04/11/2020

Sou amigo do Miguel Falabella



Mentira. não sou amigo do Falabella mas gostaria. Não só pelo artista de sucesso, não pelo grande ator que ele é, não pelo diretor, autor e todos os atributos que esse multi artista representa e executa com tanta propriedade e talento. Não. Sempre admirei o artista Miguel Falabella, mas nunca tinha tido a oportunidade de estar na mesma sala que ele, con vêlo como o Miguel, sem ser o personagem. E me surpreendeu ontem, terça feira 03/11/2020 ao participar de um seminário, A CADEIA PRODUTIVA DO ESPETÁCULO TEATRALDONTADA E CANTADA POR QUEM O FAZ que tem como mentora a professora Deolinda Vilhena da escola de teatro da UFBA e que reunirá até 15/12/2020 os mais seletos profissionais da área. Por lá já passaram Gabriel Vilella, o grande homenageado do projeto até ontem com a aula emocionante do Miguel Falabella.

O artista trabalha com a emoção, sabemos disso, mas o Miguel ele é a própria personificação da emoção. Durante o bate papo de mais de duas horas, que me pareceu 15 minutos, ele deu conselhos, falou de sucessos e fracassos, devaneou, e se emocionou, diversas vezes. 

Eu acredito no artista que chora emocionado quando visualiza uma marca cênica, que chora quando descobre um diapasão, um time, uma pausa. E o Miguel é desse tipo. Artista de alma. 

Me tocou o relato de uma situação que aconteceu em que uma figurante teria sido mau tratada pela produção e ele encontrou a mulher chorando. Essa mulher foi acolhida, ou adotada por ele, como ele gosta de falar e ganhou fala, e terminou entrando para o seriado Pé na Cova que ele escreveu e dirigiu ao lado de grandes atores, dentre eles Marilia Pêra, sua amiga inseparável e inesquecível.

É um artista incansável, que dorme geralmente quatro horas pro dia e que é incapaz de viver longe do palco. Ele atua, canta, dirige, escreve, produz dá emprego um um numero expressivo de atores, coreógrafos, bailarinos, produtores e técnicos e mesmo no meio de todo esse tornado de responsabilidade ainda tem tempo para a delicadeza que é criar o belo, emocionar atores e plateia com seus musicais.

O próximo desafio é o musical MARROM que levará ao palco a historia da grande sambista Alcione, e que a exemplo do ELZA cem toda certeza será um grande sucesso. 

E pensar que foi devido a uma pandemia, um isolamento social forçado, no meio de tanta dor que essa oportunidade única para mim apareceu. Conhecer Nanda Rovere, jornalista paulista que se apaixonou por Natal e que é também apaixonada pelo trabalho do Gabriel Vilella, assim como eu e que desse encontro tem me colocado nesse circulo tão especial do teatro nacional

Só gratidão e felicidade e torcendo para que gerem frutos porque tambem não vou aqui pousar de besta nê? 

Viva o tetro nacional, viva o artista brasileiro e viva o Miguel Falabella.


By

Rosinaldo Luna