30/10/2010

PRODUÇÃO CULTURAL SEGUNDA CONVERSA


Produção Cultural - Segunda Conversa
 A IDÉIA
Para começarmos, vamos pensar no que gostaríamos de montar. Um espetáculo de temática adulta? Um infantil ou infanto-juvenil? Ou seria um musical? Pesquisamos textos e autores, dentro da linha de trabalho e proposta que queremos trabalhar. Definido o texto partiremos pra próxima etapa. Se não sou produtor nem ninguém no grupo entende de elaboração e gestão de projetos é aconselhável convidar um produtor para montar e gerir de forma segura e com conhecimento técnico nossa idéia. Mostramos a idéia inicial e começamos a pensar na viabilidade da execução e elaboração propriamente dita. É importante que as idéias sejam bem claras para que o produtor tenha condições de absorvê-la ao máximo e imprimi-la no papel. É essencial que esta idéia seja muito clara desde o início, para assim o produtor poder “comprá-la”. Afinal, se ele não acreditar na idéia, como poderá transformá-la em produto e convencer aos patrocinadores em investir no projeto? Devemos anotar tudo em papel ou no computador para não esquecer nenhum ponto discutido. Geralmente nesta fase as coisas ainda estão um pouco misturadas e fica difícil administrar o turbilhão de idéias que ferve na cabeça do grupo ou do diretor, por outro lado, comprada a idéia pelo produtor, este também começa uma avalanche de idéias para realizar. Por isso é importante anotar tudo para não perder a linha. Quando conseguirmos criar o esqueleto do projeto e definirmos as idéias pré-eliminares, partiremos para os questionamentos, mas isso é assunto para outra conversa.



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Rosinaldo Luna

NATAL EM NATAL


NATAL EM NATAL
Começou o corre-corre. O Natal em Natal já está em pleno movimento. O Auto do Natal promovido pela FUNCARTE está em fase e as de testes  e as oficinas começam pra valer pós o feriadão. O desfile de Natal, aquele que acontece na praça cívica, em Petrópolis, também está prestes a iniciar sua fase de ensaios. A Festa do Menino Deus, auto produzido pela Fundação José Augusto não acontecerá esse ano,, uma vergonnha para to estado e uma tristeza para a classe artística que perde uma oportunidade de trabalho. Além do auto  que está sendo montado   os testes para o musical Beco da Alma, já   divulgou o resultado dos primeiros vinte atores. Estes passarão por nova audição para aí sim, retirarem os atores que comporãoo espetáculo. Eu particularmente torço que a talentosa Babú fiqeu no elenco peça.  O texto da maravilhosa Claudia Magalhães, a música de Danilo Guanais e direção de João Marcelino certamente é certeza de sucesso.  Desta vez não se usou o critério do talento amigo da equipe, o famoso QI. As pessoas interessadas em participar foram convidadas a realizar uma inscrição e todo o processo foi eliminatório, até atores conhecidos da produção, tiveram que passar por todo o processo, como um simples mortal, até onde fiquei sabendo. Se for realmente assim, BRAVO estamos melhorando, e até que em fim teremos uma produção democrática e justa, que não poderá excluir talentos promissores por não ser amigo ou parente de alguém da produção. Para o Auto do Natal a diretora Diana Fontes convidou alguns pupilos para o elenco principal, claro, não vejo nisto nenhuma prática ilícita ou erronia por parte da direção e produção do espetáculo. O fato é que com atores convidados, como é o caso do elenco principal do Auto do Natal, ou através de testes como no musical O Beco da Alma, a produção teatral está a todo vapor. Os artistas se articulam, correm atrás de fotos, currículos, matérias de jornais e toda sorte de elementos que possam garantir a participação dos mesmos em pelo menos uma das montagens do fim de ano. Todos correndo para garantir o 13º. Salário. Brincadeiras à parte, os cachês dos espetáculos do Natal em Natal estão bem acima da média dos pagos pelas produções durante o ano. No Auto do Natal o cachê para os atores do primeiro elenco será de R$ 4.000,00. Quatro mil reais é um cachê bom para o artista local, que faz seus trabalhos por valores muito inferiores á isto. Mas sabemos que o ideal está longe de acontecer, pois se partirmos do princípio de que por lei o artista local tem direito a receber 10% do valor do artista nacional, e o auto do natal é um espetáculo misto, no mínimo um cachê de um cantor da envergadura do Fagner, ou Elba ramalho não sairá por menos que RS 70.000,00, isso daria R$ 14.000,00 que deveria ser pago para os nossos artistas locais por dois dias de espetáculo, sem contar ensaios e transportes.
Mas por enquanto, vamos nos contentando com o cachê que os produtores podem nos pagar, porém, não devemos deixar do lembrar sempre os direitos conquistados. E esperamos que tudo corra bem, para os artistas, produtores e principalmente para a cidade que a cada ano recebe mais turistas em busca de belezas naturais e atividades culturais de boa qualidade.
Além dos espetáculos teatrais, desfiles temáticos e shows musicais ainda acontecerá um grande espetáculo de dança, promovido pela Capitania das Artes, a feira do livro, o festival de cinema... Muita coisa mesmo acontecendo na cidade e trabalho para todos os seguimentos da cultura. Parabéns e Feliz Natal em Natal.
Vamos viver e aproveitar

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Rosinaldo Luna

Auto do Natal 2010


Diana Fontes e equipe nas oficinas para o AUTO DO NATAL 2010.








No último dia 29.10, no palácio dos esportes, encontrei-me com uma equipe de profissionais no mínimo apaixonante. As oficinas do Auto do Natal 2010, em caráter seletivo, mas apesar desta característica leve e deliciosa foi uma coisa apaixonante. Diana Fontes com sua bagagem incontestável, e o Doutor Macárius Maia, outra fera administrando uma oficina rápida para seleção de atores. O tempo dos exercícios perfeitamente cronometrado e os ganchos seqüenciais entre as oficinas foram mágicos. Esse processo delicioso fez os atores entregarem-se sem tabus, sem preconceitos e certamente felizes. A emoção saltava aos olhos de todos e num instante éramos arrebatados como pipas guiadas pelos mestres.
Outra coisa que me deixou feliz, perceber que ali além dos atores novatos e até pessoas que não eram atores,  muitos já com trabalhos realizados, como Pedro Queiroga, Rodrigo Bico, Ronaldo Negromonte, Ítala Viana, Cristina Moreno, e este atore que hora tenta escrever este artigo. Mas em outros dias também estavam estrelas com ao atriz/cantora/bailarina Babu, Barbara Cristina, Enio Cavalcante, todos humildemente participado de um processo onde concorremos todos ao mesmo papel. Mas sem rivalidades e com muito entrosamento e harmonia.
No início Diana pediu a palavra e falou de como é importante a troca das experiências, e eu concordo com isso. Às vezes a vaidade deixa o artista meio que cego. A troca de experiência faz com que este veja quanto é importante o jogo cênico, a humildade para poder decidir o outro e o coletivo. Sempre você é peça fundamental, mas não única no jogo cênico. Mesmo o ator em um monólogo não pode sentir-se único, em cena apesar da solidão do ator, está uma equipe de pessoas que contribuem para o espetáculo, e ele não estaria ali sem o trabalho do todo.
Parabéns pela qualidade na escolha da equipe do auto do natal deste ano, parabéns para Natal que conseguiu manter o espetáculo para este na e parabéns a nós atores e artistas em geral pela oficina tão leve e gostosa.
Quero muito estar no elenco do auto deste ano, mas só o fato de ter feito oficina já me deixou feliz.


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Rosinaldo Luna

24/10/2010

Origem da Expressão Merda.


A origem
A origem da expressão “merda” do teatro
Quem vive no mundo do teatro, dificilmente não fala merda antes de entrar no palco. O que muitos não sabem, sejam aqueles que utilizam a expressão ou aqueles que por ventura as ouvem, é que desconhecem a origem da expressão.
A expressão “merda” usada no teatro surgiu na França. Um ator iria apresentar a peça mais importante de sua vida, estava nervosíssimo, pois na platéia estariam os mais importantes críticos da cidade. No percurso de sua casa ao teatro encontrou muitos obstáculos. Primeiro, deparou-se com um incêndio, teve que desviar e acabou se perdendo. Como quem tem “boca vai a Roma”, conseguiu chegar ao teatro. Na porta do teatro para completar suas asneiras, pisou em um cocô. Entrou, atuou e saiu muito feliz com a melhor atuação de sua vida.
Assim, a expressão “merda” tem o mesmo significado de boa sorte e é sempre usada antes das apresentações. Lembrando que, nunca se deve agradecer com obrigado ou de nada quando alguém lhe desejar “merda”, deve responder apenas “merda” ou ficar calado.Portanto, merda a todos.

Daniel Burgos
Professor de língua portuguesa e espanhola, especializando em literatura mato-grossense.
Trabalha no projeto “teatro encena” da escola Ramon Sanches Marques
Daniel Burgos
Publicado no Recanto das Letras em 19/04/2008


OUTRA TESE PARA “MERDA”:
Para quem não sabe: MUITA MERDA PRA VOCÊ! Ou apenas Merda! É assim que os atores e personas do mundo teatral desejam sorte um para o outro. Por mais que seja engraçada essa forma de querer o bem, esta frase, nascida na França de Molière, o berço do teatro moderno, vem sendo repetida a séculos por todo o mundo. Sua conotação de bonância partiu da grande quantidade de escrementos deixada pelos equinos que puxavam as carruagens que por sua vez levavam os nobres para apreciar os espetáculos teatrais, e quanto mais carruagens nos estacionamentos perante ao teatro, mais merda espalhada ao final do espetáculo e desse modo a enorme quantidade da mesma representava o quanto foi concorrido o evento daquela noite. Ao passar do tempo, a cada início de temporada o mais esperado entre os artistas envolvidos era exatamente “muita merda” espalhada por todo o redor do teatro, e assim foi se criando o hábito de desejar: MERDA! Se assim é, desejamos aqui para nossa nova coluna dedicada ao teatro exatamente isso, MERDA! aprenderam?
Daniel Burgos
Professor de língua portuguesa e espanhola, especializando em literatura mato-grossense.
Trabalha no projeto “teatro encena” da escola Ramon Sanches Marques
Daniel Burgos
Publicado no Recanto das Letras em 19/04/2008
Código do texto: T953424


Quem é o Sr Bertold Bretch

Sr. Brecht Nasceu pingos da Virada do Século, não dia 10 de fevereiro de 1898. Como elemento MESMO Disse in viveu tempos negros: VIU a 1um Grande Guerra, VIU um massacrada serviços Revolução nd Alemanha e SEUS Líderes sindicais assassinados barbaramente Serém.
Viu uma fome nsa Anos 20, VIU um Ascensão de Hitler, VIU um Perseguição de Perto. Em 1933 VIU o Incêndio do parlamento Alemão - o Reichstag - e compreende Que tinha Chegado Uma Nova era .. Sabia Que OS proprios nazistas fogo Colocado tinham nenhum parlamento e um Colocado culpa nsa comunistas. Como Aumentar perseguições iam. Era Hora de Fugir.
Um fugiu Dai Partir de País in País, com uma Cima semper in mala do Armário, semper Sabendo Que Bem Vindo nao era. FINALMENTE nsa ESTADOS UNIDOS sentiu na Carne O Que era uma Caça Às Bruxas. O anticomunismo estava Mais Forte do Que Nunca nenhum País Que se Dizia uma Liberdade da Terra.
A pesar de Todas As perseguições - Ou talvez justamente Por ELAS - o Sr. Nunca Parou Bertolt de escrever. Escreveu de Tudo: poesia, teatro, Ensaios, Roteiros de cinema. Mas atuarem da SUA Produção serviços Enorme tinha Grandes Dificuldades parágrafo sobreviver: Dinheiro Curto, Dificuldades com uma Língua (por Causa das Mudanças sucessivas de País), e, sobretudo o Constante Rótulo - Comunista.
Depois do Fim da Guerra Volta parágrafo SUA Alemanha, MAS ELA SABE Que nao era Mais uma MESMA: ERAM OS andamentos das Duas Alemanhas. Num Curto Período de tempo FINALMENTE Brecht TeVe o Seu teatro EO Seu Coletivo de Trabalho: o Berliner Ensemble. Instalado há in Que MESMO Teatro 1928, pingos da SUA fuga, fez hum Enorme Sucesso com uma Ópera dos Três vinténs, e COM ESSA Companhia Que FINALMENTE vai colocar in Poder Prática o Seu Trabalho. Em 1954 o Berliner Ensemble uma FAZ SUA Primeira Grande Viagem Pela Europa, a EA Partir Dai o nomo do Sr. Bertolt Brecht Passará um hum serviços dos nomos Mais IMPORTANTES par o teatro não Século Vinte.

Discutido, criticado, Atacado, perseguido. EntreTanto UMA Coisa Certa e: o Sr. Bertolt Brecht lutou Durante Toda uma Vida SUA Pelos oprimidos. Claramente assumiu Posições de Esquerda e procurou colocar uma Luta de classes sem palco. Nunca de forma dogmática. Sempre Buscando uma dialética dúvida. Por ISSO parágrafo incontáveis teatreiros do Mundo INTEIRO elementos Não É O Sr. Bertolt Brecht, MAS SIM O Nosso Companheiro de Trabalho Brecht, OU bb Como elementos se assinava letras minúsculas semper in. Um Companheiro de Luta, Uma Luta Longa e Difícil, tão Que FIM tera quando nao existirem Mais Diferentes classes Sociais.
Morre Prematuramente EAo 58 Anos sem dia 14 de agosto de 1956. Mas Seu Nome e Sua Luta continuarão vivos enquanto SUAS Peças Idéias e SUAS continuarem Aí por. Entre Tantas Coisas OUTRAS nsa bb ensinou Que o teatro divertir DEVE. Entao bom divertimento!

Luiz Fernando Lobo
01 de Outubro de 1997