montagem.

Até lá.



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Rosinaldo Luna

Obs. Nesta etapa pensamos o projeto, o texto e iniciamos a elaboração do projeto executivo.




É a hora...

É a hora...

Conferência Municipal de Cultura/S. Paulo do Potengi - RN
Mais uma vez me pego escrevendo sobre política, e mais uma vez afirmo que não quero transformar este blog em um blog de conteúdo político. Mas fica difícil fugir do assunto, afinal a política é a forma mais ativa de promoção à cultura. Através desta cria-se leis e instrumentos públicos para promoção dos movimentos culturais, da cultura do povo.  E aí está o motivo deste artigo. Não quero levantar bandeira, mas uma coisa é fazer política e outra é comentar política. É sabido que esse governo está mergulhado em escândalos de todas as sortes, mas também é do conhecimento de todos que a corrupção é uma pratica comum entre os brasileiros. Infelizmente para os que não conseguem conceber esta prática é difícil engolir. Eu sou uma dessas pessoas que não consegue defender bandeira nenhuma, e às vezes me sinto até omisso e frustrado quando me pego espectador passivo de desmandos e escândalos, por não militar e nenhuma frente. Principalmente nós artistas, devemos estar engajado em algo que possa oferecer mudança para o país. Mas sou muito desacreditado dos gestores que ai estão e me mantenho a margem. E neste espaço quero poder manifestar minhas opiniões e pensamente de forma livre e quando possível imparcial. Mas, devemos dar a Cesar o que é de Cesar, como falou Jesus Cristo.  Esse governo está implantando o SNC- SISTEMA NACIONAL DE CULTURA; já escrevi sobre isto, inclusive está editada uma síntese do seminário do SNC aqui no RN. Pela primeira vez os artistas populares poderão disputar os recursos da cultura com os mesmos direitos que os grandes astros têm, de igual para igual. Hoje é possível para mim, ou qualquer outro artista nordestino, ou nortista, concorrer em iguais condições com os grandes produtores e com as mesmas chances de ganharmos o edital. Hoje existe um programa que objetiva reconhecer o trabalho dos mestres da cultura popular. Os prêmios patrocinados pelo MINC procuram resgate esses homens e mulheres , que esquecidos pelo tempo estão CAD vez mais distantes do povo. Poucos são os jovens que sabem o que significa um pastoril, uma folia de reis, a importância do conhecimento dos mateiros para a ciência farmacêutica, muito não tiveram a oportunidade de ouvir o canto lamentoso do aboio dos vaqueiros nordestinos. Nem tiveram seus ouvidos embalados pelo som seco dos bilros tocando a confecção de mais renda na almofada. Antes isto não era possível, e sinceramente nem me atrevia a pensar assim. Portanto, vendo que oposição no país é sinônimo de erradicação de obras e projetos dos governos anteriores, mesmo que isso prejudique toda a nação, estou num dilema profundo. Eleger um candidato que fez alguma coisa, ou o que abriu pra comunidade as discussões sobre saúde, assistência social, cultura!? O governo que realizou as conferências e fóruns e foi até as comunidades e rincões mais distantes, discutir com os profissionais e técnicos de cada área, soluções e projetos para melhorar a qualidade dos serviços e oferecer condições dignas de trabalhos para todos que produzem arte no país? Portanto devemos eleger quem? Quem verdadeiramente poderá dar continuidade aos projetos de incentivo à cultura, ou quem não tem talvez, o mesmo compromisso com os avanços que conquistamos. É a hora de pensar e antes do dia “D” visitem os sites oficiais, leiam o blog do SNC, acessem o site do                MINC, WWW.cultura.gov.br e decidam pela cultura. Decidam pelo que for melhor para a nação e para você. Eu confesso, estou decidindo, mas certamente não podemos anular ou dar voto de protesto, o cidadão consciente deve sim eleger seus governantes de maneira consciente e analítica, sem paixões ou partidarismos e acima de tudo, sem envolvimento com movimentos que incitem à violência

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Rosinaldo Luna

20/10/2010

O TEATRO VAI À ESCOLA

Só quem é artista consegue entender o que é um aplauso. Sentir o calor da platéia quando se sente satisfeita com o que acabou de assistir. É uma coisa inefável o que se refere ao prazer, principalmente quando a platéia é formada por crianças. Não é fácil controlar uma platéia de mine-gênios doidos por ver o seu personagem se perder no enredo e ser engolido por eles. As crianças sabem como manipular e se divertem quando conseguem dominar a cena. O ator atordoado com o bombardeio de palavras, questionamentos, exclamações e inflexões às vezes deixa-se levar e entra perigosamente no jogo deles. Isto pode trazer um resultado muito bom no ritmo do espetáculo mas, se o ator não souber o momento exato de retornar ao texto, todo o espetáculo estará perdido. No último dia quinze de outubro tivemos o prazer de mais uma vez nos defrontarmos com uma platéia inteligente e participativa. O espetáculo A BONEQUINHA DE PANO, visitou o EXTENSIVO COLÉGIO E CURSO. Lá estivemos realizando espetáculo para uma platéia de alunos. Alunos estes, que estão sendo formados para serem cidadãos críticos e conscientes. Percebemos que estão sendo criados alunos que no futuro serão pessoas analíticas, conscientes e participativas. Foi difícil para a bonequinha de pano narrar e historia dela com sua dona, dada a participação de uma pequena sapeca que durante todo o espetáculo pontuou o texto com a sua participação. Muito bom. Durante todo o espetáculo a Letícia participou, e sim, muitas vezes fiquei apreensivo, quase não consegui dominar o tempo da comédia e manter o fio da meada. Mas foi muito bom. O elenco ficou muito feliz com o resultado do trabalho e acredito que a escola também. E isso nos faz sentir um desejo imenso de estarmos novamente em cena o mais rápido possível. Uma sensação muito boa e gratificante.
Quando iniciamos este espetáculo há alguns anos atrás, tínhamos um objetivo principal. O ofício da Bonequinha é a assistência. Portanto, além de levar cultura e diversão para os alunos das escolas privadas podemos ainda oferecer àquelas crianças que não têm a oportunidade de freqüentar as salas de cinemas ou os teatros, um momento lúdico e cultural. Para isto, a Bonequinha vai até essas crianças através de entidades de assistência ao menos carente.
Uma dessas instituições interessadas é a Casa do Bem, uma casa administrada pelo jornalista Flávio Rezende, que mantém projetos sociais importantíssimos na comunidade. E nós vamos sim ter o maior prazer em apresentar o espetáculo de maneira totalmente gratuita para aquelas crianças assistidas pela Casa.
Essa é mais uma oportunidade de através da cultura realizar a promoção cultural a inclusão desses pequenos cidadãos na sociedade consumidora de bens culturais.
Por enquanto estamos aguardando a data do espetáculo.

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Rosinaldo Luna

Coisas da Política

COISAS DA CULTURA POLÍTICA.
Não é minha especialidade, nem quero que este blog se torne um blog político, nem faço questão do mesmo ser politicamente correto. Mas, no momento o assunto é esse.  Claro que política é algo que todo cidadão deve conhecer, discutir, analisar. Mas também sabemos que o tempo passa e não acontece nada de novo apesar das muitas promessas. Continua sempre o mesmo curral com os mesmos oprimidos e seus opressores analisando as dentaduras. Continuamos presas fáceis dos predadores coronéis que ainda hoje manipulam vontades populares em troca de algum benefício insignificante e promessa de renovação.
 Chega a ser divertido o discurso de renovação política: Chegou a sua vez de renovar. Votem em candidato tal filho do político fulano de tal que há pelo menos trinta anos se mantém enricando ilicitamente no poder, pulando de partido em partido e cargo em cargo: senador, governador, deputado, ministro, e por aí vai. Outro na maior cara–de-pau prometendo fazer o que ninguém conseguiu realizar nos governos anteriores, mesmo ele sendo um desses anteriores várias vezes. E deixando claro que é o candidato do Lula, que quer a oportunidade e a confiança do povo para fazer a diferença. Caramba, se você teve trinta anos de chance de fazer direito e nunca acertou será que vai ser agora?
A noiva do Chuk desenterrada dos porões do calabouço militar, toda esticadinha  e preenchida no Pitangui house, botocada e porcelanicamente maquiada se tornou linda aos olhos do povo. Só que ninguém sabe do verdadeiro passado dela. Surgiu de repente das sombras e globalmente ocupou o cenário político nacional e veio a ser a candidata do governo, a promessa de continuidade dos programas que na verdade enriquece os muitos ricos, achata a classe média enquanto oferecem aos pobres e miseráveis  um pirulito alucinógeno que custa alguns reais e é representado pelo cartãozinho do bolsa família.
Não quero ser pessimista, mas observando bem, o que ficará desse movimento todo chamado onda vermelha? Sabemos que vivemos uma ditadura velada e covarde onde todos os personagens dessa ópera trágica se digladiam para convencer o povo que estão do lado do Lula e da Dilma. Mesmo sabendo que têm muito a perder. O fabuloso programa de bolsa renda criada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, incompetentemente modificado e renomeado bolsa família.
Deu medo ao ver a cara nada simpática da ex, até que em fim, já vai tarde, Vilma tentando se convencer que tudo que falava sobre Lula e Dilma era verdade quando estava estampado no semblante que ela sentia medo, pelo que estava falando. Pois  sabia que também iria se ferrar. Vem a questão dos fichas limpas, onde os corruptos já com comprovado currículum na arte de desviar dinheiro público vêm a  público se auto-proclamar idôneos e honestos. E ainda querem impedir que Tiririca assuma o mandato. O único candidato coerente e verdadeiro que apareceu nas telas e desceu atravessadamente pelas goelas dos brasileiros. Melhor discurso da propaganda eleitoral gratuita. Sem falar na entrevista pós-vitória. Quando foi interpelado pelo repórter sobre seus projetos de governo o sábio homem falou com franqueza e simplicidade: “Eu não sei o que isso...” Quer verdade maior? Integridade mais digna de admiração que essa?
É isto que acontece com a grande maioria dos eleitos. Nenhum destes que foram eleitos agora têm conhecimento técnico para legislar. Não seria tempo de exigir capacitação para se pleitear um cargo? Será sinal de prudência entregar os domínios do país nas mãos de pessoas sem capacidade nem condições de administrar? Agora o TRE quer impedir que o homem assuma por ser analfabeto é piada. Eu sou analfabeto em medicina, em tecnologia e em muitas áreas. Ninguém nasce especialista em nada. A medida é no mínimo injusta. Uma vez que ele não é o único analfabeto na questão. Quem deve ser impedido de qualquer coisa e ter o mandato, registro seja lá o que for caçado é o partido e a coligação que aceitou a candidatura do persona em questão.
Agora, temo pelo que nos espera. Conversando com um amigo essas dias, desses amigos informados e com conteúdo para uma boa discussão, ele me falou; “Estamos perdidos se Dilma for eleita. Voltaremos aos tempos da inflação alta. É a falência do país. O RN está completamente falido. Não tem dinheiro para nada e o país está se sustentando de forma mentirosa e falsa. E agora que não tem mais como esconder a onda de caus que vem por aí, felizes os que conseguirem comprar a bala pra atirar no ouvido”.  Eu acredito nesse rapaz. Além dos contatos quentinhos e consistentes, ele é editor de um respeitado jornal da cidade e antenado com o mundo. Escritor, economista e critico como conhecimento de causa. E me fez uma pergunta: “Como é que existe uma crise mundial, onde as maiores potências sofreram quedas gigantescas e o Brasil, que é um país de terceiro mundo nem se abalou com o caso. A Espanha, o terceiro país mais rico da Europa, está quebrada, os EUA a maior potência do mundo está falindo, até o Japão que tem uma economia sólida e uma sabedoria impar para superar crises também sofreu, não é um atrevimento um país latino, mergulhado em corrupção com uma dívida interna que atingiu a cifra dos trilhões querer dizer que é o bam-bam-bam?!
Eu estou com medo mesmo do que vem por aí. Espero que ao menos fique o dinheiro do feijão. Apesar de que há quinze dias comprei feijão por R$ 2, 49 e na última sexta fui ao mercado e já comprei de R$ 4,80. Isso não é inflação?! Fiquemos atentos e preparemos os dentes, pois chegou á época do ranger.


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Rosinaldo Luna