Durante uma hora, a Secretária dialogou com artesãos, videomakers, entusiastas da cultura digital, designers, músicos, atores e autoridades como o Secretário de Cultura de Pernambuco, Fernando Duarte da Fonseca, e o Senador Humberto Costa, a respeito dos ciclos produtivos capitaneados pelos saberes culturais das comunidades brasileiras. O conceito de Economia Criativa foi passado aos presentes como a possibilidade de usufruir da cultura como um fator de impulso para o desenvolvimento social e econômico de forma sustentável. “Nós possuímos os meios que podem nos ajudar a construir um novo cenário na relação que temos com os saberes populares e o incentivo à pesquisa. Somos ricos neste aspecto”, afirmou.
Segundo Cláudia Leitão, o Brasil possui uma imensa riqueza que não deve ser enxergada de forma estática. Ela afirmou que a beleza de cada obra que nasce ao londo do país pode ultrapassar o senso estético e atingir um sentido mais amplo quando ela encontra caminhos para tocar, provocar e desenvolver outras mentes. “Um projeto de moda, uma criação gastronômica ou uma intervenção musical podem resgatar as tradições de uma comunidade e disseminá-la por outros territórios, dialogando com novas tendências, outros povos e mercados, por exemplo. As ferramentas digitais podem contribuir com propostas criativas que podem ser aplicadas para obtermos uma melhor relação dos cidadãos com sua identidade e o ambiente em que vivem. As possibilidades são imensas”, afirmou.
Para a Secretária, reduzir a cultura ao campo da apreciação é jogar fora todo o potencial de contribuição que um povo pode dar ao crescimento de um país. Para isso, ela defende uma maior aproximação com o setor de educação e pesquisa, com o desenvolvimento de espaços voltados à educação formal e informal para os diversos setores deste segmento, além da coleta de dados que possibilitem a medição da Economia Criativa e a Economia da Cultura nos estados.
Do lado do fomento, ela ressaltou a importância de estreitar os laços com os bancos de desenvolvimento, que possibilitem a criação de novas linhas de crédito para os empreendedores, além de entidades como o SEBRAE e as Secretarias de Educação e Cultura de vários estados, a fim de formular programas que atendam à demanda.
“Acredito que este tipo de iniciativa é uma forma de empoderamento do povo sobre a sua essência, seus valores e sua identidade, que permitirá a redescoberta de uma força capaz de impulsionar a mobilidade social, o crescimento educacional e profissional que só têm a fortalecer ainda mais o Brasil”, concluiu.
A programação do Ambiente Criativo continua até o sábado (27), último dia da 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns.
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Texto e Fotos: Juliano Mendes da Hora – Ascom Minc/ RRNE