27/06/2024

Alma e talento Pacarrete.

 

Marcélia Cartaxo é Pacarrete
Foto: internet

Oiii

Voltando aqui depois de um tempo né? Bastante tempo por sinal. Tenho estado meio sem estimulo para várias coisas, inclusive escrever, algo que não posso deixar acontecer. 


Porém o que me traz de volta? Um filme, um filme brasileiro, um filme nordestino, de um cineasta a diretor nordestino, com atores nordestinos e a atriz mais talentosa, e isto é uma coisa minha mesmo, paraibana, do interior, premiadíssima e muito querida Marcelia Cartaxo.


Marcélia Cartaxo/Allan Deberton
Foto: internet

O sonho do diretor Allan Deberton, um diretor criativo e cearense que ousa conquistar o mundo com seu drama, sensível, profundo, dolorido enquanto poético, Pacarrete. Depois de conquistar todos os festivais por onde circulou no mundo inteiro, finalmente o filme chega ao stream, à netflix, democratizando o acesso a um público ainda maior.


Pacarrete é um filme emocionante, de uma linha emotiva que nos prende e nos segura de olhos fixos à tela durante todo o tempo. Ver Marcélia Cartaxo encarnando a bailarina aposentada, cheia de vida e sonhos e compreender a loucura que sua mente transborda é uma aula de intrpretação, composição e time para qualquer aspirante ou ator/atriz consagrado. É oportunidade de aprender .

Além da questão da fragilidade humana da Pacarrete, esta ainda evidencia o tratamento dispensado ao artista. O desinteresse das gestões no que se refere a valorizar e manter a arte em detrimento dos modismos, fatos que conhecemos, aja vista a invasão dos gênero pop sertanejo nas festas tradicionais dos festejos juninos no nordeste onde prefeitos inescrupulosos tiram Albas, Dorgivais e Santanas de seus festejos para trazer atrações milionárias e sem nenhuma tradição de forró para assim, juntos e sob os aplausos do público encherem as burras de dinheiro, muito dinheiro. Os mesmos gestores inescrupulosos que defende a entrega de equipamentos públicos a empresas privadas, que tratam com desprezos leis e editais de fomento à cultura, que persegue e maltrata o artista e os trata como loucos e classe inferior, mas que no palanque enchem as imundas bocas loucas estufam os peitos secos de respeito e proferem pecaminosamente a palavra CULTURA como se essa palavra pudesse ser pronunciada por qualquer um ou uma.  

João Miguel e Marcelia Cartaxo
Foto: internet
Quanto custa para um artista abandonar-se, abdicar-se. Não sabemos, porém Pacarrete o fez por um
motivo apenas: amor. Por amor deixou-se largada para poder dedicar-se a irmã doente, Zezita Matos, cadeirante e dependente do afeto, da paciência e do amor da Pacarrete. Por outro lado o amor por Miguel, outro sensível personagem dessa trama. Miguel é o porto seguro desse ser encantado. O afeir, o homem por quem Pacarrete entrega seu amor de menina, uma hora deixando a dúvida se é amor fraterno apenas, ou um platônico e arrebatador sentimento. Não sei, só sei que é lindo, sublime, poético. 

E o que dizer ao final a cena do balé... Meu desejo é estregar tudo que, mas meu objetivo nesse texto é apenas fazer-lhes buscar assistir o mais rápido possível essa obra prima do cinema nacional. A calçada de frente sua casa se transforma em conjunto com sua fantasia num imenso palco de um grande teatro, onde emocionada e plena nossa personagem dança, perfeitamente o lago dos sisnes que morre como todo artista no palco nú, na solidão do teatro vazio. 


Evoe.


Por Rosinaldo Luna

07/04/2024

Da magia Ferrariana


 Oi. 

Faz muito tempo que não escrevo nada por aqui, porém, hoje quero divagar meus pensamento e coloocar meus únicos neurônios para pensar um pouco e espero que eles produzam um texto interessante, não muito longo, morro de preguiça de escrever. Aliás, ultimamente tenho andado com muitas preguiças, até de pensar. Mas emfim, vamos dar tratos a bola como diziam uns contemporâneos meus kkkk.

Hoje, sem preguiça nenhuma, fui ao Teatro Alberto Maranhão, prestigiar o mais novo empreendimento teatral da casa de Zoé, sim porque tudo que esse povo faz não se resume apenas a um espetáculo somente, mas um emprendimento de inspiração e autenticidade. Ou seja, fui apenas para constatar o óbvio: Cesar Ferrário é um bruxo da dramaturgia. E eu já havia dito isso quando assisti Sinapsi Darwin. 

Não vou querer me estender muito, nem ficar aqui "rasgando sedas" para o óbvio, kk já o fiz isto desde que iniciei esse texto, mas quero falar que mais uma vez a Casa de Zoé entrega um belissimo trabalho. Pensado e planejado nos minimos detalhes. 

Foto de divulgação
O elenco afinadíssimo onde todos são multi instrumentistas e cantores, diga-se de passagem, estão em perfeita harmonia. Cada instrumento com vida própria, com um texto só seu, onde pudemos deglutir cada nota, de cada um. Dudu Galvão é um show aparte, não tem muito o que falar. ele ! Gosto de vê-lo em cena. Assim como Nara Kelly, excelente atriz e uma mulher de uma dulcilidade... Eita que estou ficando açucarado de mais. Senti falta de Titina Medeiros, que não atuou na sessão da tarde, quando eu falo sessão da tarde quero dizer sessão das 16:00h, foi substituida. Uma pena para mim que sou tiete "qui çó a gôta". Acho que ela deve ter ido a Acarí tomar banho no gargalheiras que ela não é besta nem nada, duvida? Eu não. Duvido não. 

Mas eu quero falar do mago mesmo. Do César Ferrário. Como este camarada evoluiu. Lembro da primeira novela que assisti com ele e como lá ele também cresceu, tornou-se um grande ator também de tv. E como diretor e dramaturgo então, esse cara está sendo responsáel por criar as obras mais icônicas do teatro potiguar, que há quem diga que está morto, apesar de eu discordar disso. Podemos estar passando por muitos problemas, principalmente a falta de equipamentos. Temos apenas dois teatrs abertos na ciadae para atender a demando de grupos e produtores. Tolhe, limita e desestimula o artista. Mas não aos artistas da Casa de Zoé e outros grupos com menos visibilidade, tem muita gente fazendo teatro de qualidade na cidade.

Bom, já falei do espetáculo, do atuor, da direção, do elenco mas deixei para falar, a meu ver, da coisa

Foto: Chrystian de Saboya (Face Book)

mais linda de todo espetáculo: a iluminação. A luz criada pelo iluminador Ronaldo Costa é uma poesia linda. Confesso que viagei tanto na luz que em certos momentos não ouvia nem via a cena que acontecia no palco, mas a luz, ela que transofrma tudo em beleza e versos iluminados. 

Aí, se for dar corda ficarei aqui escrevendo e voces não terão saco de ler nem metade, mas gostaria de falar dos adereços. Os bonecos do Chicó do Mamulengo e os adereços e figurinos do mestre João Marcelino belissimos, funcionais, espetaculares como sempre são as criações do João.

Trocando em miúdos, querem saber do que eu falo, levantem o bundão da cadeira e vão assistir a essa MAGIA FERRARIANA. É um espetáculo para toda familia. 

Mas agora só na proxima temporada porque dessa vez já foi, perdeu mané. 

Eu fui e... fuiiii. 


Rosinaldo Luna.



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