Este é o Blog do ator Rosinaldo Luna Neste espaço todos podem comentar, criticar e enviar mensagens. Aqui queremos desenvolver um novo modo de comunicação e divulgação de tudo que acontece na cultura do povo potiguar, portanto enviem seus comentarios e artigos que divulgaremos. Enviem suas fotos e material de divulgação que será democraticamente devulgado. Um grande abraço e sejam bem vindos.. Rosinaldo Luna
05/07/2011
Dolores no TCP
Apartir da próxima sexta-feira, volta à cena o musical DOLORES, com a atriz Cláudia Magalhães e o grande e multi-artista, Isaac Galvão. Imperdível!
O musical ficará em cartaz todas as sextas no TCP _ Teatro de Cultura Popular Chico Daniel, ao lado da FJA em petrópolis. Vale muito a pena conferir.
Além da qualidade da música e da performance da atriz Cláudia Magalhães, você ainda poderá aproveitar a deslumbrante atuação do Isaac, elogiado por todos que assistiram ao musical.
A direção do espetáculo é da não menos talentosa Diana Fontes, nossa maior diretora artística.
Vale muito a pena assistir.
Serviço:
Musical Dolores
Com: Isaac Galvão e Cláudia Magalhães
Direção: Diana Fontes
Local: TCP – Teatro de Cultura Popular
Horário: 20:00h
Dia: Todas as Sextas-feiras.
Rosinaldo Luna.
03/07/2011
Ação Cultural Petrobras/MinC 2011
Ação será lançada na terça-feira (05) e abrange editais e projetos no valor de R$ 14,5 milhões
O Ministério da Cultura e a Petrobras vão lançar nesta terça-feira, 5 de julho, no Rio de Janeiro, a edição 2011 da Ação Cultural Petrobras/MinC. Este ano, a parceria entre as duas instituições envolve o patrocínio de dez iniciativas culturais, sendo seis editais e quatro projetos de diferentes segmentos, totalizando recursos de R$ 14,5 milhões. Os regulamentos de todas as seleções públicas serão divulgados posteriormente pelo MinC.A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, o secretário executivo do MinC, Vitor Ortiz, o gerente executivo de Comunicação Institucional da Petrobras, Wilson Santarosa, e a gerente de Patrocínios da Petrobras, Eliane Costa, estarão presentes na solenidade. O evento será realizado às 11h, no Teatro Rival Petrobras (Rua Álvaro Alvim 33/37, subsolo, Cinelândia).
Brasil Criativo
Um dos destaques da Ação Cultural Petrobras/MinC será o 1º Edital Brasil Criativo – Prêmio de Fomento a Micro-Empreendimentos, com valor de patrocínio de R$ 1 milhão. Iniciativa inédita do Ministério da Cultura, o edital visa desenvolver a sustentabilidade econômica dos empreendimentos a serem escolhidos dentre os projetos inscritos. Serão contemplados os 100 melhores trabalhos, abrangendo as cinco regiões do país.
26/06/2011
Dinheiro parado Greve dos servidores da Fundação José Augusto tem atravancado análise dos projetos da Lei Câmara Cascudo
O caderno MUITO da Tribuna do Norte deste sábado trouxe uma matéria do Sérgio Vilar sobre a situação da Fundação José Augusto. Vejam em que pé está o tratamento dado à nossa cultura por parte do governo do estado. Parece que o exemplo de Mossoró, gestão Rosalba Ciarline, ficou pra traz. E olhem que muitos artistas deram seu voto pensando em ver o movimento cultural do estado tomar um impulso. O fundo estadual de cultura, que tem orientação do governo federal para destinar 1,5% da arrecadação ficou em apenas 1%. E por aí vai. Leiam a matéria e chupem essa uva. Com caroço!
Rosinaldo Luna
Muito
Edição de sábado, 25 de junho de 2011
Edição de sábado, 25 de junho de 2011
Dinheiro parado.Greve dos servidores da Fundação José Augusto tem atravancado análise dos projetos da Lei Câmara Cascudo. Sérgio Vilar // sergiovilar.rn@dabr.com.br
A greve na Fundação José Augusto (FJA) tem comprometido a análise dos projetos encaminhados para concorrer aos recursos da Lei Estadual Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura. A comissão normativa responsável pela análise, eleita em abril, sequer foi convocada para qualquer reunião. O atraso acarreta redução do período já considerado curto de dois anos para captação dos recursos junto às empresas - a tarefa mais complicada no processo.
Paralisação diminui tempo para captação de recursos junto a empresas Foto:Fábio Cortez/DN/D.A Press |
Enquanto permanece a greve, a classe artística está desamparada pelo governo. Além da análise parada dos projetos concorrentes à Lei, aindase espera o prometido Fundo Estadual de Cultura - principal promessa de campanha da governadora Rosalba Ciarlini. A Secretaria Extraordinária de Cultura já fez o que lhe cabe: a elaboração dos estudos e entrega aos responsáveis para colocar o projeto em apreciação n
a Assembleia Legislativa.
O projeto do Fundo Estadual prevê arrecadação de 1% sobre determinados tributos, a exemplo do ICMS. A fórmula já é conhecida no Estado, quando foi criado o Fundo da Ciência e Tecnologia - pasta antes ocupada pela atual secretária da cultura, Isaura Rosado. A estimativa de recursos, se tomada a referência do ano passado, é de R$ 30 milhões (o Fundo Municipal de Cultura dispõe de R$ 400 mil).
Isaura Rosado detalha que os recursos do Fundo serão repartidos de forma igual. Metade será direcionada a Natal e Grande Natal, e outra metade ao interior. Metade desse valores também terão destinação já prevista no projeto. Serão empregados em bibliotecas públicas, museus, bandas de música e patrimônio arquitetônico. "São áreas pouco assistidas pelo governo que carecem desses recursos. O resto, entre 40% e 50%, serão investidos mediante publicação de editais", adiantou a secretária.
Projetos aprovados
Para se ter ideia da dificuldade na captação dos recursos junto às empresas após a aprovação dos projetos pela comissão da Lei Câmara Cascudo, dos R$ 4 milhões da renúncia do ano passado (este ano aumentou para R$ 6 milhões), foram captados menos de R$ 3 milhões. O restante dos projetos prescreveu por falta de empresa interessada no patrocínio. E mais de 75% do patrocínio conseguido se deu por apenas uma financiadora: a Cosern. "O resto das grandes empresas migraram para os editais nacionais. Aqui no RN, sobrou praticamente a Cosern", lamenta o produtor cultural Dorian Lima.
25/06/2011
Ricky Martin: "Quem vai a meus shows se sente uma pessoa melhor"
O cantor fala com orgulho de sua turnê 'mais completa' já realizada
"Estou em um momento muito diferente de 15 anos atrás. Sinto-me um pouco mais relaxado; que não tenho que provar nada a ninguém e, desta forma, tudo acaba fluindo naturalmente", afirma.
Contudo, essa tranquilidade não significa que o nível de exigência vai ficar comprometido - "é nos detalhes que fazemos a diferença", destaca - ou que "alegria e adrenalina" fiquem de lado.
"MAS" começa com "Será, será", "uma música dirigida aos marginalizados do mundo, um grito revolucionário".
Trata-se das décadas de 1980 e 1990, época que marca a influência do "estrangeirismo" na carreira de Martin, ou seja, seu salto ao mundo anglo-saxão. Uma fase dominada por sucessos como "Livin' la Vida Loca", "Shiki Boom Boom" e outros.
Um momento do show mais acústico, cheio de baladas, dará passagem ao momento mais "intenso", "quando apresentaremos alguns fetiches para fazer justiça ao show", diz o cantor, em referência à parte sexy do título.
"Eu gosto de provocar e o espetáculo é muito alegre, muito cabaré e bastante criativo", acrescenta este "latin lover", que afirma que "o erótico aparece de uma maneira muito artística, com muito bom gosto e classe".
Depois disso o show encerra com um "clima de carnaval", como descreve, com um som afroantilhano.
Martin tem recebido boas críticas da mídia de Nova York, Canadá, Los Angeles e México, entre outros lugares, mas a Espanha tem um significado especial para o artista.
"A Espanha foi meu trampolim para o resto do continente europeu, foi o país que me ajudou. Estarei eternamente agradecido. Pelo menos uma vez ao ano tenho que passar por aqui", diz o cantor.
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Fonte: iG Gente
Curssos on line 24 horas
Estive pensando esses dias sobre as facilidades e conveniências dos dias modernos. Não faz muito tempo, estudar era uma aventura antes de aqualquer coisa. Hoje, com internet tudo parece estar masi fácil e acessível. As faculdades e cursos superiores invadiram os centros urbanos, das pequenas cidades aos centros urabanos mais importantes do país. e nesses mesmos lugares, quem não tem condições de frequentar um curso normal, seja por condições dinanceiras ou de acessibilidades, ou por contições físicas ou por falta de oferta no curso desejado em sua cidade pode optar pelos cursos á distância. Um canal fantástico para quem deseja acesso ao conhecimento.Um conhecimento que precisa ser seguido de muita disciplina e compromisso pessoal, pois só depende do aluno a absorvição do conteúdo.
os cursos EAD estão fazendo muito sucesso justamente pela possibilidade de estudar no tempo qu enos dispomos, em horarios alternativos e vinte e quatro horas por dia. Esta maleabilidade dá ao aluno a possibilidade de trabalhar e estudar sem que uma atividade interfira na outra.
Os cursos a dsitância atraem principalmente profissionais que já estão com carreiras consolidadas e buscam aprimoramento ou novas possibilidades. Este cursos ajudam e muito no enrriquecimento do currículum de profissionais de todos os níveis e carreiras.
Se estiver pretendendo fazer um curso via internet vai alguns link's para facilitar sua busca.
Bons estudos e sucesso.
http://www.cursos24horas.com.br/parceiro.asp?cod=promocao41524&id=41835
Rosinaldo Luna
os cursos EAD estão fazendo muito sucesso justamente pela possibilidade de estudar no tempo qu enos dispomos, em horarios alternativos e vinte e quatro horas por dia. Esta maleabilidade dá ao aluno a possibilidade de trabalhar e estudar sem que uma atividade interfira na outra.
Os cursos a dsitância atraem principalmente profissionais que já estão com carreiras consolidadas e buscam aprimoramento ou novas possibilidades. Este cursos ajudam e muito no enrriquecimento do currículum de profissionais de todos os níveis e carreiras.
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Rosinaldo Luna
É revelada a capa do misterioso livro ‘Dolce & Gabana’ com fotos inéditas de Madonna
Uma imagem em melhor qualidade da tão especulada capa do misterioso livro da Dolce & Gabana caiu na internet essa semana. Para quem ainda não ouviu falar, trata-se de um livro que traz fotos inéditas e exclusivas de todas as campanhas de Madonna junto a grife, clicadas por Steven Klein.
Sem nenhuma notificação oficial, a empresa se faz de desentendia e afirma que esse material não existe. No entanto, se alguém encontrá-lo, ganhará a coleção completa de roupas da grife.
O que vocês acham, é marketing da dupla ou o livro não passa de um projeto visionário de algum fã louco pela estrela?
Fonte: blog Ponto Zero.
Vida
Vida
É o amor existencial.
Razão
É o amor que pondera.
Estudo
É o amor que analisa.
Ciência
É o amor que investiga.
Filosofia
É o amor que pensa.
Religião
É o amor que busca a Deus.
Verdade
É o amor que eterniza.
Ideal
É o amor que se eleva.
Fé
É o amor que transcende.
Esperança
É o amor que sonha.
Caridade
É o amor que auxilia.
Fraternidade
É o amor que se expande.
Sacrifício
É o amor que se esforça.
Renúncia
É o amor que depura.
Simpatia
É o amor que sorri.
Trabalho
É o amor que constrói.
Indiferença
É o amor que se esconde.
Desespero
É o amor que se desgoverna.
Paixão
É o amor que se desequilibra.
Ciúme
É o amor que se desvaira.
Orgulho
É o amor que enlouquece.
Sensualismo
É o amor que se envenena.
Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.
SONETO CV
Não chame o meu amor de Idolatria
Nem de Ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.
VIRGENS À DERIVA
de Ruy Jobim Neto
de Ruy Jobim Neto
(C) Ruy Jobim Neto
Registro na Biblioteca Nacional sob no. 461.919 (23/06/2009)
(da esq. para a dir., Vanessa Morelli, Débora Aoni e Fernanda Sophia em cena de "Virgens à Deriva", na Livraria da Vila, São Paulo. foto: Will Prado)
"Virgens à Deriva" foi apresentada pela primeira vez no 1o. Festival de Cenas Cômicas do Espaço Parlapatões, em São Paulo, no dia 24 de março de 2007, sob direção do autor, pela Cia. 011, com trilha sonora original de Gerson Grünblatt, figurinos de Katia Niman, co-direção de Vanessa Morelli, adereços e cenografia de Ruy Jobim Neto e tendo na composição do elenco original:
"Virgens à Deriva" foi apresentada pela primeira vez no 1o. Festival de Cenas Cômicas do Espaço Parlapatões, em São Paulo, no dia 24 de março de 2007, sob direção do autor, pela Cia. 011, com trilha sonora original de Gerson Grünblatt, figurinos de Katia Niman, co-direção de Vanessa Morelli, adereços e cenografia de Ruy Jobim Neto e tendo na composição do elenco original:
PERSONAGENS:
Maria Teresa........Vanessa Morelli
Eusébia......Débora Aoni
Amália........Fernanda Sophia
CENA –
um bote imaginário, no palco. O cenário é o mar, na costa brasileira. Muito sol. Calor tropical, muy provavelmente da costa da Bahia. Três moças estão remando, suando, respirando com dificuldade, limpando o suor dos rostos com os bracinhos, enquanto a luz vai abrindo em resistência.
ÉPOCA – em algum ponto da história colonial brasileira, a ser descrito pelas personagens.
ÉPOCA – em algum ponto da história colonial brasileira, a ser descrito pelas personagens.
PERSONAGENS:
Maria Teresa
Eusébia
Amália
(enquanto remam, Maria Teresa faz uma breve pausa. Pega um papel que leva consigo, tirando de algum bolsículo do vestido. Pega um pote de tinta e uma pena. Relê para si uma parte, não gosta,abre o pote, leva a pena até ele e depois, no papel, reescreve com dificuldade – por causa da deriva - e sopra para secar a tinta. E finalmente começa a ler)
MARIA TERESA (lê como narradora)
- No ano da Graça do Senhor de Mil Quinhentos e Sessenta e Sete, mais precisamente numa terça-feira, à tarde, muitos homens e religiosas, canhões e mantimentos, foram para o fundo das águas e alguns deles até viraram comida de tubarões e de fabulosos monstros marinhos. De tudo, sobrou apenas um bote, ocupado por três belas raparigas, a saber: Maria Teresa, musa inspiradora de poeta trovador, Amália, filha única de traficante negreiro dos Açores e Eusébia, a mais novinha dentre as três, e que é pura e simplesmente filha de dono de uma formosa quinta na Beira. Todas virgens, virgens, sozinhas e náufragas a caminho da costa do Brasil . (à parte) Para facilitar a perfeita compreensão dos senhores presentes, a partir do nosso português arcaico, fizemos uma versão para as platéias contemporâneas, o que dispensa tecla SAP. (volta a ler a carta) Beijos desta que muito anseia por novidades nesta vida. Maria Teresa Aljubarrota. (à parte) Eu!
AMÁLIA –
AMÁLIA –
Ai, Jesus, Maria, José! Que carta é essa, Maria Teresa?
EUSÉBIA –
EUSÉBIA –
Uma carta para a posteridade!
AMáLIA –
AMáLIA –
Eu não sabia que você sabia escrever.
MARIA TERESA –
MARIA TERESA –
Sei ler e escrever, ora pois.
EUSéBIA –
EUSéBIA –
Uma carta para ser descoberta!
AMÁLIA –
AMÁLIA –
É! Descoberta junto com os corpos de três virgens mortas! Mortas e perdidas no meio do Atlântico!
EUSéBIA –
EUSéBIA –
Ai, Deus me livre e guarde (faz o sinal da Cruz ), Amália! Que pensamento funesto!
AMáLIA –
AMáLIA –
Funesto?
MARIA TERESA –
MARIA TERESA –
(explode alegremente) Que funesto destino aguarda estas três jovens virgens? (volta a escrever, lendo em voz alta) Quiçá encontrem vida inteligente, em terras do Brasil. Afinal, não é lá que em se plantando tudo dá? (pensa) E se plantarmos amor e aconchego? Dará no quê?
EUSÉBIA –
EUSÉBIA –
Maria Teresa, que insânia! Você pegou muito sol na sua cabeça, foi?
AMÁLIA –
AMÁLIA –
Por que vocês duas não voltam a remar, ao invés de ficarem aí, falando sobre o nada?
MARIA TERESA –
MARIA TERESA –
Mas não é sobre o nada!
EUSÉBIA –
EUSÉBIA –
Não me parece que é sobre o nada.
AMÁLIA –
AMÁLIA –
Só eu que não perdi a minha cabeça, aqui, nessas águas? Escutem vocês duas! Vamos remar que é melhor, por que ainda tem muita água até chegar naquela praia.
EUSÉBIA –
EUSÉBIA –
(olha e sorri) A praia...
MARIA TERESA –
MARIA TERESA –
(olha e aponta) Praia à vista! Vamos remar, todas!
AMÁLIA –
AMÁLIA –
(respira fundo) Até que enfim!
(gesticulam as três, como se estivessem com os remos pesados)
TODAS –
(gesticulam as três, como se estivessem com os remos pesados)
TODAS –
Rema, rema, rema, rema, rema...
EUSÉBIA -
EUSÉBIA -
(começa a rezar rapidamente, desesperadamente)
Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à Vossa proteção, implorado por Vosso socorro e invocado Vosso auxílio, fosse por vós abandonado. Animadas, pois, com igual confiança a vós recorremos, ó Virgem das Virgens, não desprezais as nossas súplicas, oh, mãe do Verbo encarnado, mas dignai-vos propícia atendê-la. Amém.
AMÁLIA e MARIA TERESA -
Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à Vossa proteção, implorado por Vosso socorro e invocado Vosso auxílio, fosse por vós abandonado. Animadas, pois, com igual confiança a vós recorremos, ó Virgem das Virgens, não desprezais as nossas súplicas, oh, mãe do Verbo encarnado, mas dignai-vos propícia atendê-la. Amém.
AMÁLIA e MARIA TERESA -
(cortantes) Espera! ....Respira!.... Começa de novo!
TODAS -
TODAS -
(respiram profundamente. tempo. começam a rezar juntas e lentamente com cara de carola, piscando olhando pra cima)
Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à Vossa proteção, implorado por Vosso socorro e invocado Vosso auxílio, fosse por vós abandonado. Animadas, pois, com igual confiança a vós recorremos, ó Virgem das Virgens, não desprezais as nossas súplicas, oh, mãe do Verbo encarnado, mas dignai-vos propícia atendê-la. Amém.
(respiram. tempo. voltam a remar)
MARIA TERESA –
Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à Vossa proteção, implorado por Vosso socorro e invocado Vosso auxílio, fosse por vós abandonado. Animadas, pois, com igual confiança a vós recorremos, ó Virgem das Virgens, não desprezais as nossas súplicas, oh, mãe do Verbo encarnado, mas dignai-vos propícia atendê-la. Amém.
(respiram. tempo. voltam a remar)
MARIA TERESA –
E se cantássemos uma canção?
AMÁLIA –
AMÁLIA –
Ai... Que canção, Maria Teresa?
EUSÉBIA –
EUSÉBIA –
Uma canção! Como as que a Madre Superiora cantava para a gente, nos ofertórios! Ah, cada uma mais linda que a outra!
MARIA TERESA –
MARIA TERESA –
Uma cantiga trovadoresca! ... Tal qual meu amigo cantava para mim, em seu alaúde...
EUSÉBIA –
EUSÉBIA –
Eu adorava ouvir...
AMÁLIA –
AMÁLIA –
Uma canção não precisa ser tão... (ri) tão casta assim...
MARIA TERESA –
MARIA TERESA –
Uma cantiga de amigo!
EUSéBIA –
EUSéBIA –
O Cântico dos Cânticos! (dá um tempo e começa a declamar, também se excitando)
Sua boca me cubra de beijos!
São mais suaves que o vinho tuas carícias,
e mais aromáticos que teus perfumes
é teu nome, mais que perfume derramado;
por isso as jovens de ti se enamoram.
Leva-me contigo! Corramos!
O rei introduziu-me em seus aposentos
Sua boca me cubra de beijos!
São mais suaves que o vinho tuas carícias,
e mais aromáticos que teus perfumes
é teu nome, mais que perfume derramado;
por isso as jovens de ti se enamoram.
Leva-me contigo! Corramos!
O rei introduziu-me em seus aposentos
(suspira fundo, treme, quase arrepiando)
(sorri tranqüila, ao final)
MARIA TERESA –
(sorri tranqüila, ao final)
MARIA TERESA –
(excitando-se, à medida que declama, as outras olham)
Dizía la fremosinha:
«ai, Deus, val!
Com'estou d'amor ferida!
ai, Deus, val!
Dizía la ben talhada:
«ai, Deus, val!
Com'estou d'amor coitada!
ai, Deus, val!
«Com'estou d'amor ferida!
ai, Deus, val!
Non ven o que ben quería!
ai, Deus, val!
«Com'estou d'amor coitada!
ai, Deus, val!
Non ven o que muit'amava!
ai, Deus val!
(recompõe-se, sorri)
AMÁLIA –
Dizía la fremosinha:
«ai, Deus, val!
Com'estou d'amor ferida!
ai, Deus, val!
Dizía la ben talhada:
«ai, Deus, val!
Com'estou d'amor coitada!
ai, Deus, val!
«Com'estou d'amor ferida!
ai, Deus, val!
Non ven o que ben quería!
ai, Deus, val!
«Com'estou d'amor coitada!
ai, Deus, val!
Non ven o que muit'amava!
ai, Deus val!
(recompõe-se, sorri)
AMÁLIA –
(tempo) Vocês estão inspiradas, hein?
EUSÉBIA –
EUSÉBIA –
Você deve ter um grande sonho de amor, não tem, Amália?
MARIA TERESA –
MARIA TERESA –
Ela tem, sim!
EUSÉBIA –
EUSÉBIA –
Ai, conta!
AMÁLIA –
AMÁLIA –
O que vocês sabem? O que vocês sabem, pergunto eu? Enquanto estamos aqui, no meio deste mar, quase chegando naquela praia, ali, (Eusébia olha em direção à praia), com este sol imenso em cima de nossas cabeças... O que é que temos? Digam?
MARIA TERESA –
MARIA TERESA –
(cai em si) Somos virgens.
AMÁLIA –
AMÁLIA –
Virgens! Somos tão virgens quanto possivelmente aquelas matas ali, que a gente vê daqui deste bote! Não sabemos nada do amor, da vida, dos prazeres carnais! Não sei se um dia viremos a saber! Tudo o que tínhamos ficou naquele navio naufragado, lá atrás. As freiras que vinham conosco agora estão mortas, possivelmente destroçadas por tubarões. Os marinheiros que comandavam aquela caravela agora não passam de meros fantasmas de si mesmos! E nós, aqui? O que somos? O que temos?
(Eusébia vê algo na praia, enquanto Amália segue falando)
AMÁLIA –
(Eusébia vê algo na praia, enquanto Amália segue falando)
AMÁLIA –
Não somos nada! Se um tubarão nos devorar agora, será muita a nossa sorte! Se chegarmos vivas naquela praia, com certeza estaremos condenadas ao degredo, à velhice sem ter conhecido os prazeres da carne, à morte por doença, por fome, por solidão!
MARIA TERESA –
MARIA TERESA –
Eu não quero morrer por solidão!
EUSÉBIA –
EUSÉBIA –
(de sopetão) Tem um homem na praia!
(todas olham)
EUSÉBIA –
(todas olham)
EUSÉBIA –
Um homem vestido! (leva outro sopetão) E agora tem um outro homem, também! E está nu! Um homem nu, na praia!
(a partir deste momento, as três moças permanecem olhando em direção à praia)
AMÁLIA –
(a partir deste momento, as três moças permanecem olhando em direção à praia)
AMÁLIA –
Uma canção não precisa ser tão...tão casta assim....
EUSÉBIA –
EUSÉBIA –
É muito maior do que nos sonhos de qualquer uma de nós!
MARIA TERESA –
MARIA TERESA –
Tem uma elevação! É maior que a própria vida! É a glória!
AMÁLIA –
AMÁLIA –
No meu sonho de amor ... (as outras olham lentamente para Amália) ... Eu vislumbrava um navio, sempre um navio, como aqueles que meu pai possui, para traficar escravos... Eu vislumbrava este navio, que aparecia no meio de uma bruma... E dentro dele havia apenas homens...
EUSÉBIA –
EUSÉBIA –
Nus?
AMÁLIA –
AMÁLIA –
Não. Havia apenas homens. Eles não possuíam rosto, eram apenas homens. E por serem apenas homens, sem rosto, eles vinham em minha direção. E me acariciavam... Eles me beijavam em todo o meu rosto, me arfavam pela nuca, me enlouqueciam o pescoço (fecha os olhos, sente o próprio sonho), desciam suas mãos fortes e quentes sobre o meu colo, e levantavam um dos meus seios... Beijavam um dos meus seios ... (em "seios", Maria Teresa tira uma luneta de um bolsículo de seu vestido, e começa a olhar em direção à praia). E eu gemia... Eu gemia! Os impulsos deles eram tão vigorosos, que não havia a necessidade de eles estarem nus para eu imaginá-los... E eu os imaginava...
EUSÉBIA –
EUSÉBIA –
Imaginava como?
AMÁLIA –
AMÁLIA –
(de olhinhos cerrados) Eu os imaginava devastando meus tecidos, minhas composições, todo o meu substrato, todo o meu cerne! Eu não possuía mais nome, simplesmente não sabia mais de onde eu vinha, eu não queria mais coisa alguma...
EUSÉBIA –
EUSÉBIA –
Eu sei como é... ( Amália abre os olhos, Eusébia sorri para ela) Você se sente viva! É assim que eu quero me sentir, também! (torna a olhar para a praia) E vendo essas possibilidades... Possibilidades infinitas, presumo eu (olha para Amália), você começa a acreditar no seu próprio sonho de menina. (retorna o olhar em direção à praia) Você começa a pensar que tudo aquilo que você é tem um sentido... É como se soubéssemos, de antemão, a que viemos... (sorri) Porque fazemos parte do universo... Porque somos mulheres... É como se soubéssemos a resposta... Na ponta de nossas línguas...
(Maria Teresa abaixa a luneta, sorri marota)
MARIA TERESA –
(Maria Teresa abaixa a luneta, sorri marota)
MARIA TERESA –
Senhoras... Tomem os seus assentos... Vamos remar para a vida.
(todas, sorrindo, se posicionam no bote)
TODAS –
(todas, sorrindo, se posicionam no bote)
TODAS –
Rema, rema, rema, rema, rema...
MARIA TERESA –
MARIA TERESA –
Senhoras?... E se cantássemos uma canção?
(todas sorriem docemente, remam com vontade, a luz cai em resistência)
FIM
(todas sorriem docemente, remam com vontade, a luz cai em resistência)
FIM
Este texto não deve ser montado sem autorização do autor. O não cumprimento desta determinação pode acarretar medidas legais.
Hoje eu quero viver!
Hoje eu quero viver.
E viver hoje para mim, é estar ao seu lado.
É sorrir ao seu lado, dormir e acordar ao seu lado.
Para mim hoje, viver
É sentir sua boca, e morder sua lingua
Visitar suas entranhas e te fazer minha.
Para viver hoje em mim,
só precisa uma piscadela,
Uma desculpa amarela e um sorriso marfim.
Quero hoje viver você,
E em voce sentir o amor,
sentir o amor sendo amado,
cheirando seu cheiro,
morrendo em você,
dentro de voce atingir o clímax
e fazer-te sentir, o que sou pra voce.
Rosinaldo Luna.
23/06/2011
22/06/2011
Eita! ... É noite de São João!!!
Hoje é noite de São João
Vai amanhecer o dia.
É madrugada
E não chegou que eu queria.
É madrugada
Até agoa nada
Meu bem não apareçe.
Pois é, as adivinhações de casamento, os castigos pro Santo casamenteiro, oa brincadeiras em redor da fogueira. Tudo isto já está ficando esquecido no tempo.
Lembro ainda criança, do milho assado na brasa, as comidas típicas, a confraternização em torno da fogueira. Era um verdadeiro derramamento de cultura no povo, inocente como é a cultura e o povo.
Naquele tempo, e não faz tanto tempo assim, dava-se mais valor às brincadeiras quea os tumultos dos grandes shows, já haviam sim, mas de forma mais modesta.
O grande embalador da noite era sem dúvida o Seu Luiz Gonzaga, que para a turma que infelizmente não conheceu o bom forró, talvez não saiba quem foi o rei do baião e o tamanho de sua importância para a cultura brasileira, e principalmente par a cultura nordestina. Seu Luiz levou para o mundo nossas tradições e cultura, foi por seu intermédio que o povo do nordeste ficou conhecido e apartir daí, pela sua tradição e diversificada cultra.
Como todo nordestino que migrou para o sudeste em busca de novas perspectivas, seu Luiz foi levando no matulão (sacola feita de saco de estopas) sua sanfona, como relata em música:
"Quando eu vim do sertão seu moço do meu brodocó,
minha mala era um saco, e o cadeado era um nó".
Essa semana estava passando na rua, em Parnamirim, e li numa frase" Arraiá das Primas" em alusão à casa das primas. Pow, todo mundo sabe que "primas" no caso da música é uma maneira grosseira de citar as prostitutas que lutam e sofrem os doces oficios das damas da noite. Agora ninguém, acredito, num país tão preconceituoso, quer ver uma filha "prima". Pelo preconceito e pelo sofrimento. O mesmo rapaz que quer ir dormir na casa das primas outro dia, queria botar fogo no cabaré e por aí vai.
Diferença das letras de seu Luiz:
" Olha pro céu meu amor,
Vê como ele está lindo.
Olha praquele balão multi-cor
Que lá no céuu vai subindo.
Pura poesia, muita saudade das minhas noites de São João. Do São João do carneirinho, as mães faziam questão de dizer quem foi e qual a importância desse personagem na vida do salvador.
Voce sabe? Então me responda.
Quem foi São João?
E porque se acende a fogueira?
Viva são João,
Vamos comemorar, comer canjica, pamonha, quentão, vamos ser compadre de fogueria, padrinho de fogueira e namorar no quentinho da fogueira de São João, com as bençãos de Santo e Antonio e confirmação de São Pedro.
"E São João disse e
São Pedro confirmou
Que voce fosse meu compadre
Que Jesus Cristo mandou".
Rosinaldo Luna.
Ruínas de teatro em Parnamirim
Quem trafega pela avenida que margeia o parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, não tem como fugir da visão macabra que adorna a entrada do condomidio Jockey Clube.
Uma estrutura imensa, sendo corroída pelo tempo, pela exposição ao sol, chuva e demais caprichos da natureza. Um prédio alto, imponente que serve tão somente para abrigar marginais, dependentes de drogas e assaltentes. Infelizmente este préido é onde deveria estar funcionando o teatro de Parnamirim. Não este que a prefeitura tanto alarda que vai construir, e que deve iniciar as obras agora em Julho, mas o teatro que já foi pago pelos mutuários de sistema COPAB. O empreendimento residencial Jockey Clube e outros construidos pela tal construtora, contemplava um teatro, e por sorteio o condomínio e residencial Jockey Clube ganhaou o tal problema, digo prédio. Ótimo... vibração, parabéns, aplausos, discurssos e só, só, somente só...
O povo ficou a ver navios, ou melhor, a ver o prédio ser depredado, furtado, massacrado e desgastado pelo tempo.
A prefeitura, através da ex presidente da Fundação Parnamirim de Cultura, tentou junto com a construtora retomar as obras, mas, não deu em nada, pois segundo representantes da funcação a empresa não quis aderiir ao acordo proposto. O fato é que o prédio está se acabando lá, e se os artistas não tomarem a frente e começarem a se modibilzar não vai sair nunca o teatro.
Numa região tão carente de equipamentos como é a região metropolitana de Natal, onde a cidade de maior ICMS do estado não tem siquer um cinema, não podemos deixar aquela esturtura se acabar a esmo.
È preciso que os artistas que moram em Parnamirim e região metropolitana dêem as mãos e saiam nas ruas chamando a atenção para tal. É preciso que se faça um movimento para chamar a atenção, da mídia, da comunidade, dos políticos para que talvez, tenhamos o teatro concluído e funcioando. Só assim para conseguirmos isto.
Portanto, se você é artista, ou não, se você participa de um grupo de jóvens, associação comunitária, ou agremiação esportiva, leve essa proposta para seu grupo. Indaguem seus pais, professores, amigos, colegas de trabalho, sizinhos o que pode ser feito para que a construção sais das ruinas e os artistas e comunidade possam disfrutar do teatro finalmente.
Sugiram uma data para encontrar o maior número de gente e artistas possíveis nas ruínas, vamos marcar com a imprensa, com as autoridades e fazermos um auê, vamos tentar?
Que compartilhar com essa ideia é só comentar e deixar o contato, ou entrar em contato comigo pelo email: luna-natal@hotmail.com, eu entro de cabeça.
Rosinaldo Luna.
21/06/2011
Diana Fontes.
Hoje eu publicquie um comentário sobre um vídeo da Diana Fontes sendo entrevistada pela Margot do RN Tv. Belíssimo quadro que mostra nossos artistas de forma honesta e generosa. E isto tem dado um bom movimento. Na entrevista, ela fala sobre sua vida, sua carreira, suas expectativas. Tudo leve e deliciosamente regido pelo talento não menos competente da Margot.
Mas já que tem repercurtido tanto, quero lembrar de outros nomes que ali pasaram: A maravilhosa Chrystal, Dorgival Dantas, Glorinha Oliveira, Rodolfo amaral, Valéria Oliveira, Waldonis além de mestres da cultura popular, artistas das mais diversas linhas e talentos.
Mas realmente, a entrevista de Diana foi muito boa. E comparando, sou fã das duas, Diana e Chrystal, deixo empate.
É muito bom ver que o artista está sendo mostrado com tanto respeito e carinho. Parabens Margot; parabens a inter tv; aos entrevistados.
Resta a nós prestigiarmos esse seres encantados que preenchem nossas almas de magia e emoção.
Rosinaldo Luna
Mas já que tem repercurtido tanto, quero lembrar de outros nomes que ali pasaram: A maravilhosa Chrystal, Dorgival Dantas, Glorinha Oliveira, Rodolfo amaral, Valéria Oliveira, Waldonis além de mestres da cultura popular, artistas das mais diversas linhas e talentos.
Mas realmente, a entrevista de Diana foi muito boa. E comparando, sou fã das duas, Diana e Chrystal, deixo empate.
É muito bom ver que o artista está sendo mostrado com tanto respeito e carinho. Parabens Margot; parabens a inter tv; aos entrevistados.
Resta a nós prestigiarmos esse seres encantados que preenchem nossas almas de magia e emoção.
Rosinaldo Luna
19/06/2011
ShoppingsXteatros
Há um tempo que tenho pensado em uma coisa!
Uma música do Milton Nascimento diz "Todo artista tem de ir aonde o povo está!"
Essa frase me faz pensar que o povo está nos shoppings center's,. Se nós artistas, amadores ou não, queremos públcio temos que usarmos os espaços onde o povo vai, os espaços dos shopping's Diariamente uma grande massa circula pelos coredores dos centros comerciais. E esse povo está ali às vezes querendo outros olhares, absorver outros conhecimentos que não comprar.
Além de que, no shopping temos a impressão que estamos seguros, temos estacionamento, quando saimos do teatro temos sempre um restaurante, uma lanchonete, uma shopperia para darmos a esticadinha de praxes.
Mas falta aí, salas de espetáculos. Os empreendimentos são inaugurados com várias, muitas salas de cinema sem contudo, destinar um espaço desses ao teatro.
Se nós artistas e produtores queremos manter e/ou criar platéia temos que criá-la nesses espaços, e uma maneira de exigirmos isso é pressionando os órgãos públicos em criar mecanismos para que torne-se obrigatório os grandes empreendimento comerciais a destinação de espaços para salas de espetáculos.E depende de nossa união para essa idéia seja implementada.
Gostaria de convidá-los a promover essa discurção via redes sociais e ver até onde iriámos com essa idéia.
A proposta é que cada shopping com mais de tres sals de cinema ofereça uma para teatro, e shoppings com mais de seis salas obrigatoriamente teria que ter um teatro, a ainda mais , projetos para formação de platéia, onde seriam vendidos ingressos para espetáculos a preços populares em dias e horários específicos. Nesses dias também os valores de pautas seriam populares, facilitando assim aos grupos de teatro que estão iniciando suas atividades, amadores ou não, mostrarem suas produções.
Principalmente no nordeste onde a população é carente de tudo, poucos são os que podem pagar um ingresso de R$ 100,00, R$ 200,00 para assistir umespetáculo teatral ou um show, esse mecanismo ofereceria à este público acesso a cultura de forma que o valor do ingresso não viesse a onerar o orçamento familiar. Teríamos mais gente frequentando os teatros, e futurametne mais platéia.
Aí está a berta a sugestão. Comente esse pensamento e vamos à luta!!!
By
Rosinaldo Luna
OBS> Gostaria de ver a opinião de todos voces. Comentem e compartilhem esse artigo com os seus amigos e peça para comentarem também se acham que o pensamento é cabido, se acham que não tem futuro, comentem também. O importante é saber a opnião de todos que leem e seguem o blog.
Obrigado.
17/06/2011
Romance do boi da Mão de Pau
Romance do boi da Mão de Pau
Fabião das Queimadas (Fabião Hermenegildo Ferreira da Rocha) 1848-1928. Rio Grande do Norte.
Vou puxar pelo juízo
Para saber-se quem sou
Prumode saber-se dum caso
Tal qual ele se passou
Que é o boi liso vermelho
O Mão de Pau corredor
Desde em cima, no sertão
Até dentro da capitá
Do norte até o sul
Do mundo todo em gerá
Em adjunto de gente
Só se fala em Mão de Pau
Pois sendo eu um boi manso
Logrei a fama de brabo
Dava alguma corridinha
Por me ver aperiado
Com chocalho no pescoço
E além disto algemado...
Foi-se espalhando a notícia
Mão de Pau é valentão
tendo eu enchocalhado
Com as algemas nas mão
Mas nada posso dizer
Que preso não tem razão
Sei que não tenho razão
Mas sempre quero falá
Porque alé d'eu estar preso
Querem me assassinar...
Vossa mercês não ignorem
A defesa é naturá
Veio cavalos de fama
Pra correr ao Mão de Pau
Todos ficaram comido
De espora e bacalhau...
Desde eu bezerro novo
Que tenho meu gênio mau
Na serra de Joana Gomes
Fui eu nascido e criado
Vi-me morrer lá pro Salgado
Daí em vante os vaqueiro
Me trouveram atropelado...
Me traquejaram na sombra
Traquejavam na comida
Me traquejavam nos campo
Traquejavam na bebida
Só Deus terá dó de mim
Triste é a minha vida
Tudo quanto foi vaqueiro
Tudo me aperriou
Abaido de Deus eu tinha
Fabião a meu favor
Meu nego, chicota os bicho
Aqueles pabuladô
Pegaram a me aperiar
Fazendo brabo estrupiço
Fabião na casa dele
Esmiuçando por isso
Mode no fim da batalha
Pude fazê o serviço
Tando eu numa maiada
Numa hora d'amei-dia
Que quando me vi chegá
Três vaqueiro de enxurria
Onde seu José Joaquim
Este me vinha na guia
Chegou-me ali de repente
O cavalo Ouro Preto
E num instante pegou-me
Num lugá até estreito
Se os outro tiveram fama
Deles não vi proveito
Ali fui enchocalhado
Com as algemas na mão
Butado por Chico Luca
E o Raimundo Girão
E o Joaquim Siliveste
Mandado por meu patrão
Aí eu me levantei
Saí até choteando
Porque eu tava peiado
Eles ficaram mangando
Quando foi daí a pouco
Andava tudo aboiando...
Me caçaram toda a tarde
E não me puderam achar
Quando foi ao pôr-do-sol
Pegaram a se consultar
Na chegada de casa
Que história iam contar
Quando foi no outro dia
Se ajuntaram muita gente
— Só pra dar desprezo ao dono
Vamos beber aguardente
Pegaram a se consultar
Uns atrás, outro agüente
Procurei meu pasto veio
A serra de Joana Gome
Não venho mais no Salgado
Nem que eu morra de fome
Pru que lá aperriou-me
Tudo o que foi de home
Prefiro morrer de sede
Não venho mais no Salgado
No tempo que tive lá
Vivi muito aperriado
Eu não era criminoso
Porém saí algemado
Me caçaram muito tempo
Ficaram desenganado
E eu agora de-meu
Lá na serra descansado
Acabo de muito tempo
Vi-me muito agoniado
Quando foi com quatro mês
Um droga dum caçadô
Andando lá pulos matos
Lá na serra me avistou
Correu depressa pra casa
Dando parte a meu sinhô
Foi dizê a meu sinhô
— Eu vi Mão de Pau na serra
Daí em diante os vaqueiro
Pegaro a mi fazê guerra
Eu não sei que hei de fazê
Para vivê nesta terra
Veio logo o Vasconcelos
No cavalo Zabelinha
Veio disposto a pegar-me
Pra ver a fama qu'eu tinha
Mas não deu pra eu buli
Na panela das meizinha
Sei que tô enchocalhado
Com as argema na mão
Mas esses cavalo mago
Enfio dez num cordão
Mato cem duma carreira
Deixo estirado no chão
Quando foi no outro dia
Veio Antônio Serafim
Meu sinhô Chico Rodrigue
Isto tudo contra mim
Vinha mais muito vaqueiro
Só pro mode dá-me fim
Também vinha nesse dia
Sinhô Raimundo Xexéu
Este passava por mim
Nem me tirava o chapéu
Estava correndo à toa
Deixei-o indo aos boléus
Foram pro mato dizendo
O Mão de Pau vai a peia
Se ocuparo neste dia
Só em comê mé-de-abeia
Chegaro em casa de tarde
Vinham de barriga cheia
Neste dia lá no mato
Ao tirá duma "amarela"
Ajuntaram-se eles todo
Quase que brigam mor-dela
Ficaram todos breados
Oios, pestana e capela
Quem vinhé a mim percure
Um cavalo com sustança
Ind'eu correndo oito dia
As canela não me cansa
Só temo a cavalo gordo
E vaqueiro de fiança
Eu temia ao Cubiçado
De Antônio Serafim
Pra minha felicidade
Este morreu, levou fim
Fiquei temendo o Castanho
Do sinhô José Joaquim
Mas peço ao José Joaquim
Se ele vier no Castanho
Vigi não faça remô
Qu'eu pra corrê não me acanho
Nem quero atrás de mim
De fora vaqueiro estranho
Logo obraram muito mal
Em correr pro Trairi
Buscar vaqueiro de fora
Pra comigo divirti
Tendo eu mais arreceio
Dos cabras do Potengi
Veio Antônio Rodrigues
Veio Antônio Serafim
Miguel e Gino Viana
Tudo isto contra mim
Ajuntou-se a tropa toda
Na casa do José Joaquim
Meu sinhô Chico Rodrigues
É quem mais me aperriava
Além de vir muita gente
Inda mais gente ajuntava
Vinha em cavalos bons
Só pra vê se me pegava
Vinha dois cavalos de fama
Gato Preto e o Macaco
E os donos em cima deles
Papulando no meu resto
Tive pena não nos vê
Numa ponta de carrasco
Ao sinhô Francisco Dias
Vaqueiro do coroné
Jurou-me muito pega-me
No seu cavalo Baé
Porém que temia a morte
S'alembrava da muié
Vaqueiro do Potengi
De lá inda veio um
Um bicho escavacadô
Chamado José Pinun
Vinha pra me comê vivo
Porém vortô em jijum
Veio até do Olho d'Água
Um tal Antônio Mateu
Num cavalo bom que tinha
Também pra corrê a eu
Cuide de sua famia
Vá se recomendá a Deus
Veio até sinhô Sabino
Lá da Maiada Redonda
É bicho que fala grosso
Quando grita, a serra estronda
Conheça que o Mão de Pau
Com careta não se assombra
Dois fio de Januaro
Bernardo e Maximiano
Correram atrás de mim
Mas tirei-os do engano
Veja lá que Mão de Pau
Pra corrê é boi tirano
Bernardo por sê mais moço
Era mais impertinente
Foi quem mais me perseguiu
Mas enganei-o sempre
Quem vier ao Mão de Pau
Se não morrer, cai doente
Cabra que vier a mim
Traga a vida na garupa
Se não eu faço com ele
O que fiz com Chico Luca
Enquanto ele fô vivo
Nunca mais a boi insulta
Sinhô Antônio Rodrigue
Mas seu Gino Viana
Vocês tão em terra aleia
Apois vigie como anda
Se não souberam dançá
Não se metessem no samba
Vaqueiro do Trairi
Diz. Aqui não dá recado
Se ele dé argum dia santo
Todos ele são tirado
Deix'isso pr'Antonho Ansermo
Que este corre aprumado
Quando vi Antonho Anselmo
No cavalo Maravia
Fui tratando de corrê
Mas sabendo que morria
Saiu de casa disposto
Se despidiu da famia
Vou embora desta terra
Pru que conheci vaqueiro
E vou de muda pros Brejo
Mode dá carne aos brejeiro
Do meu dono bem contente
Que embolsou bom dinheiro
Adeus, lagoa dos Veio
E lagoa do Jucá
E serra da Joana Gome
E riacho do Juá
Adeus, até outro dia
Nunca mais virei por cá
Adeus, cacimba do Salgado
E poço do Caldeirão
Adeus, lagoa da Peda
E serra do Boqueirão
Diga adeus que vai embora
O boi d'argema na mão
Já morreu, já se acabou
Está fechada a questão
Foi s'embora desta terra
O dito boi valentão
Pra corrê só Mão de Pau
Pra verso só Fabião!
(Em Cascudo, Luís da Câmara. Vaqueiros e cantadores. sl, Ediouro, sd, p.89-93)
Vou puxar pelo juízo
Para saber-se quem sou
Prumode saber-se dum caso
Tal qual ele se passou
Que é o boi liso vermelho
O Mão de Pau corredor
Desde em cima, no sertão
Até dentro da capitá
Do norte até o sul
Do mundo todo em gerá
Em adjunto de gente
Só se fala em Mão de Pau
Pois sendo eu um boi manso
Logrei a fama de brabo
Dava alguma corridinha
Por me ver aperiado
Com chocalho no pescoço
E além disto algemado...
Foi-se espalhando a notícia
Mão de Pau é valentão
tendo eu enchocalhado
Com as algemas nas mão
Mas nada posso dizer
Que preso não tem razão
Sei que não tenho razão
Mas sempre quero falá
Porque alé d'eu estar preso
Querem me assassinar...
Vossa mercês não ignorem
A defesa é naturá
Veio cavalos de fama
Pra correr ao Mão de Pau
Todos ficaram comido
De espora e bacalhau...
Desde eu bezerro novo
Que tenho meu gênio mau
Na serra de Joana Gomes
Fui eu nascido e criado
Vi-me morrer lá pro Salgado
Daí em vante os vaqueiro
Me trouveram atropelado...
Me traquejaram na sombra
Traquejavam na comida
Me traquejavam nos campo
Traquejavam na bebida
Só Deus terá dó de mim
Triste é a minha vida
Tudo quanto foi vaqueiro
Tudo me aperriou
Abaido de Deus eu tinha
Fabião a meu favor
Meu nego, chicota os bicho
Aqueles pabuladô
Pegaram a me aperiar
Fazendo brabo estrupiço
Fabião na casa dele
Esmiuçando por isso
Mode no fim da batalha
Pude fazê o serviço
Tando eu numa maiada
Numa hora d'amei-dia
Que quando me vi chegá
Três vaqueiro de enxurria
Onde seu José Joaquim
Este me vinha na guia
Chegou-me ali de repente
O cavalo Ouro Preto
E num instante pegou-me
Num lugá até estreito
Se os outro tiveram fama
Deles não vi proveito
Ali fui enchocalhado
Com as algemas na mão
Butado por Chico Luca
E o Raimundo Girão
E o Joaquim Siliveste
Mandado por meu patrão
Aí eu me levantei
Saí até choteando
Porque eu tava peiado
Eles ficaram mangando
Quando foi daí a pouco
Andava tudo aboiando...
Me caçaram toda a tarde
E não me puderam achar
Quando foi ao pôr-do-sol
Pegaram a se consultar
Na chegada de casa
Que história iam contar
Quando foi no outro dia
Se ajuntaram muita gente
— Só pra dar desprezo ao dono
Vamos beber aguardente
Pegaram a se consultar
Uns atrás, outro agüente
Procurei meu pasto veio
A serra de Joana Gome
Não venho mais no Salgado
Nem que eu morra de fome
Pru que lá aperriou-me
Tudo o que foi de home
Prefiro morrer de sede
Não venho mais no Salgado
No tempo que tive lá
Vivi muito aperriado
Eu não era criminoso
Porém saí algemado
Me caçaram muito tempo
Ficaram desenganado
E eu agora de-meu
Lá na serra descansado
Acabo de muito tempo
Vi-me muito agoniado
Quando foi com quatro mês
Um droga dum caçadô
Andando lá pulos matos
Lá na serra me avistou
Correu depressa pra casa
Dando parte a meu sinhô
Foi dizê a meu sinhô
— Eu vi Mão de Pau na serra
Daí em diante os vaqueiro
Pegaro a mi fazê guerra
Eu não sei que hei de fazê
Para vivê nesta terra
Veio logo o Vasconcelos
No cavalo Zabelinha
Veio disposto a pegar-me
Pra ver a fama qu'eu tinha
Mas não deu pra eu buli
Na panela das meizinha
Sei que tô enchocalhado
Com as argema na mão
Mas esses cavalo mago
Enfio dez num cordão
Mato cem duma carreira
Deixo estirado no chão
Quando foi no outro dia
Veio Antônio Serafim
Meu sinhô Chico Rodrigue
Isto tudo contra mim
Vinha mais muito vaqueiro
Só pro mode dá-me fim
Também vinha nesse dia
Sinhô Raimundo Xexéu
Este passava por mim
Nem me tirava o chapéu
Estava correndo à toa
Deixei-o indo aos boléus
Foram pro mato dizendo
O Mão de Pau vai a peia
Se ocuparo neste dia
Só em comê mé-de-abeia
Chegaro em casa de tarde
Vinham de barriga cheia
Neste dia lá no mato
Ao tirá duma "amarela"
Ajuntaram-se eles todo
Quase que brigam mor-dela
Ficaram todos breados
Oios, pestana e capela
Quem vinhé a mim percure
Um cavalo com sustança
Ind'eu correndo oito dia
As canela não me cansa
Só temo a cavalo gordo
E vaqueiro de fiança
Eu temia ao Cubiçado
De Antônio Serafim
Pra minha felicidade
Este morreu, levou fim
Fiquei temendo o Castanho
Do sinhô José Joaquim
Mas peço ao José Joaquim
Se ele vier no Castanho
Vigi não faça remô
Qu'eu pra corrê não me acanho
Nem quero atrás de mim
De fora vaqueiro estranho
Logo obraram muito mal
Em correr pro Trairi
Buscar vaqueiro de fora
Pra comigo divirti
Tendo eu mais arreceio
Dos cabras do Potengi
Veio Antônio Rodrigues
Veio Antônio Serafim
Miguel e Gino Viana
Tudo isto contra mim
Ajuntou-se a tropa toda
Na casa do José Joaquim
Meu sinhô Chico Rodrigues
É quem mais me aperriava
Além de vir muita gente
Inda mais gente ajuntava
Vinha em cavalos bons
Só pra vê se me pegava
Vinha dois cavalos de fama
Gato Preto e o Macaco
E os donos em cima deles
Papulando no meu resto
Tive pena não nos vê
Numa ponta de carrasco
Ao sinhô Francisco Dias
Vaqueiro do coroné
Jurou-me muito pega-me
No seu cavalo Baé
Porém que temia a morte
S'alembrava da muié
Vaqueiro do Potengi
De lá inda veio um
Um bicho escavacadô
Chamado José Pinun
Vinha pra me comê vivo
Porém vortô em jijum
Veio até do Olho d'Água
Um tal Antônio Mateu
Num cavalo bom que tinha
Também pra corrê a eu
Cuide de sua famia
Vá se recomendá a Deus
Veio até sinhô Sabino
Lá da Maiada Redonda
É bicho que fala grosso
Quando grita, a serra estronda
Conheça que o Mão de Pau
Com careta não se assombra
Dois fio de Januaro
Bernardo e Maximiano
Correram atrás de mim
Mas tirei-os do engano
Veja lá que Mão de Pau
Pra corrê é boi tirano
Bernardo por sê mais moço
Era mais impertinente
Foi quem mais me perseguiu
Mas enganei-o sempre
Quem vier ao Mão de Pau
Se não morrer, cai doente
Cabra que vier a mim
Traga a vida na garupa
Se não eu faço com ele
O que fiz com Chico Luca
Enquanto ele fô vivo
Nunca mais a boi insulta
Sinhô Antônio Rodrigue
Mas seu Gino Viana
Vocês tão em terra aleia
Apois vigie como anda
Se não souberam dançá
Não se metessem no samba
Vaqueiro do Trairi
Diz. Aqui não dá recado
Se ele dé argum dia santo
Todos ele são tirado
Deix'isso pr'Antonho Ansermo
Que este corre aprumado
Quando vi Antonho Anselmo
No cavalo Maravia
Fui tratando de corrê
Mas sabendo que morria
Saiu de casa disposto
Se despidiu da famia
Vou embora desta terra
Pru que conheci vaqueiro
E vou de muda pros Brejo
Mode dá carne aos brejeiro
Do meu dono bem contente
Que embolsou bom dinheiro
Adeus, lagoa dos Veio
E lagoa do Jucá
E serra da Joana Gome
E riacho do Juá
Adeus, até outro dia
Nunca mais virei por cá
Adeus, cacimba do Salgado
E poço do Caldeirão
Adeus, lagoa da Peda
E serra do Boqueirão
Diga adeus que vai embora
O boi d'argema na mão
Já morreu, já se acabou
Está fechada a questão
Foi s'embora desta terra
O dito boi valentão
Pra corrê só Mão de Pau
Pra verso só Fabião!
(Em Cascudo, Luís da Câmara. Vaqueiros e cantadores. sl, Ediouro, sd, p.89-93)
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