30/10/2010

NATAL EM NATAL


NATAL EM NATAL
Começou o corre-corre. O Natal em Natal já está em pleno movimento. O Auto do Natal promovido pela FUNCARTE está em fase e as de testes  e as oficinas começam pra valer pós o feriadão. O desfile de Natal, aquele que acontece na praça cívica, em Petrópolis, também está prestes a iniciar sua fase de ensaios. A Festa do Menino Deus, auto produzido pela Fundação José Augusto não acontecerá esse ano,, uma vergonnha para to estado e uma tristeza para a classe artística que perde uma oportunidade de trabalho. Além do auto  que está sendo montado   os testes para o musical Beco da Alma, já   divulgou o resultado dos primeiros vinte atores. Estes passarão por nova audição para aí sim, retirarem os atores que comporãoo espetáculo. Eu particularmente torço que a talentosa Babú fiqeu no elenco peça.  O texto da maravilhosa Claudia Magalhães, a música de Danilo Guanais e direção de João Marcelino certamente é certeza de sucesso.  Desta vez não se usou o critério do talento amigo da equipe, o famoso QI. As pessoas interessadas em participar foram convidadas a realizar uma inscrição e todo o processo foi eliminatório, até atores conhecidos da produção, tiveram que passar por todo o processo, como um simples mortal, até onde fiquei sabendo. Se for realmente assim, BRAVO estamos melhorando, e até que em fim teremos uma produção democrática e justa, que não poderá excluir talentos promissores por não ser amigo ou parente de alguém da produção. Para o Auto do Natal a diretora Diana Fontes convidou alguns pupilos para o elenco principal, claro, não vejo nisto nenhuma prática ilícita ou erronia por parte da direção e produção do espetáculo. O fato é que com atores convidados, como é o caso do elenco principal do Auto do Natal, ou através de testes como no musical O Beco da Alma, a produção teatral está a todo vapor. Os artistas se articulam, correm atrás de fotos, currículos, matérias de jornais e toda sorte de elementos que possam garantir a participação dos mesmos em pelo menos uma das montagens do fim de ano. Todos correndo para garantir o 13º. Salário. Brincadeiras à parte, os cachês dos espetáculos do Natal em Natal estão bem acima da média dos pagos pelas produções durante o ano. No Auto do Natal o cachê para os atores do primeiro elenco será de R$ 4.000,00. Quatro mil reais é um cachê bom para o artista local, que faz seus trabalhos por valores muito inferiores á isto. Mas sabemos que o ideal está longe de acontecer, pois se partirmos do princípio de que por lei o artista local tem direito a receber 10% do valor do artista nacional, e o auto do natal é um espetáculo misto, no mínimo um cachê de um cantor da envergadura do Fagner, ou Elba ramalho não sairá por menos que RS 70.000,00, isso daria R$ 14.000,00 que deveria ser pago para os nossos artistas locais por dois dias de espetáculo, sem contar ensaios e transportes.
Mas por enquanto, vamos nos contentando com o cachê que os produtores podem nos pagar, porém, não devemos deixar do lembrar sempre os direitos conquistados. E esperamos que tudo corra bem, para os artistas, produtores e principalmente para a cidade que a cada ano recebe mais turistas em busca de belezas naturais e atividades culturais de boa qualidade.
Além dos espetáculos teatrais, desfiles temáticos e shows musicais ainda acontecerá um grande espetáculo de dança, promovido pela Capitania das Artes, a feira do livro, o festival de cinema... Muita coisa mesmo acontecendo na cidade e trabalho para todos os seguimentos da cultura. Parabéns e Feliz Natal em Natal.
Vamos viver e aproveitar

.By
Rosinaldo Luna

Auto do Natal 2010


Diana Fontes e equipe nas oficinas para o AUTO DO NATAL 2010.








No último dia 29.10, no palácio dos esportes, encontrei-me com uma equipe de profissionais no mínimo apaixonante. As oficinas do Auto do Natal 2010, em caráter seletivo, mas apesar desta característica leve e deliciosa foi uma coisa apaixonante. Diana Fontes com sua bagagem incontestável, e o Doutor Macárius Maia, outra fera administrando uma oficina rápida para seleção de atores. O tempo dos exercícios perfeitamente cronometrado e os ganchos seqüenciais entre as oficinas foram mágicos. Esse processo delicioso fez os atores entregarem-se sem tabus, sem preconceitos e certamente felizes. A emoção saltava aos olhos de todos e num instante éramos arrebatados como pipas guiadas pelos mestres.
Outra coisa que me deixou feliz, perceber que ali além dos atores novatos e até pessoas que não eram atores,  muitos já com trabalhos realizados, como Pedro Queiroga, Rodrigo Bico, Ronaldo Negromonte, Ítala Viana, Cristina Moreno, e este atore que hora tenta escrever este artigo. Mas em outros dias também estavam estrelas com ao atriz/cantora/bailarina Babu, Barbara Cristina, Enio Cavalcante, todos humildemente participado de um processo onde concorremos todos ao mesmo papel. Mas sem rivalidades e com muito entrosamento e harmonia.
No início Diana pediu a palavra e falou de como é importante a troca das experiências, e eu concordo com isso. Às vezes a vaidade deixa o artista meio que cego. A troca de experiência faz com que este veja quanto é importante o jogo cênico, a humildade para poder decidir o outro e o coletivo. Sempre você é peça fundamental, mas não única no jogo cênico. Mesmo o ator em um monólogo não pode sentir-se único, em cena apesar da solidão do ator, está uma equipe de pessoas que contribuem para o espetáculo, e ele não estaria ali sem o trabalho do todo.
Parabéns pela qualidade na escolha da equipe do auto do natal deste ano, parabéns para Natal que conseguiu manter o espetáculo para este na e parabéns a nós atores e artistas em geral pela oficina tão leve e gostosa.
Quero muito estar no elenco do auto deste ano, mas só o fato de ter feito oficina já me deixou feliz.


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Rosinaldo Luna

24/10/2010

Origem da Expressão Merda.


A origem
A origem da expressão “merda” do teatro
Quem vive no mundo do teatro, dificilmente não fala merda antes de entrar no palco. O que muitos não sabem, sejam aqueles que utilizam a expressão ou aqueles que por ventura as ouvem, é que desconhecem a origem da expressão.
A expressão “merda” usada no teatro surgiu na França. Um ator iria apresentar a peça mais importante de sua vida, estava nervosíssimo, pois na platéia estariam os mais importantes críticos da cidade. No percurso de sua casa ao teatro encontrou muitos obstáculos. Primeiro, deparou-se com um incêndio, teve que desviar e acabou se perdendo. Como quem tem “boca vai a Roma”, conseguiu chegar ao teatro. Na porta do teatro para completar suas asneiras, pisou em um cocô. Entrou, atuou e saiu muito feliz com a melhor atuação de sua vida.
Assim, a expressão “merda” tem o mesmo significado de boa sorte e é sempre usada antes das apresentações. Lembrando que, nunca se deve agradecer com obrigado ou de nada quando alguém lhe desejar “merda”, deve responder apenas “merda” ou ficar calado.Portanto, merda a todos.

Daniel Burgos
Professor de língua portuguesa e espanhola, especializando em literatura mato-grossense.
Trabalha no projeto “teatro encena” da escola Ramon Sanches Marques
Daniel Burgos
Publicado no Recanto das Letras em 19/04/2008


OUTRA TESE PARA “MERDA”:
Para quem não sabe: MUITA MERDA PRA VOCÊ! Ou apenas Merda! É assim que os atores e personas do mundo teatral desejam sorte um para o outro. Por mais que seja engraçada essa forma de querer o bem, esta frase, nascida na França de Molière, o berço do teatro moderno, vem sendo repetida a séculos por todo o mundo. Sua conotação de bonância partiu da grande quantidade de escrementos deixada pelos equinos que puxavam as carruagens que por sua vez levavam os nobres para apreciar os espetáculos teatrais, e quanto mais carruagens nos estacionamentos perante ao teatro, mais merda espalhada ao final do espetáculo e desse modo a enorme quantidade da mesma representava o quanto foi concorrido o evento daquela noite. Ao passar do tempo, a cada início de temporada o mais esperado entre os artistas envolvidos era exatamente “muita merda” espalhada por todo o redor do teatro, e assim foi se criando o hábito de desejar: MERDA! Se assim é, desejamos aqui para nossa nova coluna dedicada ao teatro exatamente isso, MERDA! aprenderam?
Daniel Burgos
Professor de língua portuguesa e espanhola, especializando em literatura mato-grossense.
Trabalha no projeto “teatro encena” da escola Ramon Sanches Marques
Daniel Burgos
Publicado no Recanto das Letras em 19/04/2008
Código do texto: T953424


Quem é o Sr Bertold Bretch

Sr. Brecht Nasceu pingos da Virada do Século, não dia 10 de fevereiro de 1898. Como elemento MESMO Disse in viveu tempos negros: VIU a 1um Grande Guerra, VIU um massacrada serviços Revolução nd Alemanha e SEUS Líderes sindicais assassinados barbaramente Serém.
Viu uma fome nsa Anos 20, VIU um Ascensão de Hitler, VIU um Perseguição de Perto. Em 1933 VIU o Incêndio do parlamento Alemão - o Reichstag - e compreende Que tinha Chegado Uma Nova era .. Sabia Que OS proprios nazistas fogo Colocado tinham nenhum parlamento e um Colocado culpa nsa comunistas. Como Aumentar perseguições iam. Era Hora de Fugir.
Um fugiu Dai Partir de País in País, com uma Cima semper in mala do Armário, semper Sabendo Que Bem Vindo nao era. FINALMENTE nsa ESTADOS UNIDOS sentiu na Carne O Que era uma Caça Às Bruxas. O anticomunismo estava Mais Forte do Que Nunca nenhum País Que se Dizia uma Liberdade da Terra.
A pesar de Todas As perseguições - Ou talvez justamente Por ELAS - o Sr. Nunca Parou Bertolt de escrever. Escreveu de Tudo: poesia, teatro, Ensaios, Roteiros de cinema. Mas atuarem da SUA Produção serviços Enorme tinha Grandes Dificuldades parágrafo sobreviver: Dinheiro Curto, Dificuldades com uma Língua (por Causa das Mudanças sucessivas de País), e, sobretudo o Constante Rótulo - Comunista.
Depois do Fim da Guerra Volta parágrafo SUA Alemanha, MAS ELA SABE Que nao era Mais uma MESMA: ERAM OS andamentos das Duas Alemanhas. Num Curto Período de tempo FINALMENTE Brecht TeVe o Seu teatro EO Seu Coletivo de Trabalho: o Berliner Ensemble. Instalado há in Que MESMO Teatro 1928, pingos da SUA fuga, fez hum Enorme Sucesso com uma Ópera dos Três vinténs, e COM ESSA Companhia Que FINALMENTE vai colocar in Poder Prática o Seu Trabalho. Em 1954 o Berliner Ensemble uma FAZ SUA Primeira Grande Viagem Pela Europa, a EA Partir Dai o nomo do Sr. Bertolt Brecht Passará um hum serviços dos nomos Mais IMPORTANTES par o teatro não Século Vinte.

Discutido, criticado, Atacado, perseguido. EntreTanto UMA Coisa Certa e: o Sr. Bertolt Brecht lutou Durante Toda uma Vida SUA Pelos oprimidos. Claramente assumiu Posições de Esquerda e procurou colocar uma Luta de classes sem palco. Nunca de forma dogmática. Sempre Buscando uma dialética dúvida. Por ISSO parágrafo incontáveis teatreiros do Mundo INTEIRO elementos Não É O Sr. Bertolt Brecht, MAS SIM O Nosso Companheiro de Trabalho Brecht, OU bb Como elementos se assinava letras minúsculas semper in. Um Companheiro de Luta, Uma Luta Longa e Difícil, tão Que FIM tera quando nao existirem Mais Diferentes classes Sociais.
Morre Prematuramente EAo 58 Anos sem dia 14 de agosto de 1956. Mas Seu Nome e Sua Luta continuarão vivos enquanto SUAS Peças Idéias e SUAS continuarem Aí por. Entre Tantas Coisas OUTRAS nsa bb ensinou Que o teatro divertir DEVE. Entao bom divertimento!

Luiz Fernando Lobo
01 de Outubro de 1997



Quem é o Sr. Bertold Bretch



 Konstantin Stanislavski (1863 - 1938)
Por Trevor Jones e Bispo Bradley W.
Como fundador do primeiro na qualidade de "sistema", co-fundador da Teatro de Arte de Moscou (1897 -), e um médico eminente da escola naturalista de pensamento, de Konstantin Stanislavski inequivocamente desafiou as noções tradicionais de um processo dramático, estabelecendo-se como um dos pensadores mais pioneiro no teatro moderno.

Stanislavski cunhou frases como "encenação", lançou as bases da ópera moderna e deu fama instantânea para as obras de escritores tão talentosos e dramaturgos como Maksim Gorki e
Anton Chekhov. Seu processo de desenvolvimento do personagem, o "Método Stanislavski", foi o catalisador para o método de atuação, sem dúvida o sistema mais influentes agindo no palco moderno e tela. Tais renomadas escolas de atuar e dirigir como o Grupo de Teatro (1931 - 1941) e O Actors Studio (1947 -) são um legado da visão pioneira de Stanislavski.

Como todos os pensadores pioneiros, no entanto, Stanislavski estava sobre os ombros de gigantes. Grande parte do pensamento e filosofia de Stanislavski aplicado ao teatro deriva de seus antecessores. Pushkin, o herói original da Rússia literária e o pai da tradição realista nativa, escreveu que o objetivo do artista é a fonte de sentimentos verdadeiros sob determinadas circunstâncias, o que Stanislavski adotou como seu lema ao longo da vida artística. - Polyakova, Elena; Stanislavski

Konstantin Stanislavski nasceu Sergeyevich Alexeyev em Moscou, em 05 de janeiro de 1863, em meio à transição da escravidão feudal da Rússia czarista sob o governo de Pedro, o Grande, a livre iniciativa da Revolução Industrial. Mais de cem anos antes, o ancestral de Konstantin Alexei Petrov tinha quebrado as cadeias da servidão que os unia a família e ganhou status de imediato e riqueza como um mercador. Até o momento Konstantin nasceu, o negócio Alexeyev de ouro e prata produção discussão fez o nome de família conhecida em todo o mundo.
Prata e ouro não eram os únicos interesses da família Alexeyev. Enquanto Konstantin era ainda muito jovem, a família organizou um grupo de teatro chamado Círculo Alexeyev. Ao longo da sua subida a um importante papel no palco, Konstantin mantida a obrigação de seu negócio de família, organizando reuniões de acionistas e mantendo as contas em ordem. No entanto, sua preocupação com todos os aspectos da produção teatral, eventualmente, fez dele um dos principais membros do grupo de teatro da sua família.

Criados por um pai rico e generoso, Konstantin nunca foi curto de financiamento em suas performances na fase inicial. Em última análise, a fim de escapar do estereótipo do filho pródigo e de estar atento a reputação de sua família, na idade de 25, Konstantin assumiu o nome artístico de Stanislavski. No mesmo ano fundou a Sociedade de Arte e Literatura, como uma empresa amateaur no Teatro Maly, onde ganhou experiência na ética, estética e dramaturgia. Como ele evoluiu de forma independente, Stanislavski começou a desafiar ainda mais a abordagem tradicional do estágio. Em 1898, em colaboração com Vladimir Nemirovitch-Dantchenko, Stanislavski fundou a
Teatro de Arte de Moscou, Primeiro conjunto da Rússia teatro.
"O programa para a nossa empresa foi revolucionário. Protestamos contra a antiga maneira de agir e contra a teatralidade, contra o pathos artificial e declamação, e contra a afetação no palco, e inferior produções convencionais e decoração, contra o sistema de estrelas que tinha sido um mau efeito sobre o elenco, contra todo o arranjo dos jogos e contra os pobres repertórios dos teatros.” - Stanislavski
Usando o Teatro de Arte de Moscou como sua conduta, Stanislavski desenvolveu seu próprio sistema de formação no qual os atores que pesquisa a situação criada pelo roteiro, quebrar o texto de acordo com as motivações do seu personagem e recordar as suas próprias experiências, provocando ações e reações de acordo com essas motivações. O ator ideal seria fazer as suas motivações para agir idênticos aos do personagem no roteiro. Ele poderia, então, utilizar a repetição dessas emoções e experiências no papel da personagem, a fim de alcançar um desempenho mais genuíno. O melodrama do século 17 Czar Fyodor foi a primeira produção em que estas técnicas foram exibidos.
"Como é que um ato ator?... Como pode o ator aprender a inspirar-se? Que ele pode fazer para impulsionar-se em direção a esse estado de espírito necessário ainda maddeningly indescritível criativo? Stanislavski dedicou sua vida a explorar. Onde e como "procurar os caminhos para as fontes secretas de inspiração deve servir como o problema fundamental da vida de cada ator verdadeiro”... Se a capacidade de receber o espírito criativo em sua plena medida é dado ao gênio por natureza”, de Stanislavski perguntou: "então, talvez as pessoas comuns possam chegar a um estado como depois de uma grande quantidade de trabalho duro com eles mesmos - não em sua plena medida, mas pelo menos em parte." - Um método em sua loucura: A History of the Actors Studio
Usando este sistema, Stanislavski conseguiu como nenhum produtor ou diretor diante dele em traduzir as obras de dramaturgos de renome tais como Chekhov e Gorki, cujos escritos foram adequadamente adaptada ao seu método. Com a sua consciência social e ênfase na importância da imagem e do tema, em vez de enredo, eram telas em branco em que Stanislavski pôde exercer o seu lado artístico.

Stanislavski claramente não poderia separar o teatro de seu contexto social. Ele via o teatro como um meio com significado social e educacional grande. Durante a agitação civil que levou à primeira revolução russa, em 1905, Stanislavski corajosamente refletia questões sociais no palco. Doze anos depois, durante o Outubro Vermelho, de 1917, o bolchevismo tinha se instalado e varreu a Rússia e a União Soviética foi estabelecida. Na violência de uma revolução, a proteção pessoal de Lênin, Stanislavski salvo de ser eliminado junto com o Czar dom. A URSS manteve fidelidade ao seu método de Stanislavski e socialmente consciente da produção e do seu teatro, começou a produzir peças de propaganda soviética.
"A revolução trovejou e fez suas exigências sobre nós. Ali começou um período de novas explorações, de reavaliação da idade e da busca de novos caminhos. Num momento em que o novo por causa do novo e da negação de tudo o que tinha vindo antes balanço realizado no teatro, não poderíamos rejeitar fora de mão tudo o que foi bom no passado... Este link com o passado e a vontade de mudar para um futuro desconhecido, as missões de busca do novo teatro - tudo Isso ajudou a manter-nos de sucumbir a perigosos "encantos" do formalismo... Nós não queríamos sucumbir, em vez disso, começamos nossa busca por novos caminhos, com cautela, mas obstinadamente”. - Stanislavski
Em 1918 Stanislavski estabeleceu o primeiro estúdio como uma escola para jovens atores e em seus anos mais tarde escreveu dois livros, Minha vida na arte e O ator e seu trabalho. Ambos foram traduzidos em mais de 20 idiomas. Através da sua liderança sincera profissional e educacional, Stanislavski divulgou seus conhecimentos para understudies numerosas, deixando um legado que não pode ser exagerada.
"Foi com um sentimento de profunda emoção e alegria que entramos na casa de Stanislavski: um velho alto, com cabelo branco de neve se levantou da poltrona para nos cumprimentar Foi o suficiente para podermos conversar com Stanislavski apenas 5 - 10 minutos para vir. se sentindo como uma nova pessoa nasce limpa de tudo o que pode ser "ruim" na arte”. - Khmelyov
Em 1938, pouco antes da Segunda Guerra Mundial, Stanislavski morreu aos 75 anos, segurando o ideal de um mundo pacífico e socialmente responsável. Um mundo totalmente envolvido nas experiências e o intercâmbio de obras de arte que as pessoas de todas as nações se identificarem e estimar.
"Que a sabedoria do antigo guia da flutuabilidade e da vitalidade da juventude, deixe o dinamismo e a vitalidade da juventude sustentar a sabedoria do velho." - Stanislavski

Todo ator que deseje realmente grandente aprender deve entrar em contado com os livros e idéia deste grande pensador do teatro. Um méstre incansávem na busca da fidelidade cênica.
Leiam A PREPARAÇÃO DO ATOR  e A COMPOSIÇÃO DO PERSONÁGEM.

Rosinaldo Luna
Começar a trabalhar com Produção Cultural

Sugerir como alguém pode começar a trabalhar com produção cultural não é uma tarefa muito simples. É preciso entender que nem todo mundo está no mesmo momento de vida. Uma pessoa de 16 anos provavelmente irá pensar em trabalhar no backstage de um show. Uma pessoa de 30 anos talvez queira gerenciar a carreira artística de um músico. Uma pessoa de 50 anos pode se mostrar interessada em trabalhar com projetos culturais mais amplos, com impacto social. Enfim, há muitas situações diferentes, que variam conforme a idade, situação financeira, localização geográfica, grau de escolaridade, etc.

É comum se pensar em trabalhar com produção cultural quando se é jovem. E aqui não estou me referindo a juventude somente como período biológico estabelecido, mas como um estado de espírito. A pessoa jovem quer viver experiências intensas e trabalhar com a cultura é uma experiência intensa. Eu sempre me emociono quando termina um show ou um espetáculo de teatro em que trabalhei na produção. Eu sei que aquela produção que eu realizei passou a fazer parte da vida de muitas pessoas. E tornou a minha vida melhor.

Mas esse estado "jovem" de ser traz também muitos questionamentos. O adolescente que está cursando ensino médio começa ouvir sua família falar que ele deve "tomar um rumo na vida" com a conotação de que o tal rumo é trabalhar para ganhar muito dinheiro. O "jovem" que não aceita que a sua vida deve ser somente casar, ter filhos, ser refém de expectativas de sucesso (o que é sucesso?) dos grupos sociais com quem convive, também começa a pensar que faz sentido escolher uma atividade que lhe dê mais liberdade para viver a sua vida. O "jovem" que é músico, ator, dançarino, escritor, malabarista, poeta, que curte cinema, moda, arte da gastronomia, design, iluminação, que não aceita discursos equivocados de que "cultura não dá dinheiro", fica horas pensando em como conciliar a vontade de estar no meio artístico e sobreviver dignamente.

Para todos estes jovens, a primeira sugestão é: busque informações detalhadas sobre o que você quer fazer.

Há muitas formas de se fazer isso. As mais conhecidas são "dar um google" com palavras-chaves, pesquisar em livros e revistas, entrevistar pessoas que trabalham na atividade que você pretende fazer e por fim, a mais arriscada, que é começar a fazer um estágio ou trabalhar por um período em algo que você desconfia que é o que você procura, mas que ainda não tem bem certeza.

Além de buscar informações sobre o que você quer fazer, acho importante que paralelamente se façam outros dois movimentos importantes: autoconhecimento e aprender a gestionar sua carreira profissional. Com o autoconhecimento, você poderá perceber quais são as "trocas" que você necessita no seu momento atual de vida. Pode inclusive "projetar" cenários de sua vida para o futuro. Aprendendo a gerenciar sua carreira profissional, você poderá realizar ações que alavanquem o seu desenvolvimento profissional.

Então, a coisa toda pode funcionar mais ou menos assim: você começa a se autoconhecer e ver se realmente quer trabalhar com a cultura; na medida que isso vá ficando evidente, você começa a buscar informações sobre como trabalhar nesta área. Na medida que começa a trabalhar nesta área, começa a aprender a gerenciar sua carreira para que o trabalho lhe proporcione alcançar os seus objetivos.

É importante pensar ainda o seguinte: por mais que você pesquise e planeje, você nunca terá a garantia de que irá dar certo. Mas se não pesquisar e planejar, se não se implicar para que as coisas aconteçam, nunca elas vão acontecer.

Publicado originalmente em
Produtor Cultural Independente.