01/10/2011

Musical Galinha Pintadinha






Eu sou uma pessoa desprovida de inveja, de maledicencia ou oturas coisas. Talvez por isso, consiga ficar feliz, de verdade, como sucesso dos outros.
No domingo passado, fui com meu filhos de quatro anos ao Centro de Convenções assistir ao musical infantil A GALINHA PINTADINHA, dirijida pelo Ator Glaydson Almeida e produzida pela IDEARTE PRODUÇÕES.
Não sou amigo do Ameury Junior, somos conhecidos e já trabalhamos em um projto há alguns anos porém, sem que isto tenha nos tornado grandes amigos. Mas o que quero dizer é que, fiquei imensamente feliz ao chegar no horáriodo espetáculo e descobrir que não haviam mais ingressos. Gente, uma companhia natalense conseguir lotar o teatro do centro de convenções não é muito comum


 não. Fiquei para ver a segunda sessão. Resultado: ví comos olhos embevecidos a multidão que lotou a primeira sessão saindo com os olhos brilhando, as crianças e os adultos, claro.
Taí um acoisa que curto observar; adultos saindo do teatro respalndescendo de alegria após um espetáculo infantil! É mágico!
Mas voltando ao assunto, parabenizo ao Amaury pelo talento em produzir teatro e pela audácia do empresário que consegue lotar os teatros por onde passa. O grupo já vinha de turnê por Aracajú, com várias apresentações e de Salvador, onde fizeram nove apresentações com casa lotada. È ou não é para ficarmos felizes por esses artistas talentosos e empree3ndedores? Se não pensam como eu... mordam os cotovelos de inveja e testemunhem o talento do grande Amaury e Gleydson Almeida, agora esbanjando talento como diretor também.

E tenho dito!


Rosinaldo Luna

30/09/2011

CESTA CULTURAL: SOCIEDADE DOS POETAS VIVOS DO RN

AQUELA DOSE DE AMOR

AQUELA DOSE DE AMOR - Antonio Francisco



(do livro DEZ CORDÉIS NUM CORDEL SÓ, Ed. Queima-Bucha, Mossoró, 2006)

Antonio Francisco



Um certo dia eu estava

Ao redor da minha aldeia

Atirando nas rolinhas,

Caçando rastros na areia,

Atrás de me divertir

Brincando com a vida alheia.



Eu andava mais na sombra

Devido ao sol muito quente,

Quando vi uma juriti

Bebendo numa vertente.

Atirei, ela voou.

Mas foi cair lá na frente.



Carreguei a espingarda,

Saí olhando pro chão,

Procurando a juriti

Nos troncos do algodão,

Quando surgiu um velhinho

Com um taco de pão na mão.



O velho disse: - “Senhor,

Não quero lhe ofender,

Mas se está com tanta fome

E não tem o que comer,

Mate a fome com este pão,

Deixe este pássaro viver.”



Eu disse: - Muito obrigado,

Pode guardar o seu pão...

Eu gasto mais do que isso

Com a minha munição.

Eu mato só por prazer,

Eu caço por diversão.



O velho disse: -“É normal

Esse orgulho do senhor

E todo esse egoísmo

Que tem no interior.

É porque falta no peito

Aquela dose de amor.



Se eu tivesse botado

Ela no seu coração,

Você jamais mataria

Um pardal sem precisão,

Nem dava um tiro num pato

Apenas por diversão.”



Eu fiquei muito confuso

Com as frases do ancião.

Aquelas suas palavras

Tocaram meu coração

Derrubando meu orgulho

E a vaidade no chão.



Me vali da humildade

E disse: - Perdão, senhor,

Desculpe a minha arrogância,

Mas lhe peço um favor,

Que me conte essa história

Sobre essa dose de amor.



O velho disse: - “Pois não.

Vou explicar ao senhor

Porque mesmo sem querer

Sou o maior causador

De hoje em dia o ser humano

Ser tão carente de amor.



Isso tudo aconteceu

Há muitos séculos atrás

Quando meu Pai fez o mundo

Terra, mares, vegetais.

Me pediu pra lhe ajudar

No último dos animais.



Pai me disse: - ‘Filho, eu fiz

Da formiga ao pelicano;

Botei veneno na cobra,

Bico grande no tucano,

Agora estou terminando

Este animal ser humano.



Mas ficou meio sem graça

Este animal predador...

O couro não deu pra nada,

A carne não tem sabor,

Na cabeça tem juízo,

Mas, no peito, pouco amor.



Por isso que eu lhe chamei

Pra você lhe consertar,

Botar mais amor no peito,

Lhe ensinar a amar

E tirar dessa cabeça

O desejo de matar’.



Depois disse: - ‘Filho, vá

Amanhã lá no quintal,

No casa dos sentimentos,

Perto do pote do mal...

Traga a dose de amor

E bote nesse animal’.



De manhã eu fui buscar

Aquela dose sozinho,

Mas na volta me entreti

Brincando com um passarinho

Perdi a dose do amor

Numa curva do caminho.



Quando eu notei que perdi,

Voltei correndo pra trás,

Procurei em todo canto,

Mas cadê eu achar mais.

Aí eu fiz a loucura

Que toda criança faz.



Voltei, peguei outra dose

Igualzinha a do amor,

O vidro da mesma altura,

O rótulo da mesma cor...

Cheguei em casa e botei

No peito do predador.



Mas logo no outro dia

Meu pai sem querer deu fé

Do animal ser humano

Chutando o sapo com o pé

E no outro ele mangando

Dos olhos do caboré.



Vendo aquilo pai chorou,

Ficou triste, passou mal,

Me chamou e disse: - ‘Filho,

O bicho não tá normal.

O que foi que você fez

No peito desse animal?’



Quando eu contei a verdade

De tudo aquilo que eu fiz

Pai disse tremendo a voz:

- ‘Eu sei que você não quis,

Mas você botou foi ódio

No peito desse infeliz.



Esse bicho inteligente

Com esse ódio profundo,

Com pouco amor nesse peito

Não vai parar um segundo

Enquanto não destruir

A última célula do mundo.



Depois daquelas palavras,

Chorei como um santo chora.

Quando foi à meia-noite

Eu saí de porta afora

E nunca mais eu pisei

Na casa que meu pai mora.



Daquele dia pra cá

É esta a minha pisada,

Procurando aquela dose

Em todo canto da estrada,

Pois, sem ela, o ser humano

Pra meu pai não vale nada.



Sem ela, vocês humanos

Não sabem dar sem pedir,

Viver sem hipocrisia,

Ficar por trás sem trair

Nem distante do poder

Nem discursar sem mentir.



Sem ela, vocês trucidam

E batizam os crimes seus.

Na era medieval

Queimaram bruxas e ateus

E perseguiram os hereges

Usando o nome de Deus.



Sem ela, foram pra África

E fizeram a escravidão...

Com os grilhões do preconceito

Escravizaram o irmão

Com a espada na cintura

E uma bíblia na mão’.



O velho disse: - “Perdoe

Ter tomado o tempo seu.

Consertar vocês, humanos,

É um problema só meu.”

Aí o velho sumiu

Do jeito que apareceu.



E eu fiquei ali em pé

Coçando o queixo com a mão,

Pensando se era verdade

As frases do ancião

Ou se era tudo fruto

Da minha imaginação.



E naquele mesmo instante

Vi passando na estrada

A juriti que eu chumbei

Com uma asa quebrada,

Mas não tive mais coragem

De atirar na coitada.



Joguei fora a espingarda,

Voltei olhando pro chão

Procurando aquela dose

Nos troncos do algodão

Pra guardá-la com carinho

Dentro do meu coração.



Se acaso algum de vocês

Tiver a felicidade

De encontrar aquela dose,

Eu peço por caridade

Derrame todo o sabor

Daquela dose de amor

No peito da humanidade.

26/09/2011

PNUD seleciona profissionais para o SNC-NE

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD Brasil) publicou nesta segunda-feira, dia 26 de setembro de 2011, edital para seleção de três (03) profissionais com experiência em gestão pública cultural para atuar na região Nordeste com o Sistema Nacional de Cultura (SNC). De acordo com o documento, os candidatos devem enviar currículos até a próxima sexta-feira, dia 30 de setembro de 2011. O contrato previsto para os selecionados possui vigência de 360 dias e determina a Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura, localizada na cidade do Recife (PE), como local de trabalho. Os participantes devem possuir graduação em ciências humanas, sociais ou exatas e experiência profissional de, no mínimo, 02 (dois) anos na área.
Os interessados devem enviar o currículo até o dia 30 de setembro de 2011 para o endereço: prodoc914brz4013.sai@cultura.gov.br, indicando o número do edital e o nome do perfil em que se candidata.

Confira o edital no endereço: http://www1.brasilia.unesco.org/vagasubo/index.php?option=com_phocadownload&view=category&id=1&Itemid=5

Mais informações: (81) 3117-8430
De: Divulgação NE (divulgacao.ne@cultura.gov.br)