28/07/2022

Icaro em quarentena

                                      


          
Durante esse período  de pouco mais de 6 dias de confinamento no quarto devido ao covid 19, e sendo muito bem tratado pelos meus amores, diga-se de passagem, paro um pouco para refletir. A gente precisa tirar proveito das situações e construir uma estratégia para uma vida mais equilibrada. Principalmente no ciclo emocional. Mas atualmente essa jornada está ficando cada vez mais complicada,

E cá estou eu, esse ser boçal e desequilibrado mental a pensar entre Maquiavel,  Amadeus, Iron Maiden, sim, sou metaleiro convicto, me pego surpreso de como minha personalidade muda. Será isso prenúncio de um amadurecimento?  De um tempo para cá me tem feito falta a angústia do viver, essa coisa da ansiedade. Será? Talvez. Mas fato é que fiquei e continuo por aqui. Cheio de coisas para fazer, mas infelizmente depois da Netflix e watts app, concentração me parece coisa rara. Porém tento. Assisti a História de Mozart, vi uma turnê do Iron Maiden e assisti filmes e séries no Steam. Que beleza. Isto me fascina, porém me faz ver que a cada dia se torna mais dominante. O tal algoritmo é um senhor branco, escravagista que carrega um pesado livro de bruxarias sob o sovaco, que só tem um propósito, comer nossa alma. Apesar de ser uma metáfora, acredito piamente nisso. 


Me assusto diariamente com um pensar pronunciado e ao ver meu celular ou notebook, me chega um artigo, uma mensagem, uma promoção. algo ligado exatamente aquilo que eu pensei. Que medo!


Quando era adolescente, aluno oriundo de escola católica, de freiras, me atirei na leitura, desacompanhado e totalmente perdido, diga-se de passagem, do livro APOCALIPSE. Quase piro. E não é para menos. Até hoje não consegui entender os símbolos nem tenho coragem de retomar minha leitura. Mas uma coisa em particular me chamou a atenção: a passagem onde o evangelista fala sobre a quebra das fronteiras. Para mim, até a invenção do famigerado James Web, as fronteiras já estavam quebradas pela internet, mas agora vejo que as fronteiras estão apenas sendo quebradas. Se bem que o James webb só consegue chegar onde chega devido a assombrosa tecnologia que explodiu pós internet.


E cá estou eu aqui, igual o Ícaro, personagem gêmeo que encarnou no monólogo Insight Insano.  No texto, Ícaro fala que diariamente somos moldados por outros, que nos tornamos diariamente aquilo que alguém que que sejamos. É verdade. todos os dias somos moldados. Os filtros dos app de fotos, nos vendem nas redes como seres quase perfeitos. Acabou o feio, o comum, somos todos celebridades em franca ascensão e se alguém duvidar está lá, ele, o algoritmo para provar o contrário, o sonho de perfeição. Esquecemos que não temos dinheiro, que precisamos nos aperfeiçoar, especializar em relações humanas, e mergulhamos mais e mais nas profundezas do ego em engolido pelos dados.

 

Reflito, penso, como alguma coisa, tomo um banho. vejo tv, assisto um filme, leio um poema do livro POEMA DE BENQUERER de José Ivan Pinheiro, penso em como fui beneficiado com a abençoada e tá negada vacina. Ensaio um pouco, canto um pouco, especialmente pensando em MIO BABBINO CARO, que não teve a oportunidade de tomar nem uma dose da vacina e que partiu sob as asas negras e sem oxigênio do covid 19. E quantos amigos, quantos artistas, quantos pais, filhos, amigos, mães, namoradas, espooso e esposas. Quantas famílias foram desmanteladas pelo vírus mas também pela incompetência dos governos. Afinal, gerir contra o povo é papel de governos.

Porém, voltando aos algoritmos, precisamos tomar muito cuidado porque esses seres de outro planeta, talvez, tem o poder de decidir té o que você gosta, e se formos experimentar o que nos sugerem, certamente iremos gostar de uma coisa que nem jamais acreditamos e ou descobrimos que odiamos aquilo que mais acreditávamos amar. isto pode incluir principalmente pessoas. Estamos com a cara mergulhada nas telas dos smartphones desvendando a alma de quem está ao seu lado. Acreditamos que precisamos “ser mais temido que amados” (Maquiavel) e sem freios com olhos vendados mergulhamos no abismo de nossa Inconsciência. 


Estamos nos tornando um ser frio, mecanizado, sem sentimento e cheio de mimimi. Cancelamento é a ode do momento. Vico pela democracia, pela liberdade de pensamento, desde que esse pensamento seja igualmente igual ao meu sem tirar ponto, vírgula e reticências. Claro, até um novo app mudar meu pensamento é você voltar a ser o arqui-inimigo a quem devo cancelar e execrar. Preferencialmente em rede pública.


Vendo o que acontece agora nas redes em relação ao ator Caio Castro: Não sei o que ele falou, “nem estou para defender ninguém" mas li um monte de comentários odiosos, de pessoas execrando o rapaz e com certeza, igualmente a mim nem um terço da metade daquele povo leu, ou ouviu, e entendeu o que realmente o cara falou. Mas o fato é que nas as redes sociais não há espaço para quem pensa fora do que meu algoritmo dita. 


Li também que estão execrando Madonna, a Rainha do Pop, porque ela está velha. Ue! Não seria a idade uma consequência da vida? Deveríamos morrer e apagarmos nossas histórias para não desagradar ninguém? Gostaria de poder ver a net sendo usada como realmente  deveria ser usada, para semear sabedoria e encurtar distâncias, mas todos nós conhecemos a boa intenção da bomba de nêutron. 


Politicamente correto não existe, assim como a religião não existe, assim como o que  existe é tão somente uma corrida desenfreada em busca de autoafirmação e de domínio, nem que seja domínio do algoritmo ao lado. Nessa busca vamos nos modificando, nos tornando cópias e adoecendo cada vez mais. Não sei se acredito realmente nisso, mas espero que possamos um dia quebrar esse protocolo e sair do transe, que realmente a raça humana se descubra soberana através do amor, do afeto. Utopia talvez?  Que consigamos salvar o Ícaro que habita em todos  nós saltando de vez no abismo de nós mesmo e que nosso reencontro seja breve.


O ódio está impregnado no ser humano e isto não vai mudar. Voltamos nossos olhos para o mais profundo do universo mas não estendemos a mão aos nosso irmão carente, postamos mensagens prontas para quem amamos mas estamos a quilômetros de distância para um abraço mesmo estando há apenas centímetros. 


Que lástima!



Rosinaldo Luna


11/03/2022

LançaLivros SPVA


Compartilho com voces o texto postado no Instagram sobre a live de hoje a noite que será promovida pelaSPVA/RN. Convido a todos que gostam de poesia acompanhar esse bate papo. Certeza de um ótimo programa. 


A T E N ÇÃO! POETAMIGOS E AMIGOS AFINS! 


Iniciamos hoje o nosso... *LançaLivro SPVA* !!! 


Uma conversa com os nossos escritores sobre o lançamento de seus livros.


 Aproveitaremos para falar sobre o livro, influências literárias, inspiração, processo criativo, biografia, envolvimento e caminhada SPVA/RN, dentre outros pontos de destaque do autor e do livro.


E no nosso 1° *LançaLivros SPVA/RN* teremos o professor *Eugênio Oliveira* , o qual publicou pela @oweditora . Uma pitadinha sobre o livro👇🏾


O OUTRO LIRICIZADO não é simplesmente um livro de poesias, é uma convocação para o leitor pôr, ele também 'o seu' aí. Cabe também, a autoria fluídica de sentidos, direcionada aos desfechos de cada verso, como diz o poeta:


 "continuo a buscar na metafísica

  O claro...o óbvio

  O revelado...as entrelinhas"


Quanto do outro está escrito e quanto de si revelado, quantas interrogações e quantas reticencias te convidam a interagir com o poeta? Seja a companhia esperada, o coautor disponível, a voz que falta!


Como fazer isso? Participando do *LançaLivro SPVA/RN* hoje à noite. 


Autor? 


  Eugênio Oliveira


Mediadora: 


  Ozany Gomes 


Quando? 


  11/03/2022


Onde? 


  Youtube SPVARN


I M P E R D Í V E L... 


VEMMMMMMMMMMMMM...

https://www.instagram.com/p/Ca9zccSr1rm/?utm_medium=share_sheet

06/03/2022

Aniversario ESTAÇÃO DO CORDEL.

 


O Ponto de Memória Estação do Cordel retorna suas atividades na próxima sexta-feira e sábado, dias 11 e 12 de março de 2022. Um espaço cultural plantado  no Centro Histórico de Natal há cinco anos, que fez fervilhar a arte na Praça Padre João Maria na Cidade Alta. No evento entregaremos o Certificado de Mérito Cultural Poeta Chico Traíra para pessoas e entidades que foram especiais para a nossa existência!

Aqui você viaja na arte!  Venha você também!

Confira a programação!

PROGRAMAÇÃO - 5 ANOS DE ESTAÇÃO DO CORDEL

11 março de 2022 – sexta-feira

14h – FEIRA LIVRE DE CORDEL NA PRAÇA

Exposição: Xilogravura com Letícia Paregas!

15h – Tribuna Livre d@ Poeta

16h- Samba de Roda com o Bando de Fabião

17h- Cantoria em Homenagem ao Centenário de Chico Traíra com Marcos Teixeira e Domingos Matias.


12 março de 2022 – sábado

8h ás 17h – FEIRA LIVRE DE CORDEL NA PRAÇA 

Exposição: Xilogravura com Letícia Paregas!

9h – Bate papo sobre os 5 anos da Estação do Cordel

10h – O cordel no olhar de Gutenberg Costa

11h – Contação de história com Cláudia Borges

12h – Homenagem a colaboradores da Estação do Cordel com a entrega do Certificado de Mérito Cultural Poeta Chico Traíra

14h – Tribuna Livre d@ Poeta

16h – Choro do Caçoa com a presença de Carlos Zens

17h – Slam na Praça – Rima Central


Conheça o Canal da Estação do Cordel e se inscreva! https://bit.ly/37AX1FD

23/02/2022

NA JAULA DA MONGA

ESPETÁCULO A MULHER MONSTRO 
 Por Rosinaldo Luna 



 
 Acredito que a imensa maioria das pessoas já ouviu falar da mulher monstro, a Monga dos parques de diversões, a moça que se transforma em macaco. Essa figura que eu nunca ví, mas ouvi e presenciei inúmeras vezes crianças, adolescentes e até adultos saírem correndo de dentro da jaula da fera. Nunca tive coragem de entrar ali. Tenho um verdadeiro fascínio por esse personagem, a ponto de nunca ter entrado em sua jaula. Até a última quinta feira 17//02/2022 quando fui finalmente assistir ao espetáculo da S. E. M. Cia de Teatro que faz temporada todas as quintas feiras de fevereiro no circo do Bisteca e Bochechinha. Os famosos “prints” das redes sociais foram o impulso para a construção do texto, uma colagem de falas reais de figuras públicas e de anônimos, atualizando o conto “Creme de Alface” do renomado escritor gaúcho Caio Fernando Abreu. A peça aborda os absurdos lidos e ouvidos de forma tão escancarada no dia a dia e, agora, acentuadas nos últimos tempos não só na internet. A criação do espetáculo começou em 2015, na efervescente crise política, financeira, ética e moral do país, e joga na nossa cara a intolerância, decorrente da discriminação vista e sentida no convívio social. Durante pouco mais de uma hora, o ator José Neto Barbosa domina totalmente uma plateia hipnotizada com seu personagem patético, ridículo, preconceituoso, xenofóbico, homofóbico apesar de “ter amigos gays”. Negacionista convicta, se entope de cloroquina, é contra as cotas, contra os programas sociais, contra tudo que não a beneficie e garanta seus mimos de madame fútil. Aponta, condena a morte, aponta arma para os menos favorecidos e minorias e tudo isto com uma bíblia nas mãos e em nome da honra e da família. Alguem já presenciou uma cena com um personagem assim? O espetáculo começa com a monga algemada por correntes em uma jaula. Apesar de nunca ter estado na jaula do monstro, creio que o processo se dá ao inverso, no parque a mocinha se transforma em monstro na peça o monstro se transforma em uma mulher cis, loira artificial, e muito mais monstruosa que o próprio monstro que a aprisiona. Escrita pelo próprio José Neto Barbosa, esse jovem ator potiguar que tem hoje destaque nacional tendo ganhado os mais importantes prêmios do teatro brasileiro, inclusive com o Prêmio de Melhor Monólogo Nacional pela academia de artes do teatro no Brasil e melhor ator e melhor espetáculo pelo Festival Internacional Janeiro de Grandes espetáculos onde recebeu o prêmio COOPERGÁS. 
 Polêmico, o espetáculo teve problemas em vários lugares por onde passou. No festival de teatro de Curitiba foi proibido de ser apresentado no espaço oficial do evento, porém, se apresentou na rua, nas ruinas históricas, de forma gratuita e teve recorde de público. Em Pernambuco o ator foi apedrejado por militantes bolsonaristas que invadiram o local da apresentação e atiraram pedras contra os artistas. Mesmo assim, eles não desistiram.

José Neto Barbosa

Depois da chegada aterradora da pandemia, como todos os artistas, a companhia entrou em recesso forçado só retomando as atividades ano passado, cumprindo todos os protocolos de biossegurança, com público reduzido para garantir o mínimo de risco para quem vai assistir. Fazer um monólogo é uma experiência única, depois de pisar no palco o ator está só, como um barco à deriva. É preciso muita segurança para que o texto seja conduzido, que o ator consiga prender a atenção da plateia e A Mulher Monstro é um dos mais complicados, técnicos e difíceis textos que já vi. O personagem instável, oscila entre lagrimas e gritos de ódio, comicidade e angustia, tudo isso aliado a luz, ao improviso, a interação direta com a plateia num jogo de troca de textos que só um grande ator pode dominar além da cena em si. A jaula onde o ator está aprisionado é uma das soluções cênicas mais opressoras que já presenciei. Confesso que em certos momentos cheguei a sentir pena daquela mulher tão presa, tão tolhida até de pensamentos. Aquela jaula parecia esmagar os ossos da daquele ser que mesmo berrando palavras de ordem e ódio, me parecia um ratinho indefeso diante da força do seu predador. Tiro meu chapéu para o José Neto. Técnico sem esquecer a emoção, seguro, objetivo e consciente do que quer dizer e falar. Me impressionou em uma das cenas mais fortes quando a mulher chora, que ficamos, as pouco mais de cem pessoas da plateia; sim, o público é reduzido, estáticos, no mais profundo silêncio por quase cinco minutos. Aquele ator nos acorrentava com os olhos. Tinha medo de respirar alto e ser atacado por aquele ser tão visivelmente instável. Depois desse tempo, esperando o que viria depois, aquela mulher que esbravejava, gritava, xingava e ofendia se desmancha em pranto diante de nós. Ela indefesa em sua prisão e do lado de cá, todos nós, incapazes de fazer alguma coisa, igualmente presos e oprimidos em nossos traumas e frustrações. Na realidade, estamos nós também aprisionados em nossas jaulas, sejam filosóficas, sejam ideológicas, religiosas, sociais. Estamos todos presos e imobilizados por nossos próprios monstros. Todos nós temos uma monga dentro de nós. Monstros impostos por padrões e regras sociais que são criadas para dominar e aprisionar. 
Tenho muita admiração pelos atores. Tenho ainda mais admiração pelo ator José Neto Barbosa e por tudo que ele representa para o teatro potiguar. Ainda dá tempo de conferir. Bom espetáculo a todos. 

Rosinaldo Luna 

 SERVIÇO: Espetáculo Teatral A Mulher Monstro 
Dias: 03, 10, 17 e 24 de fevereiro 2022 (quintas-feiras) 
Horário: 20:00h 
Local: Estacionamento do Shopping Cidade Verde – Circo Bisteca e Bochechinha Endereço: Av. Ayrton Senna, 1995, Nova Parnamirim 
Classificação indicativa: 16 anos 
Ingressos: Na bilheteria ou pelo 
Simpla: https://www.sympla.com.br/a-mulher-monstro-no-circo__1466906

11/11/2021

A deliciosa viagem do Proto Henrique IV

 


Foto de internet
Ola. Voltando aqui parra tentar escrever sobre um espetáculo que assisti pelos meios virtuais esse dias. Proto Henrique IV é uma obra do Pirandello adaptada e traduzida pelo ator, diretor, produtor Claudio Fontana. Um belo e forte espetáculo. EM cena um personagem louco em uma cenografia tão opressora quanto oprimida. Sente-se pela cenografia a angustia, o aperto no peito o sufocar que o personagem sente. Tudo com muita beleza, muita técnica e muita emoção.
Foto de internet

Eu conheci o trabalho do Gabriel Vilella há algum tempo quando ele esteve em Natal e dirigiu o grupo Clowns de Shakspeare em SUA INCELENÇA RICARDO III que lançou os clowns para o Brasil e américa latina. Me encantou o estilo do figurino, do adereço e da cenografia. E desde então tenho procurado ver o que esse genial diretor faz pelo teatro. Tudo no trabalho do Gabriel Vilella é de uma força extraordinária. Em PROTO HENRIQUE IV não seria diferente. De uma sutileza e delicadezas incríveis, Gabriel traduz em suas marcações a delicadeza das pétalas, do cristal, e tem vezes que temos a impressão que o ator pode trincar ao mais sensível toque. Um deleite para a alma.

A loucura é algo fascinante, e me atrai desde muito cedo. Observando os loucos as vezes tenho a impressão de que são os únicos capazes de sentir a felicidade verdadeira. Será? No mínimo a loucura sintetiza a liberdade. De não set ter pudores, de não se seguir regras, de não, de não, de não. E em sua loucura Proto Hernique IV nos apresenta um homem atordoado por seus fantasmas, preso em seu mundinho limitado, seu sóton(?). Talvez. Nesse belíssimo texto, O personagem do Pirandello vive em seu mundo imaginário desde que sofreu um acidente de cavalo e ao retornar do trauma continuou a viver como o rei Henrique IV, personagem de que se fantasiara no momento do acidente e que passou a viver como sendo o próprio.

Foto de Internet
Interpretado pelo excelente ator Chico Carvalho, o espetáculo nos devora, nos leva para o interior do personagem, nos prende do inicio ao fim. Em parceria com o Chico, um jovem ator. Igualmente forte, igualmente talentoso, Breno Manferedine é um rapaz que poderia se dizer que tem muito a aprende, porém me parece que ele já chegou no palco pronto. E creio que sim. Ambos no promovem um jogo espetacular. nos mostrando o quão importante é para uma produção, um elenco afinado, equilibrado e talentoso.

Gabriel Vilella e Claudio Fontana, diretor e produtor, respectivamente acertaram muito na escolha do elenco.

Foto de internet
A maquiagem é outra atração à parte. Temo horas que não se pode saber para onde ou o que admirar mais: a cena dramática realizada por dois excelentes atores, a maquiagem irretocável e bela criada pelo Claudinei Hidalgo, a magia dos figurinos do Gabriel Vilella ou a sutileza, a delicadeza, a alma suave do diretor que imprime sua identidade em formas e marcações. Que lindo é o trabalho desse homem. 

Se você ainda não assistiu ainda é possível. o espetáculo ficará disponível de  sexta a domingo, às 20h de graça até o dia 05 de Dezembro pelo Sympla, www.sympla.com.br e divirta-se muito.

Recomendo a todos que gostam e admiram uma bom teatro que aos poucos está retomando seu espaço. Que os deuses nos guiem de volta e plenamente.

By Rosinaldo Luna

Serviço:

Teatro

Texto: Luiggi Pirandello

Direção: Gabriel Vilella

Produção e tradução: Claudio Fontana

com Chico Carvalho.

13/09/2021

Mais de Insight Insano.


Tenho recebido alguns feedbacks relacionados ao monologo Insight Insano que estreei  dia 20/08 e alguns me chamaram muito a atenção. Resolvi publicar este que me fez ver o espetáculo com outros olhos, além da minha própria
concepção, o texto da querida Graças Luna me fez pensar novas perspectivas. Estero que gostem tanto quanto eu de suas palavras.

"Desde que eu nasci, eu vivo aqui" Diz Ícaro. Que belo começo! 

Quem de nós se dá ao privilégio de se colocar no mundo dessa maneira? Perceber-se como Ícaro? Quem em algum momento parou pra pensar que desde que nascemos vivemos e fazemos parte de um contexto? Basicamente poucas pessoas se dá ao luxo de pensar assim. Ora, em Insight Insano, eu penso, que Ícaro é um personagem capaz de relatar seu mundo interior, embora se preocupe de que os outros "vão pensar que" ele "é louco". Ele, inteligentemente, fala das "máscaras", da sua própria e das nossas. Penso que isso é algo tão real! Todos nós usamos máscaras! E de fato,  as nossas máscaras não permite que os outros "vejam" nossa "alma"! E Ícaro diz de forma tão singela e profunda: "A máscara, a dona do meu ser!!" quão verdadeiro é ele neste momento! Penso, que muito mais verdadeiro que qualquer pessoa sã! Não que eu esteja diagnosticando ele de louco, não me responsabilizaria por tamanha afirmação! Ora o "rapaz" não quer ser um louco, quem de nós quer? Mas quantos de nós tem esse potencial de ser louco em algum momento e destravar a língua e o inconsciente de modo a deixar cair nossas máscaras, e deixar fluir o  pensamentos, as angustias,  sofrimentos, dores, solidão, fraquezas e desejos?  escaparem de nós até que estejamos esvaziados de tais sentimentos a ponto de nos sentir curados deles? Ou pelo menos dá a eles uma ressignificação diferente, de modo a favorecer nossa saúde mental e física? Poucos. Penso que alguns de nós nem percebemos que vivemos realmente atrás de "máscaras" e a colorimos ou não, de acordo com as situações que a vida nos impõe. Quem diria que sem querer,  fazemos isso como se manipulados, eu penso,  pelo nosso inconsciente? Algo que me chamou também atenção em Ícaro é que ele questiona-se sobre a própria morte, "acabou a luz da minha vida", debocha ele da viúva chorosa".  Muito cômico se não fosse irônico!

 Insight Insano, penso que é algo realmente, capaz de nos fazer pensar sobre nossa própria existência, nossa  saúde mental, a saúde mental do outro, e o que carregamos dentro de nós mesmos, fechado a "sete chaves", e o que pensar sobre nossa e própria existência no mundo. Mas é difícil perder se dentro de nós mesmos, quase ninguém o quer. Dói para Ícaro e dói para nós também... Como diria Clarice Lispector: "É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo." E é assim, penso, que vamos enganando-nos  vida a fora rumo a morte... "Mas eu não quero morrer" diria o Ícaro. Mas sim, penso que morremos cada dia um pouco, por trás de nossas lindas máscaras. E chamamos isso de viver.

By Graças Luna

08/08/2021

Musicas Faladas no you tube

     Cantar é algo que nasceu em mim. Canto. Gosto muito de cantar mesmo que seja como a música do Cazuza dizia "Eu sou assim com a minha voz desafinada... Canto pra me mostrar. De besta" Mas cantar é na realidade uma válvula de escape para mim desde sempre. Canto em casa, no banheiro e de uns tempos para cá nas redes sociais. Porém, muito prazeroso é "falar" música. Pegar a letra e interpretar, como quem interpreta um texto, recita um poema. Pegar uma letra interessante e transformar em uma conversa.

https://www.youtube.com/watch?v=_Nr-ijSgMPw

    Que visita meu canal no youtube já viu, certamente as músicas faladas. Quem não está perdendo. Então vamos levantar sesse dedinho e clicar no link abaixo e se inscrever? Não dói e nem custa nada. Só o tempo do seu prazer.

https://www.youtube.com/channel/UCLhA54GR42v8hb5LwTJG6Cg

INSIGHT INSANO te levará a descobrir qual o grau de loucura você vive.

 



Coma-se, devore-se e perceba que tudo que está em ti nada é seu, nem o pensamento...são máscaras... Máscaras que permitimos modelar por outros, que não são nós mesmos, que não estão preocupados conosco, mas obrigar nos fazer o que eles querem,  que sejamos o que eles próprios jamais serão. Somos moldados para poderem esconder-se por trás de nós ou de si mesmos... (Ícaro)

 

Com esta fala, Ícaro convida a uma mudança, a partir de dentro. Esse grito conscientiza todos que estamos sempre preocupados em agradar o outro. E isto vai nos fechando, nos adoecendo até o momento que nos conscientizamos e quebramos a carcaça. Os padrões e protocolos que nos aprisionam.

 


Durante a pandemia o ator se reinventou, buscou novos formatos e descobriu  novas formas de trabalhar. Invadiram as redes sociais, os streams, e partiram numa avalanches de lives, de video, performances e toda sorte de recursos criativos para não parar suas atividades e claro, não enlouquecerem. O resultado foi a descoberta de novos formatos e de novas formas de levar o teatro até os lugares mais improváveis, seja na telo da tv, do computador ou dos aparelhos celulares, o teatro esteve presente. Curando o tédio do isolamento e afastando os sintomas da depressão.

É nesse cenário que se desenvolve a temática do INSIGHT INSANO, monólogo escrito e encenado por Rosinaldo Luna, ator potiguar que traz para o palco seu Ícaro, personagem preso nos labirintos da mente, perdido no limbo, sem noção do espaço tempo, porém em busca de si. Ícaro está preso em sua mente e a única referência do externo é um jornaleiro que passa diariamente e que é uma holografia de si num passado distante, que passa todos os dias, no mesmo horário e que repete o mesmo ritual: joga um jornal e vai embora ignorando os gritos solitários do Ícaro o convidando para um chá.

Inspirado em dois textos psicológicos, O DIARIO DE UM LOUCO de Nicolai Gogol, teatrólogo russo e A VALSA Nº 06 de um dos maiores teatrólogos brasileiros, Nelson Rodrigues; Rosinaldo Luna foi buscar nesses dois autores, material para tratar sobre a loucura.

Tomando como base os padrões impostos pela sociedade: beleza, estéticos e materiais, temos em cena um homem enlouquecido sob a pressão social e os conflitos constantes por enquadramentos em discurso e posturas politicamente corretos, que geralmente vem de forma vertical, de cima para baixo e onde o simples fato de questionar pode tomar um rumo desastroso para o questionador.


A proposta desenvolvida é muito nova para todos os artistas envolvidos no processo. Os ensaios foram de forma virtual até as últimas semanas da montagem, partindo para o palco apenas para os desenhos de luz e som. A forma on line traz novos elementos que interferem de formas diversas. O gato, o cachorro do vizinho, o carro que para a visita que chega de forma inesperado no meio do ensaio, ou uma chuva torrencial que cai de repente não dando tempo para recolher material, uma vez que o ensaio se deva na área externa da casa. É talvez o trabalho mais solitário já realizado pelo ator. Este novo ambiente obriga o ator a desenvolver maneiras de distanciamento total dessas interferências.

O patrocínio para a montagem foi possível devido ao edital de auxilio emergencial da #LeiAldirBlanc #GovernoFederal, que tornou possível cobrir alguns custos, porém, foi preciso usar a verba de forma criativa e econômica, o que fez o ator arregaçar as mangas e desenvolver um cenário desmontável, com baixo custo porém funcional, construir figurinos, elementos de cenografia etc. Os adereços de cena foram construídos com técnicas de artesanatos utilizando papel, papelão, revistas e cola. Produtos que seriam destinados ao lixo mas que nas mãos do artistas viraram objetos únicos para serrem usadas na peça. Tornando o trabalho também importante na construção do equilíbrio ecológico.

Fazer cultura nesse país, especialmente teatro nunca foi fácil. O ator sempre quebrou pedras com as unhas para construir suas estórias. Geralmente sem apoio, sem reconhecimento e sem espaços adequados para a plena realização do espetáculo. O ofício do artista sempre foi dolorido, seja em que área atue, sempre foi assim.

Nesses últimos tempos a coisa piorou, foram os primeiros a pararas atividades e serão os últimos a retomar, ao menos de forma presencial e plena. Porém a magia da arte é inerente a alma do artista. Se fortalece a cada muralha que precisam traspor. Aliás, a pandemia desencadeou dentre outros problemas uma nova onda de dor, a depressão; doença tratada como tabu por muitos, silenciosa, cruel e dolorosa. Mortal.

INSIGHT INSANO se faz necessário para todos os públicos, especialmente para empresas que buscam qualidade de vida para seus colaboradores, para alunos dos diversos cursos na área de saúde, principalmente saúde mental, encontros, conferências, simpósios, além da sociedade em geral.

É um espetáculo feito para você se questionar, se perturbar, te tirar do lugar.

A estreia acontecerá no dia 20/08/2021, as 19:30h no auditório da Se. Municipal de Educação de São José de Mipibú/RN de forma presencial com número reduzido de pessoas, respeitando o afastamento social.

OBS: USO DE MÁSCARA É OBRIGATÓRIO.

 

SERVIÇO:

TEATRO - INSIGHT INSANO

TEXTO: ROSINALDO LUNA

DIREÇÃO: MARINA GADELHA

DIR. MUSICAL: NILSON ELOY

PREP. CORPORAL: JANIELE ALLINE

CENOGRAFIA E ADEREÇOS: ROSINALDO LUNA

OP. DE LUZ: JANIELE ALLINE

OP. DE SOM AO VIVO: NILSON ELOI

PATROCINIO LEI ALDIR BLANC

SEC. NACIONAL DE CULTURA E TURISMO

GOVERNO FEDERAL

 

LOCAL: AUDITORIO DA SEC. MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU

ENDEREÇO: RUA 15 DE NOVEMBRO, CENTO, SÃO JOSÉ

HORA: 19:30h

TRANSMISSÃO AO VIVO PELO YOUTUBE

CANAL TV ENGENHO CULTURAL

https://youtube.com/channel/UC4a1rRU1WWKoeozf6B3UzaA

 

 

 

 

 

 

 

 



04/11/2020

Sou amigo do Miguel Falabella



Mentira. não sou amigo do Falabella mas gostaria. Não só pelo artista de sucesso, não pelo grande ator que ele é, não pelo diretor, autor e todos os atributos que esse multi artista representa e executa com tanta propriedade e talento. Não. Sempre admirei o artista Miguel Falabella, mas nunca tinha tido a oportunidade de estar na mesma sala que ele, con vêlo como o Miguel, sem ser o personagem. E me surpreendeu ontem, terça feira 03/11/2020 ao participar de um seminário, A CADEIA PRODUTIVA DO ESPETÁCULO TEATRALDONTADA E CANTADA POR QUEM O FAZ que tem como mentora a professora Deolinda Vilhena da escola de teatro da UFBA e que reunirá até 15/12/2020 os mais seletos profissionais da área. Por lá já passaram Gabriel Vilella, o grande homenageado do projeto até ontem com a aula emocionante do Miguel Falabella.

O artista trabalha com a emoção, sabemos disso, mas o Miguel ele é a própria personificação da emoção. Durante o bate papo de mais de duas horas, que me pareceu 15 minutos, ele deu conselhos, falou de sucessos e fracassos, devaneou, e se emocionou, diversas vezes. 

Eu acredito no artista que chora emocionado quando visualiza uma marca cênica, que chora quando descobre um diapasão, um time, uma pausa. E o Miguel é desse tipo. Artista de alma. 

Me tocou o relato de uma situação que aconteceu em que uma figurante teria sido mau tratada pela produção e ele encontrou a mulher chorando. Essa mulher foi acolhida, ou adotada por ele, como ele gosta de falar e ganhou fala, e terminou entrando para o seriado Pé na Cova que ele escreveu e dirigiu ao lado de grandes atores, dentre eles Marilia Pêra, sua amiga inseparável e inesquecível.

É um artista incansável, que dorme geralmente quatro horas pro dia e que é incapaz de viver longe do palco. Ele atua, canta, dirige, escreve, produz dá emprego um um numero expressivo de atores, coreógrafos, bailarinos, produtores e técnicos e mesmo no meio de todo esse tornado de responsabilidade ainda tem tempo para a delicadeza que é criar o belo, emocionar atores e plateia com seus musicais.

O próximo desafio é o musical MARROM que levará ao palco a historia da grande sambista Alcione, e que a exemplo do ELZA cem toda certeza será um grande sucesso. 

E pensar que foi devido a uma pandemia, um isolamento social forçado, no meio de tanta dor que essa oportunidade única para mim apareceu. Conhecer Nanda Rovere, jornalista paulista que se apaixonou por Natal e que é também apaixonada pelo trabalho do Gabriel Vilella, assim como eu e que desse encontro tem me colocado nesse circulo tão especial do teatro nacional

Só gratidão e felicidade e torcendo para que gerem frutos porque tambem não vou aqui pousar de besta nê? 

Viva o tetro nacional, viva o artista brasileiro e viva o Miguel Falabella.


By

Rosinaldo Luna


25/10/2020

SEMENTES DO... MEU SERIDÓ

 










“Ao sertão sou eu que vou chegar primeiro,

Eu que vou chegar primeiro ao sertão,

Ao sertão sou eu que vou chegar primeiro..."

 kkkk delicia de musica chiclete cantada pelos talentosos Caio Padilha e Marcílio Amorim no espetáculo MEU SERDÓ, projeto da  CASA DE ZOÉ e que escancara para todo o brasil, e para  o mundo o orgulho e o amor que Titina Medeiros nutre e consagra ao seu chão. A terra que lhe pariu e a moldou do barro seco, da poeira dos redemoinhos e certamente, da garra desbravadora do povo nordestino.

Meu Seridó é um espetáculo com cor de terra seca, com a alegria que só são capazes os que venceram as agruras do sertão e que por isso, não tem nada a temer. Nem uma dor, nem uma tristeza tudo se transforma em bons encontros. Em família unida mesmo o pau cantando kkkkk.

A pesquisa foi realizada in loco. A trupe de atores e equipe se embrenharam no sertão de Acarí, cidade situada na região seridó no rio grande do norte e é terra natal da atriz Titina Medeiros. Na realidade não foui um mergulho apenas na geografia seca do semi-arido seridoense, mas um salto muito mais profundo para dentro das raizes, da ancestralidade daquele povo tão peculiar. O resultado é uma descrição minuciosa, quadro a quadro da istoria do surgimento desse povo tão especial e guerreiro.

O espetáculo está em temporada ON LINE GRATUITA minha gente. Domingo dia 25/10 as 20 no canal da Casa de Zoé no youtube.

Parabéns Cesar Ferrario pela direção, Nara Kelly, queridíssima e estupenda atriz arabens pela beleza e feminilidade em cena. Enfim, parabéns a todo elenco. Quero ver muito mais vezes. E que essa pandemia passe para poder rever ao vivo, na rua, no teatro.

ESTE É O LINK: https://www.youtube.com/channel/UCtmoeSTWNu_GmfGX7BJgmbQ então preparem a pipoca, apaguem a luz da sala e vamos embarcar junto com a galera do Seridó.

Porque se não correrem vocês não chegarão primeiro ao sertão. kkk


Rosinaldo Luna

MEU SERIDÓ

Teatro

Gênero: drama

Classificação etária: 12 anos

Duração: 70 minutos

 

Ficha Técnica

Direção: César Ferrario
Dramaturgia: Filipe Miguez
Direção de arte: João Marcelino
Direção musical: Caio Padilha
Pesquisadora: Leusa Araújo
Design de luz: Ronaldo Costa
Cenotécnico: Rogério Ferraz
Produção executiva: Arlindo Bezerra
Operação de luz: Janielson Silva e Ronaldo Costa
Operação de som: César Ferrario
Técnico de montagem: Sandro Paixão

Elenco:

Titina Medeiros, 

Nara Kelly, 

Caio Padilha, 

Marcílio Amorim e 

Igor Fortunato


05/06/2020

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Sou eu quem escolho o que fazer e como fazer da minha carreira. Não que isto se aplique no geral do contexto, uma vez que o mercado nos obriga a fazer certos papeis que não seria exatamente o que se gostaria  de fazer. Viver de arte num mercado tão micro e fechado onde falta tudo, desde incentivo financeiro a postura, ainda colonial de fazer arte, nos dá uma sensação de desamparo. De injustiça em alguns casos.
Eu sou um reclamão sem causa, falo de mais, reclamo de mais. Muito mais pelos outros que por mim. Sou um artista que não vivo da arte, felizmente me propus a ter uma segunda profissão para garantir a sobrevivência da família. Então não justifica esse meu texto? Devido a instabilidade do oficio do artista fiz opção por ter uma segunda profissão que me garantisse o mínimo. Então não poderia nem reclamar, mas falo isso por que vejo meus colegas que optaram por viver de teatro, de musica que sofrem e pagam um preço alto por suas escolhas. Mas vejo neles um prazer enorme de dizer que vivem de sua arte.
Para colocar mais a prova ainda o artista, vem uma pandemia onde fomos os primeiros atingidos e seremos os últimos a podermos voltar aos nossos oficios artísticos e profissionais. Diante de tudo que se tem feito pelos governos para auxiliar os profissionais autônomos, não vi nenhuma indignação ou relação a este auxilio, porém, no momento que se falou sobre o socorro ao setor criativo, inúmeras pessoas posicionando-se contra. Esses mesmos que vivem em frente as televisões, os mesmos que sempre compraram cd's e dvd's piratas e que hoje se utilizam de sites pouco confiáveis para piratear tv a cabo e etc. Continuam baixando musica de graça da internet sem pensar que para produzir, compor a musica, criar a capa do cd, a fotografia demandou-se o trabalho de varias pessoas, que por sua vez geram impostos, que tem outas pessoas dependentes: filhos, pais, mães, esposas, esposos. E você aproveita o produto dessa q=turma no carro, no quarto, nos momentos de lazer e relax. Então porque voce acha que justamente esse profissional que lhe ajuda a suportar o estresse não merece receber pelo seu trabalho como todo profissional informal? Se depois de ler isto e ainda assim continuar o mesmo pensamento, tente viver sem o trabalho do artista. Quero como artista exigir que essas pessoas retirem tudo que tenham em casa que seja produto de arte. não ouça musica, não vejam filmes, series, retirem das paredes os quadros, mesmo as copias compradas nas lojas de artigos populares. Vamos fazer esse desafio?

Rosinaldo Luna
Ator/Diretor/Teatrologo/Artista

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