12/12/2013

“A Estrada: ou o milagre da fé” estreia hoje na Árvore de Mirassol


Espetáculo traz dramaturgia de Clotilde Tavares e direção de Henrique Fontes (foto: Vlademir Alexandre)

A história do nascimento de Jesus contada pelo viés do cotidiano árduo do artista de teatro. Este é o mote para a dramaturgia do espetáculo ‘A Estrada: ou o Milagre da Fé’, uma das duas peças que será encenada na programação do Natal em Natal, no entorno da Árvore de Mirassol (Zona Sul) e do Ginásio Nélio Dias (Zona Norte).
Sem a caracterização de um auto natalino, o espetáculo traz menos coreografia e mais teatralidade. O elenco é mais enxuto e, apesar dos personagens bíblicos travestidos da gente comum do dia-a-dia, a fé transmitida pela peça está menos relacionada à religião e mais atrelada à batalha cotidiana do artista e ao sentimento (fé) de que a arte pode redimir pessoas.
Espetáculo traz dramaturgia de Clotilde Tavares e direção de Henrique Fontes (foto: Vlademir Alexandre)O texto da dramaturga Clotilde Tavares foi construído sob uma leitura livre do nascimento de Cristo, conforme exigência do edital Natal em Cena, criado pela Fundação Capitania das Artes e que selecionou dois espetáculos teatrais para o Natal em Natal. Um deles, de cunho religioso. Outro, com o viés histórico, cujo título provisório é ‘Natal: Encruzilhada do Mundo’.
A sinopse parte de uma trupe de atores mambembe chamada Atores do Sol, que chega em Natal no mês de dezembro. Eles trazem um repertório variado de peças de teatro. Sendo o período natalino e com a cidade chamada Natal, escolhem contar a história do nascimento de Cristo. E nesse processo, as situações básicas do acontecimento bíblico são representadas.
Neste caso não há mais a mistura do nascimento de Cristo com a história de Natal, comumente vista nos últimos autos natalinos. A história do Menino Jesus, na verdade, serve de sustentação para outra mensagem. Na trupe há atores cansados da vida dura do teatro e desejam uma vida mais convencional e rentável. Então, surge o milagre da fé na arte: de que a vida de artista pode valer a pena.
“Essa discussão simboliza uma discussão cotidiana do artista: continuar fazendo arte, ou seja a metáfora de estar na estrada, ou ter uma profissão mais convencional, tipo um bancário, sei lá. E esse dilema envolve a trama e traz outras problemáticas do cotidiano teatral. Toda pessoa de teatro vai se reconhecer na peça”, acredita a dramaturga Clotilde Tavares.
Para Clotilde, os questionamentos da trupe são intrínsecos ao dia-a-dia do fazer teatral. E não só do teatro profissional. “Uma hora um personagem diz: ‘Ah, mas queria que fosse assim; eu fico bem assim’. Aí outro diz: ‘Não é o que é bom pra você, mas o que é bom para o espetáculo’. E esses embates existem até em grupos de teatro escolares”, acrescenta.
Personagens e flashes mobs
A trupe que chega a Natal é familiar. O pai Teotônio herdou do pai a tradição do teatro mambembe. Fruto do casamento com Albina veio Marcelo, Manolo, Lúcio e Jane. A criança Elias foi adotada quando encontrada na rua, com fome. E ela é uma criança especial. Algo nele não é convencional. Elias fala coisas que ninguém entende, como se pela boca de um anjo ou profeta. Tem ainda Eulália, de 30 anos, que entrou na trupe fugida de um casamento tradicional infeliz e da severidade do pai. Essa é a trupe que viaja numa kombi.
Tem ainda o carpinteiro Benício, que ajuda a montar o cenário da apresentação da trupe em Natal. Durante seu trabalho, no meio da rua, Benício conhece Maria Déa: uma adolescente grávida, expulsa de casa por que engravidou. Benício e Maria Déa se juntam à trupe. Eles representariam José, o carpinteiro, e Maria, grávida de Jesus. Outros personagens bíblicos também entrarão em cena a partir de flash mobs (aglomeração instantânea de pessoas para determinada ação inusitada previamente combinada).
“Os flash mobs são apostas nossas para melhor envolvimento do público”. O diretor Henrique Fontes adiantou ainda que partiu da ideia da reprodução de quadros renascentistas. Ou seja: imagens estáticas que ganham movimento na peça. Mas apenas uma tem fala, que parte do menino (profeta) Elias. Nas outras cenas, personagens “se desmontam” e viram outros personagens em poucos movimentos. A inspiração para essa montagem cênica, conta Henrique, surgiu de uma exposição sobre Rembrandt, na Holanda.
“Lá eles reproduziram figuras do quadro Cavaleiro Noturno. Criaram uma situação, estourou o alarme de um shopping, corre um ladrão com figurino do século 18, depois aparecem outras figuras desse texto, entram galinhas. E no fim eles meio que dão vida ao quadro de Rembrandt. A última cena reproduz a imagem estática do quadro”, relata Henrique Fontes.

Apresentação do espetáculo está agendada para 12, 13 e 14 de dezembro, na Árvore de Mirassol, e 19, 20 e 21, no entorno do Ginásio Nélio Dias


Todos os créditos ao Portal No Ar.

Edital BNDES aberto e por curto tempo.

Dando um control-c, control-v na noticia abaixo. aos artistas com projetos e em busca de patrocínio o BNDES está com edital aberto até 18 e dezembro. Ainda dá tempo de inscrever os seu e ter a oportunidade de mostrar seu trabalho de forma digna e  com muita visibilidade. Não perca tempo e inscreva. Leia a matéria abaixo.


Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES abriu, esta semana, processo de seleção de projetos de eventos culturais para patrocínio entre 1º de março e 30 de agosto de 2014. O foco da iniciativa são as áreas de cinema, música, literatura e dança. Projetos de produção de festivais, mostras, espetáculos, feiras e outras iniciativas poderão ser inscritos até o dia 18 de dezembro.
As propostas serão analisadas por comitê formado por equipes da área de Comunicação do banco. A previsão é que o resultado seja divulgado em fevereiro de 2014. Os critérios considerados para a seleção incluem a concepção criativa do projeto, a proposta de conteúdo, o potencial de comunicação e a contribuição para a difusão e o fomento da cultura brasileira.
Em 2013, o BNDES investiu cerca de R$ 15 milhões em 39 projetos de patrocínio cultural. Para 2014, os recursos disponíveis devem ser mantidos no mesmo patamar.
BNDES – Patrocínio a Eventos Culturais 2014
Inscrições: Até 18 de dezembro.
Informações: http://bit.ly/1bxYISO

10/12/2013

Cegos invade Natal.

Dr. Marcos Bulhões, criador da performance em ação.

Quem passou pelo Meadway Mall, shopping localizado em tirol, Natal, ontem por volta das 15h foi surpreendido por uma performance urbana que vem rodando o mundo. 
Trata-se de um projeto encabeçado pelo ator e diretor teatral potiguar, Dr. Marcos Bulhões. 
a performance que já passou por várias capitais importantes da Europa, como Londres e Paris. CEGOS chegou a Natal e mobilizou cerca de 50 atores performers. Dentre estes a atriz, teatróloga, folclorista e encantadora figura Clotilde Tavares, a que este ator tem um imenso respeito.
As ruas e o shopping Meadway foram tomados por estatuas de argila em um protesto contra o consumismo. O curioso é que o shopping, maior símbolo desse movimento, apoiou e permitiu que o trabalho fosse realizado dentro do mesmo.
Um trabalho diferente e impactante que agradou e chamou a a tenção de todos que passaram no local. Parabéns Marcos Bulhões pelo belo projeto.

By Rosinaldo Luna


Cegos 

Cegos