13/01/2011


Stanislavski e a ética no teatro

Stanislavsky foi um desses caras que nasceram para fazer a diferença. Ler Stanislavsky é entrar no pensamento, na alma do personagem, mas não sem antes esmiuçar o baú do sentimento do ator. Tudo que resume este grande pensador é o próprio Stanislavsky. Um grande diretor, pensador, professor, ator, diretor. Um quase deus. E vocês irão concordar comigo ao ler o texto do Edvard Vasconcellos. Maravilhoso e disponível para vocês.
As palavras, ética e moral costumam ser usadas indiferentemente, mas, em geral, têm um sentido bastante distinto.

A moral se relaciona às ações, isto é, a conduta real. A ética é o conjunto de princípios ou juízos que originam essas ações.

Pode-se afirmar que ética e moral são complementares, como se fosse uma, a teoria e outra, a prática. Pode-se definir ética como “filosofia moral”, que trata dos costumes, ou, dos deveres do homem para seus semelhantes e para consigo. Examinar questões éticas pode resultar na elevação de nossa moral.
Stanislavski considera a ética no teatro fundamental para o processo de criação, já que se trata de um processo coletivo.

Mesmo encenando um monólogo o ator necessita de uma equipe de pessoas como: diretor, iluminador, operador de som, contra-regra, bilheteiro etc.

 Não há como comparar sua arte com a de um pintor que, na solidão do seu atelier, cria sozinho sua obra de arte, precisando apenas dele mesmo, de suas tintas e suas telas.
O fato de o ator ter que estar pronto para produzir numa determinada hora e lugar, obriga-o a estar inspirado num momento preestabelecido. Coisa, que segundo Stanislavski, só é possível através de uma dedicação que vá além dos horários de ensaio; pontualidade, cooperação, e respeito também fazem parte do espetáculo.

Cuidar da sua preparação vocal, física; concentrar-se, observar e dedicar-se à construção do personagem nas horas de folga, é o “dever de casa” do ator.

Não cabe só ao diretor ter as idéias e ao ator executá-las. O ator é, antes de qualquer coisa, um ser criador, um artista. E como artista deve ter inteligência para criar preservando sua imagem pública, pois, em função do seu próprio ofício se torna um formador de opinião. É essencial que tenha noção da responsabilidade que tem diante da sociedade. Creio que a ética no teatro possa se resumir em respeito, respeito para com a sua arte, para com seu semelhante e para com a sociedade.
Aquilo que é produzido pelo ambiente que circunda o ator no palco e pelo ambiente da platéia Stanislavski vai chamar de ética, termo que se complementa com a disciplina e o senso de empreendimento conjunto no trabalho do teatro. Essas coisas reunidas criam uma animação artística, uma atitude de disposição para trabalhar coletivamente. Cria-se um estado favorável à criatividade. A ética do teatro prepara e facilita esse estado.

Para se estar inspirado todos os dias num momento preestabelecido é preciso ordem, disciplina e um código de ética, não só para as circunstancias gerais do seu trabalho, mas, sobretudo, para os seus objetivos artísticos.

 A condição primordial para acarretar esta disposição preliminar é seguir o princípio de “amar a arte em nós e não a nós mesmos na arte”. O teatro tem a capacidade de tornar o ator uma pessoa melhor.
A paixão verdadeira está na pungente aquisição de conhecimentos sobre todos os matizes e sutilezas dos segredos criadores. Se o ator viver apenas de uma ininterrupta excitação da sua vaidade pessoal, ele estará destinado a rebaixar-se e tornar-se banal. Uma pessoa séria não pode se interessar muito tempo por esse tipo de vida, mas as pessoas superficiais ficam fascinadas, degradam-se e são destruídas. É por isto que no mundo do teatro temos de viver sob rígida disciplina.

 “Nunca entrem no teatro com lama nos pés. Deixem lá fora sua poeira e imundice. Entreguem no vestiário as suas pequenas preocupações e dificuldades junto com os seus trajes de rua e também as coisas que desviam nossa atenção da arte teatral”.

Stanislavski compara o trabalho do ator ao sacerdócio. O sacerdote tem consciência da presença do altar durante todos os instantes em que oficia um ato religioso. E é dessa mesma forma que o verdadeiro artista deve reagir no palco durante todo o tempo que estiver no teatro. O ator que não for capaz de ter este sentimento nunca será um artista do palco.

Muitos atores, em cena fazem todo o esforço para transmitirem impressões artísticas e belas, mas, depois que saem do palco, quase a zombar dos espectadores, fazem o máximo possível para desiludi-los. Só quando o ator está em casa, a portas fechadas, na intimidade de suas relações, é que o ator pode descontrolar-se porque o seu papel não acaba de ser representado com o baixar do pano. Ele tem ainda a obrigação de carregar consigo o estandarte da qualidade de vida, da dignidade, do respeito mútuo. Ser ator é abraçar um estilo de vida ética, digna. Não se trata de algo especial por ser o ofício do ator especial, muito pelo contrário, creio que é a única atitude a se cobrar de qualquer servidor público.

Em teatro um trabalha por todos e todos trabalham por um. É preciso haver responsabilidade mútua e quem quer que traia tal confiança não deve fazer parte do grupo.

 Um princípio democrático deve mover as escolhas de um grupo. Em teatro só se produz em conjunto, portanto, uns dependerão dos outros. Se houver ordem e uma boa distribuição do trabalho o esforço coletivo será produtivo e agradável, porque estará baseado no auxílio mútuo. Se cada um age corretamente em função da responsabilidade coletiva chegando ao ensaio bem preparado, cria-se uma atmosfera estimulante.

É importante ter a atitude certa para com o objetivo de cada ensaio. O ensaio apenas esclarece os problemas que o ator elabora em casa.
Atores que tomam notas e planejam seu trabalho em casa são os mais confiáveis, pois nenhuma memória é capaz de absorver todas as informações de um ensaio, Além do que, lidando com sentimentos armazenados na memória afetiva para compreender, abranger e evocar todos esses sentimentos, o ator tem de achar a expressão exata daquele sentimento.
Um cantor, um pianista e um dançarino, começam o seu dia, tomando banho, vestindo-se, tomando café e fazendo vocalizes, tocando suas escalas, e exercitando-se na barra. Isto, eles fazem dia após dia, faça chuva ou faça sol. Dia omitido é dia perdido, em detrimento da arte do interprete. Somente o ator, depois de se levantar, vestir e alimentar, pela manhã, corre para a rua à procura dos amigos ou outras ocupações pessoais, porque é à sua hora livre.

O ator, mais do que qualquer outro artista especializado, precisa desse aperfeiçoamento.

Enquanto o cantor só precisa se preocupar com a voz e a respiração, o dançarino com o seu equipamento físico e o pianista com suas mãos, o ator é responsável por braços, pernas, olhos, rosto, pela plasticidade de todo o seu corpo, seu ritmo e seus movimentos. É responsável por exercícios que não terminam com a formatura e continuam a ser necessários durante toda a vida do artista. E quanto mais velho se fica, mais necessário se torna o apuro da técnica. Portanto, a manutenção de um sistema de exercícios físicos regulares é fundamental. O problema para a nossa arte e, por conseguinte, para o teatro é criar vida interior para uma peça e suas personagens, exprimir em termos físicos e dramáticos o cerne fundamental, a idéia que impeliu o escritor a produzir sua obra.

Para atuar com êxito, o ator precisa estar sob certas condições necessárias. Qualquer pessoa que perturbe essas condições, mostra-se desleal para com a sua arte e para com a sociedade à qual pertence. O mau ensaio prejudica um papel e um papel distorcido impede o ator de executar sua tarefa primordial.


Postado por Edvard Vasconcellos.

Tombamento do Centro de Natal

A tribuna do norte do dia 16/12/2010 trouxe uma matéria sobre o tombamento do centro histórico de Natal. Um importante passo para a preservação, mesmo que tardia da nossa memória arquitetônica. Leiam parte da matéria transcrita para esse blog. O texto é da repórter Luana Ferreira.

O melhor e mais precioso livro da história de Natal, o Centro Histórico foi finalmente tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na última quinta-feira. Virou tudo patrimônio cultural brasileiro, como o Recife Antigo, em Recife, e o Centro Histórico de São Luiz, só que com muitos anos de atraso. Com o tombamento, as ruas, ruelas, becos, casas, igrejas, calçadas, praças, linhas férreas, porto, iluminação e os 550 prédios que deram forma, cor e alma a parte da Ribeira, Cidade Alta e Rocas nos últimos quatro séculos não poderão mais ser modificados de maneira aleatória. A festa de Sant´Ana, em Caicó, foi registrada como bem cultural imaterial.
Rodrigo Sena
Mesmo em péssimas condições, o prédio do antigo cabaré Arpege, na Ribeira, foi tombado pelo Iphan
O dia, considerado histórico por arquitetos e pesquisadores de Natal, passou despercebido pela maior parte dos potiguares, apesar do trabalho de esclarecimento que o Iphan vem realizando nos últimos meses. “Aquilo é um livro aberto, as ruas, as casas estão contando a história da cidade”, comemorou o arquiteto Haroldo Maranhão, chefe do departamento de patrimônio cultural da Funcart. Quando informados pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE, os comerciantes e moradores do local demonstraram mais preocupação com as reformas que poderiam não acontecer nas propriedades deles do que curiosidade com o futuro do Centro Histórico. Essa é a primeira vez que um tombamento em conjunto é realizado no Rio Grande do Norte, e a quinta   que a esfera federal reconhece um patrimônio em Natal: os outros são a Fortaleza dos Reis Magos, o Sobradinho (Museu Café Filho), 13 imagens de santos que pertencem à Arquidiocese de Natal e a Pinacoteca do Estado. Os argumentos usados pelo Iphan foram a necessidade de preservação do traçado das ruas, que sobreviveu à vinda dos carros e outras mudanças, e a heterogeneidade da arquitetura.

De acordo com um estudo feito pelo Iphan, cerca de metade dos 550 imóveis tombados em conjunto estão descaracterizados ou foram substituídos por edificações contemporâneas. A outra metade conta nossos quatro séculos de história.

Há dezenas de imóveis reconhecidos pela prefeitura do Natal e Governo do Estado como patrimônio cultural nos últimos anos, mas isso não quer dizer que venham sendo tratados como jóia rara: muitos estão em ruínas, em Natal e no interior.  Um exemplo emblemático é a casa do ex-prefeito de Natal Djalma Maranhão (na esquina das ruas Afonso Pena e Jundiaí): apesar de tombada, já está tão descaracterizada que já se fala em “destombá-la”. A pergunta é imediata: isso vai mudar alguma coisa?
A pergunta da jornalista é pertinente. Ai mudar alguma coisa? Gostaria de acreditar nisso, afinal, alguém lembra da casa na esquina da Prudente de Morais com a Rua Potengi em Petrópolis? Ali onde está um flat hoje? Potengi Flat? Os que têm mais de vinte e alguns anos pode lembrar. Uma casa maravilhosa que tinha até sótão, porão. Uma relíquia que foi derrubada sem nenhuma cerimônia. E já se falava em plano piloto etc. Pena que as pessoas não tenham na mete a importância de cultuar suas raízes. A principal preocupação dos comerciantes não é o que poderiam lucrar preservando essas jóias da arquitetura e da historia do nosso estado, porém ficou claro na matéria que a preocupação do povo é em não podem mais continuar derrubando e re (de) formando os prédios. De qualquer forma, ao menos agora é oficial. Parabéns pela iniciativa do Iphan. E parabéns à Tribuna do Norte por levantar o assunto.

Bya
Rosinaldo Luna.

01/01/2011

Feliz Futuro Novo

Um novo ano chega e com ele mais uma vez, nossas emoções e pensamentos voltam-se para uma melhor qualidade de vida, com mais saúde, segrança, educação. Mais uma vez nos pegamos acreditando nos governantes e seus aliados.
Hoje, principalmente hoje, estamos vivendo um dia histórico, uma passagem definitiva para a era da democracia. Teremos apartir de hoje uma muolher no comando do noso país.
Acredito na força das mulheres, acrtedito na capacidade da presidenta eleita, porém, fico temeroso ao ver que os aliados são os mesmos. Sempre os mesmos. Os sorrisos e tapinhas nas costas continuam igual, nem sequer, mudou o jeito de se abraçar. Issso me deixa triste e resistente a aqcreditar.
Vendo parte da cerimônia de posse da presidente eleita, ví todas as caras que gostaria de ver bem longe do planalto, mas infelizmetne continuam lá. Os "conchavos" políticos, que são necessários, porém, os protagonistas dos escândalos de antes estão lá, prontos e com o mesmo sorriso de antes.
Isso me faz pensar se "meu novo ano" será um ano bom, um feliz ano novo realmente.
Espero que Dilma, por ser mulher tenha mais censibilidade e que crie mecanismos que possam verdadeirametne punir esses políticos corruptos, e que seja capaz de nos oferecer  um feliz ano novo realmete.
Por enquanto vamos acreditar e torcer para que ela consiga governar com autonomia e poderes suficientes para fazer dessa nação uma grande nação.
Que ela dê à cultura o tratamento que nós artistas merecemos e que possa instituir mecanismos realmetnte competentes para a gestão,m fruição e produção da cultura   que posssa resgatar a dignidade dos mestres de cultura popular, e eleve esses ao patamar merecido.
Para todos nós, mestres, artistas, produtores e admiradores da cultura um FELIZ FUTURO NOVO.

By
Rosinaldo Luna

17/12/2010

Tombamento do Centro de Natal


Tombamento do Centro de Natal

A tribuna do norte do dia 16/12/2010 trouxe uma matéria sobre o tombamento do centro histórico de Natal. Um importante passo para a preservação, mesmo que tardia da nossa memória arquitetônica. Leiam parte da matéria transcrita para esse blog. O texto é da reporter Luana Ferreira
 
O melhor e mais precioso livro da história de Natal, o Centro Histórico foi finalmente tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na última quinta-feira. Virou tudo patrimônio cultural brasileiro, como o Recife Antigo, em Recife, e o Centro Histórico de São Luiz, só que com muitos anos de atraso. Com o tombamento, as ruas, ruelas, becos, casas, igrejas, calçadas, praças, linhas férreas, porto, iluminação e os 550 prédios que deram forma, cor e alma a parte da Ribeira, Cidade Alta e Rocas nos últimos quatro séculos não poderão mais ser modificados de maneira aleatória. A festa de Sant´Ana, em Caicó, foi registrada como bem cultural imaterial.
Mesmo em péssimas condições, prédio do antigo cabaré Arpege, na Ribeira, foi tombado pelo Iphan
O dia, considerado histórico por arquitetos e pesquisadores de Natal, passou despercebido pela maior parte dos potiguares, apesar do trabalho de esclarecimento que o Iphan vem realizando nos últimos meses. “Aquilo é um livro aberto, as ruas, as casas estão contando a história da cidade”, comemorou o arquiteto Haroldo Maranhão, chefe do departamento de patrimônio cultural da Funcart. Quando informados pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE, os comerciantes e moradores do local demonstraram mais preocupação com as reformas que poderiam não acontecer nas propriedades deles do que curiosidade com o futuro do Centro Histórico. Essa é a primeira vez que um tombamento em conjunto é realizado no Rio Grande do Norte, e a quinta   que a esfera federal reconhece um patrimônio em Natal: os outros são a Fortaleza dos Reis Magos, o Sobradinho (Museu Café Filho), 13 imagens de santos que pertencem à Arquidiocese de Natal e a Pinacoteca do Estado. Os argumentos usados pelo Iphan foram a necessidade de preservação do traçado das ruas, que sobreviveu à vinda dos carros e outras mudanças, e a heterogeneidade da arquitetura.

De acordo com um estudo feito pelo Iphan, cerca de metade dos 550 imóveis tombados em conjunto estão descaracterizados ou foram substituídos por edificações contemporâneas. A outra metade conta nossos quatro séculos de história.

Há dezenas de imóveis reconhecidos pela prefeitura do Natal e Governo do Estado como patrimônio cultural nos últimos anos, mas isso não quer dizer que venham sendo tratados como jóia rara: muitos estão em ruínas, em Natal e no interior.  Um exemplo emblemático é a casa do ex-prefeito de Natal Djalma Maranhão (na esquina das ruas Afonso Pena e Jundiaí): apesar de tombada, já está tão descaracterizada que já se fala em “destombá-la”. A pergunta é imediata: isso vai mudar alguma coisa?

15/12/2010

Rabiscos de giz na calçada áspera.

No amanhecer o amor,
Para o poeta a dor,
Combustível de meus traços,
Como rabiscos de giz na calçada aspera.

Ao meio dia uma rede,
E a visão da amada, 
Cabelos ao vento
Molhada de desejo 
De mim.

Ao anoitecer uma brisa
Traz o perfume de tí.
Uma caricia entre os dedos
Dos teu cabelo com cheiro, perfume de mim.

E ao deitar solidão
Inspiração de poeta,
Uma janela aberta
E uma lua só pra mim.

Para sonha só voce
Minha mais bela imagem
E um coração lá no alto
além das nuvens, voando,
e acenando para mim.

Rosinaldo Luna
12/2010.

12/12/2010

Esses seres maravilhosos e suas criações emocionantes.




Estamos iniciando uma nova série de conversas. Depois dos papos sobre produção teatral iniciaremos a partir de agora algumas conversas sobre alguns artistas da terra. Aqui quero deixar impresso para vocês conhecerem ou poderem opinar sobre meu ponto de vista particular, afinal, como não se trata de um blog jornalístico, me reservo o direito de rasgar toda a seda que me é de direito. Quero colocar minha opinião, apaixonada sobre aqueles artistas que estão em evidência, ou os que estão à margem dos GRUPOS, e que como eu, sentem dificuldade em fazer parte do mitiê, do cenário cultural do estado, mas que produz o ano inteiro e vivem da sua produção de maneira digna e profissional. Nesse leque de atores, cantores, bailarinos escritores etc... Onde constam nomes como, Hilton Lopo, Barbara Cristina, Maria Di Lia, Pedro Queiroga. Novos artistas que queiram conversar conosco sobre sonhos expectativas de carreira etc. Espero que vocês gostem e curtam essas conversas. Mas por favor, comentem, pois ó assim saberei se estão curtindo ou não. É importante a opinião de vocês sobre os artigos e se quiserem pode sugerir novos artigos sobre assuntos diversos que irei atrás e certamente dará uma boa movimentada no blog. Abraços artísticos e boa leitura a todos.
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Rosinaldo Luna.

Um Noel sereno e tranquilo.

Quem conheçe o ator Hilton Lopo sabe muito bem que ele está longe de ser um cara tranquilo. Ao contrario, Hilto é uma pessoa acelerada e as vezes estresada demais. Mas hoje á tarde fiquei um bom tempo observando o cara na maior entrega ao seu pesonagem de todo Natal, O Papai Noel. Fotos, choros, beijos, abraços, pedidos, recados, sorrisos, crianças no colo, mamães, papais tirando fotos... Ufa! Papai Noel sua o roupão! Mas nosso personagem continuou lá, incólume, sereno e tranquilo, por baixo de vários quilos de cabelos e roupa de veludo.Isso é que significa entrega, doação ao personagem.
Um dia ofereceram um papel pequeno pro Hilton Lopo e alguém falou assim: "Você vai aceitar esse papel?" E o Hilton na mior simplicidade respondeu: "A mim não imorta o tamanho do personagem eu sou um ator e esse é um personagem. Os artores imterpretam personagens" e fez o espetáculo.Isso mostra como é bonita a cumplicidade do artista com sua arte. Hoje os atores não tem mais o compromisso com a arte em sí, porém com o fator financeiro. Claro que é preciso trabalhar e receber, mas a arte está muito comercial e nenhum ator, ou poucos atores se dignam a trabalhar pelo aplauso. O Hilton acredito é capaz disso. Mas a tranquilidade com que veste o Noel é linda de se ver. Quem quiser conferir vá lá no Miadway e confira.
A trajetória do Hilton Lopo vem de vários anos, desde o antigo teatro Jesiel Figueredo no alecrim onde  já atuava e era  do elenco permanente do Jesiel. Um excelente ator, um grande colega e um serenissimo Papai Noel.

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Rosinaldo Luna

07/12/2010

Me queiras




Um beijo roubado de mim
Um sorriso negado
Um amor magoado de ser
Um abismo sem fim entre nós.

Que me queiras assim
Sem roubar o seu beijo
Sem abismos, sem medos
Só desejo, desejo.

Rosinaldo Luna
12/2010.

05/12/2010

Teatro na Escola

O artigo a seguir é de autoria do teatrologo Emílio Carlos a quem apartir de agora vou me dedicar a ler e a acompanhar seus ensinamentos. Quero deixar calro que antes de tudo, o respeito ao autor deve estar em primeiro lugar. Mas voces pdoem falar: como blogou o artigo do rapaz aqui? Bem, o artigo está disponivel gratuirtamente na net, mas isso não me dá o direito de blogar sem dar as referências. Quero agradecer ao autor por poder oferer para todos voces uma leitura tão bão e importante  para nós artistas que utilizamos sempre o teatro escola para a formação de platéia.

A importância do Teatro na Escola
por Emílio Carlos de




- Principais benefícios do teatro aos jovens estudantes

O teatro desperta a imaginação, leva ao questionamento de atitudes e realidades, faz sonhar e educa. Ver uma peça de teatro é uma experiência inesquecível. Fazer teatro é uma experiência única!


- Como o teatro pode estar presente na escola?

É comum pensarmos que teatro é para a aula de Artes. Porém todas as disciplinas tem o seu lado dramatúrgico. Imagine os alunos lerem um livro e depois encená-lo. Ou dramatizarem uma situação matemática do dia a dia. Ou encenarem um acontecimento da história.
Tudo é possível em termos de teatro; inclusive projetos que incluam várias disciplinas ao mesmo tempo.



- Em relação ao aspecto pedagógico, qual a importância do teatro para o desenvolvimento do aluno? O que o aluno pode aprender nestas aulas, que o ajudará em sua formação como pessoa?

Desde o aspecto lúdico até o processo de ensino-aprendizagem, o teatro é uma grande ferramenta nas mãos dos educadores. O aluno vai aprender a importância do trabalho em grupo, da participação ordenada, de conhecer e confiar em quem trabalha com ele. Além disso o teatro estimula a criatividade e a imaginação, a iniciativa, o respeito mútuo, a desinibição e a sensibilidade. Tudo isso fará diferença na sua formação.


- Além de ajudar na evolução de várias áreas, como na coordenação, na criatividade, na memorização, no vocabulário e na socialização, o teatro não é feito apenas de atores em cena, isto é, no palco. Há muitos alunos que também atuam “nos bastidores”, na estrutura por trás do espetáculo. O que os alunos podem aprender com isso? Organização? A importância do trabalho em equipe?

Quem trabalha nos bastidores percebe tudo isso e mais: ele passa a ver que todos são igualmente importantes para que o espetáculo aconteça. Não importa se você está no palco ou se está na iluminação – todos são igualmente importantes. Também aqui o teatro reproduz a vida: para obtermos um resultado precisamos de várias pessoas envolvidas. O coletivo se impõe ao individual. No teatro da vida cada um desempenha o seu papel, tal como as diferentes partes de um corpo, para benefício de todos.


- Dicas de como é possível inserir o teatro na escola.

É possível inserir o teatro em qualquer disciplina, e em projetos multidisciplinares. O teatro enriquece a experiência com os temas tratados nas disciplinas. Por exemplo: para trabalhar a preservação do meio ambiente você pode montar uma exposição que vai apresentar o tema ao visitante e que culmina com uma peça teatral como forma de vivenciar o tema. As datas comemorativas também fornecem boas oportunidades para se fazer teatro na escola.



- Cuidados/estrutura que a escola precisar tomar/ter no momento de inserir o teatro como disciplina ou como aula extracurricular

O primeiro cuidado é com quem vai ensinar teatro na escola. Essa pessoa precisa reunir conhecimentos em arte e educação ao mesmo tempo. E ter intimidade com a faixa etária com a qual se vai trabalhar. Não basta ser ator para ensinar teatro.
Toda a beleza do teatro está na imaginação, no pacto que existe entre o público e o espetáculo. O público sabe que é uma peça, que o cenário é apenas cenário mas o teatro tem a magia de fazer sonhar. Assim um pano azul se transforma no mar, uma spot de luz amarela pode ser o sol, e tudo isso só depende dos atores interpretarem bem.
As crianças são atores em potencial: elas são altamente imaginativas. Só precisam de quem canalize sua imaginação. O jovem já está numa fase mais racional e para levá-lo à emoção da personagem você precisa fazer com que ele entenda o papel.
Você não precisa de grandes estruturas nem de muito dinheiro para fazer teatro. Material reciclado dá grande resultado visual para cenários, material de cena e figurinos. Há também o TNT (tecido-não-tecido): uma opção barata e acessível.
Sempre que possível deixe os próprios alunos fazerem os cenários e os figurinos, ou pelo menos colaborarem na idealização e realização. Isso faz parte do desenvolvimento cognitivo e deve ser estimulado.
Lembre-se sempre que o grande espetáculo para o público está nos atores e o grande espetáculo para os alunos está em fazer teatro. Assim um holofote de fachada de casa (com 150 watts) se transforma num canhão de luz do teatro; vasos formam um jardim; EVA se transforma em máscaras, roupas, material de cena.
Você não precisa de um auditório com cadeiras estofadas para fazer teatro; você pode fazer teatro na sala de aula, no pátio, ao ar livre. A estrutura necessária é mínima.
Tenha em mente que uma produção precisa ser LM-PRB: linda, maravilhosa prática, rápida e barata. Com pouquíssimo dinheiro e muita criatividade você pode fazer muito.


-        O motivo da falta de hábito do brasileiro de não ir ao teatro com frequência é que muita gente não conhece teatro. Muitos nunca viram uma peça teatral na vida. Por isso é importante estimular crianças e jovens desde cedo a verem teatro, a fazerem teatro. É importante levar o teatro até o aluno. Assim se forma o público que irá ao teatro no futuro. Quando a minha Cia de Teatro se apresentava em escolas era comum os alunos dizerem:- “Eu achava teatro chato; mas agora que eu vi sua peça eu achei legal”.


Sobre o Autor - Emílio Carlos é diretor, ator e dramaturgo. Trabalha com teatro desde 1985, fazendo teatro adulto e infantil, com crianças e com bonecos. Já dirigiu vários grupos e cias de teatro, se apresentando pelos Estados de SP e MG (inclusive tendo feito várias temporadas em São Paulo – Capital).
A coleção Memória do Teatro de Bonecos traz 5 de suas peças teatrais. A Coleção em Dvd foi lançada pela Editora Emílio Carlos e pode ser vista no site: