Papangu.
Mascarado que sai a rua geralmente em grupos, embrulhado de lençóis,
coberto de dominós ou disfarçado de todas as maneiras; fantasia sem luxo, nem
brilhos. O grupo mais conhecido é o da cidade de Bezerros - Pernambuco. O
termo vem de uma espécie grosseira, à espécie de farricoco, que
tomava parte nas extintas procissões de cinzas, caminhando à sua frente,
armado de um comprido relho, com que ia fustigando o pessoal que impedia a sua
marcha. Sob o título "O Papa-Angu", circulou em 1846 um periódico
político em Recife.
Fonte: "Dicionário do Carnaval de
Pernambuco", Profª. Nelly Medeiros de Carvalho e Sophia Karlla Almeida
Mota (Universidade Federal de Pernambuco).
Existem
várias versões que contam a origem de uma tradição centenária: Os papangus do
carnaval de Bezerros, cidade localizada no agreste Pernambucano.
Segundo o professor Ronaldo J. Souto Maior, fundador do Instituto de Estudos Históricos, Arte e Folclore dos Bezerros, a origem dos Papangus de Bezerros data de 1881. O papa-angu nasceu de uma brincadeira de familiares dos senhores de engenhos, que saiam mascarados e mal vestidos para visitar os amigos nas festas de entrudo (antigo carnaval do século dezenove) e comiam angu, comida típica do agreste pernambucano. Por isso, as crianças passaram a chamar os mascarados de papa-angu.
Segundo o professor Ronaldo J. Souto Maior, fundador do Instituto de Estudos Históricos, Arte e Folclore dos Bezerros, a origem dos Papangus de Bezerros data de 1881. O papa-angu nasceu de uma brincadeira de familiares dos senhores de engenhos, que saiam mascarados e mal vestidos para visitar os amigos nas festas de entrudo (antigo carnaval do século dezenove) e comiam angu, comida típica do agreste pernambucano. Por isso, as crianças passaram a chamar os mascarados de papa-angu.
Antigamente o papangu tinha a máscara confeccionada com coité (cuia do fruto) ou com jornal e goma, cuja pintura era feita com azeitona preta, açafrão e folha de fava. Possuía chocalhos ao redor da roupa, que era enfeitada com palha de banana e na mão levava um maracá de coco seco com pedra dentro, trajavam roupas velhas, rasgadas com remendos e meias nas mãos, por isso eram conhecidos como Papangus Pobres.
A história foi mudando e a partir dos anos 60, as roupas velhas foram substituídas por caftas ou túnicas compridas e estampadas, que vestem dos pés à cabeça, colocam as máscaras para ficarem totalmente cobertos, pois a meta é se esconder, ganhando a farra sem ser identificados. Atualmente, a matéria-prima usada nas máscaras é o papel colê e machê.
A principal regra desta importante tradição carnavalesca é manter o sigilo sobre as máscaras que serão usadas, para que ninguém venha a ser reconhecido. Então, quando vai chegando à época próxima do carnaval, os foliões procuram confeccionar suas fantasias em segredo, para não correrem o risco de ser desmascarados antes da festa. Outros pontos foram mantidos: a troca de roupa em lugares desconhecidos, às "visitas" aos amigos e, antes de cair na folia, o costume de comer angu, que é normalmente fornecido pelos moradores locais.
A partir desse ano, São Paulo do Potengi reviverá a cultura do papangu que será vivenciada através das oficinas de máscaras.
Buscando inspiração nas mascaras venezianas, daremos um novo olhar sobre o popular bloco de sujos que outrora invadia os becos e ruas da cidade.
O bloco de panpangu será acompanhado de orquestra de ou carro de som, desfilando pelas principais ruas da cidade até o Pavilhão do Povo, quartel-general do carnaval, onde outros foliões se juntarão à festa.
O bloco de panpangu será acompanhado de orquestra de ou carro de som, desfilando pelas principais ruas da cidade até o Pavilhão do Povo, quartel-general do carnaval, onde outros foliões se juntarão à festa.
Além da folia em si, este bloco trará um diferencial. Será um bloco carnavalesco que trabalhará sempre uma campanha social a cada ano. Neste carnaval o bloco distribuirá informativos da campanha de combate à exploração sexual de jovens e adolescentes, combatendo assim o abuso sexual a estas crianças. Fato corriqueiro e que a sociedade teima em se fazer de despercebida por estes abusos acontecerem principalmente dentro das famílias. E isto não discrimina nível social, econômico ou educacional. É uma prática que acontece em todas as camadas sociais.