12/08/2011

Futebol americano em São Paulo do Potengi

DIARIO DE NATAL




Esportes

Edição de quinta-feira, 11 de agosto de 2011



Bulls potiguares 








A cidade de São Paulo do Potengi, distante 76km da capital Natal, promete se tornar a capital potiguar do futebol americano. Uma das mais tradicionais equipes do esporte no Rio Grande do Norte, o Bulls Potiguares, já adotou a cidade como sua nova casa e neste sábado (13), às 16h, fará sua primeira partida oficial no Estádio Augusto Gomes da Rocha, que está sendo adaptado para a prática do futebol mais popular dos Estados Unidos, contra a equipe do Ceará Cangaceiros, de Fortaleza-CE, em jogo válido pela Liga Nordestina de Futebol Americano (Linefa). Durante esta semana alguns integrantes da equipe estiveram em São Paulo do Potengi realizando apresentações do esporte nas ruas, escolas e na praça pública. Tradicional nos Estados Unidos, o futebol americano vem ganhando cada vez mais espaço no cenário brasileiro, nordestino e norte-riograndense, como destacou a edição de 12 de junho de O Poti. Na publicação, o jogador e técnico do Bulls Potiguares, Alysson Luiz, fala que uma das grandes dificuldades do esporte éa falta de incentivo das entidades públicas e privadas. Em entrevista ontem ao Diário de Natal, porém, ele enalteceu a iniciativa pioneira da cidade da região Agreste, que pretende se tornar referência no esporte. "Estamos sendo muito bem acolhidos aqui", disse. O secretário de esportes do município, Ewerton Vieira, disse que os atletas irão desfrutar de toda infraestrutura necessária para a partida deste sábado, desde transporte, alimentação e hospedagem, para o grupo que já está na cidade, em uma pousada de São Paulo do Potengi. "Estamos dando um apoio para o pessoal para que a cidade possa conhecer mais uma modalidade esportiva", salientou. O Estádio Augusto Gomes da Rocha, palco da partida, tem dimensões de 110x60m, iluminação, vestiários e está sendo demarcado de acordo com os padrões oficiais da Linefa para a prática do futebol americano. (LX)

Enviado pela Ilma. Sra. Izete Campos.

Fico feliz pela oportunidade dos jovens participarem de novas modalidades esportivas. Falta para completar, que os getores também se voltem para o incentivo à CULTURA e verdadeiramente promovam o fomente dos saberes do povo.

 

09/08/2011

Pânico invade velório de Amy Winehouse.

Nada contra, nem a favor, de certos programas ditos "humorísticos" da tv. Porém, acredito que tudo tem um limite e acima de tudo, mesmo com o consentimento das "vitimas" destes "humoristas" apresentarem suas caras em seus quadros engraçadinhos, ainda deve se pensar no espectador que nem sempre está afim de ver as grosserias e falta de gosto de certos quadros. É preciso que os produtores caiam em si e vejam que sucesso não é sinonimo de "tudo posso". É preciso respeitar o públcio e principalmente o indivíduo.

O programa pânico levou ao ar ontem, o programa onde invadiram o velório da cantora Amy Winehouse e divulgaram fotos na Tv. Mesmo em tom sóbrio o fato pegou muito mal e foi ruim pro programa. Bem feito!

Pegou mal pacas. A divulgação das fotos do humorista Daniel Zukerman e do produtor André Machado no funeral de Amy Winehouse, há cerca de duas semanas, teve uma repercussão tremendamente ruim. Choveram comentários negativos por toda a internet. Teriam os caras ido longe demais?


O "Pânico na TV" acusou o golpe. A matéria sobre a invasão só foi ao ar ontem, quando o assunto já havia esfriado. O tom foi quase sóbrio, de "homenagem" à cantora. E a vítima da invasão foi convenientemente deslocada: agora se tratava de uma "trollagem" à imprensa internacional, essa malvada.


Ainda disseram no começo da reportagem que os alvos do golpe eram os tablóides britânicos, o cachorro morto do momento. No final, mais críticas aos paparazzi e ao tratamento sensacionalista que Amy recebeu, tanto na vida como na morte. E ainda teve fãs cantando "Rehab" no YouTube, olha só que coisa mais fofa.
Que falta de respeito!

Uol-Noticias

Não sou fã da Amy, porém tenho profundo respeito pela artista. As consequencias que a levaram à morte foram a soma de muitos e inúmeros fatores. Porém, aqui falo sem vergonha nenhuma;Talvez minha "caretice" tenha me tolhido e deixado de conhecer uma grande artista que além de talento para os escândalos ainda praticava a boa qualidade musical e perdi muitos momentos bons desta artista tão intrigante que agora, após sua morte estou ouvindo com mais atenção.

Sem problema, talvez tenha uma certa atração pelos artistas mortos. Muitos me chegaram após morrerem. Elis Regina foi assim, depois de morta é que consegui ver a grandiosidade de sua musica e o tamanho do seu talento.
Graças a Deus que naquela época estes tipos e programas não existiam no Brasil e não houve nenhum programa de mau gosto "invadindo a dor dos amigos e fãs" me seu velório.

Que coisa feia Pânico!

Rosinaldo Luna
fonte Uol noticias.




07/08/2011

Entrevista da Diana Fontes ao Diário de Natal.

Sou muito fã da coreografa e diretora Diana Fontes. O sucesso do 3o. Encontro de Dança Contemporânea do RN, deve principalmente à sua garra e determinação. O Diário de Natal publicou um entrevista maravilhosa com a artista. Por outro lado, também o repórter Sérgio Vilar dá show na redação e resultou na matéria a seguir.

A 3ª edição do Encontro de Dança Contemporânea do Rio Grande do Norte (encontrodedanca.com) teve início segunda-feira e segue até domingo com uma proposta clara: popularizar e tornar a dança compreensível ao grande público para então pensar em tradição e só assim construir caminhos sólidos para a evolução do setor. A programação contempla apresentações de grupos locais e convidados nacionais, além de palestras com alguns expoentes da dança no Brasil e Portugal. O Teatro Alberto Maranhão recebe os espetáculos locais e nacionais até sábado, sempre a partir das 20h30. Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia). O outro palco do evento é a Casa da Ribeira, sempre às 16h, com apresentações locais, palestras e acesso gratuito. A programação na Casa da Ribeira segue até domingo, quando se insere no projeto Circuito Cultural Ribeira. Em ambos os palcos, o intuito de fundamentar a discussão sobre a dança contemporânea no estado. Quem fala mais é a coordenadora geral do Encontro, a diretora de teatro Diana Fontes.



Qual a discussão pertinente para a dança potiguar agora?



O Encontro sempre tem um mote. O primeiro foi sobre o que era a contemporaneidade e qual o processo para o bailarino. O segundo, recaiu em cima da estética e ética da contemporaneidade. Nesse terceiro o mote é Tradição e Contemporaneidade: parceiras ou antagônicas?.



E qual o resultado prévio?



Na dança existe muito essa coisa de se dizer "bailarino contemporâneo", de ter liberdade de criar à sua maneira. Será que dessa forma ele não se fecha cada vez mais em um gueto? É o seu falar, sua forma de se expressar, mas para quem? Muitas vezes o público em geral - o nosso foco - se assusta com essa liberdade. Então, se torna uma arte não-entendível. Onde está a comunicação? É preciso respeitar o tempo do público ou o bailarino vai continuar sem público, sendo gueto. Essa busca é em todo o Brasil, em todas as esferas. Queremos um produto de massa. Eu quero popularizar a dança em meu Estado, mas com qualidade, que é diferente de massificação. A liberdade é massa, mas tem que ter um lucro. Penso que a contemporaneidade funciona como uma grande espiral: ela gira, informações giram, são intensas, mas se não tiver um núcleo, ela voa, se perde no ar.



Há um macete para o público começar a entender dança?



O público se identifica se você tiver identidade naquilo que está fazendo. Pode ser correndo, parado, dançando. Ele percebe, mesmo que à sua maneira. Essa identidade buscamos pela liberdade de criação, mas a partir da gama de informações do hoje sem tirar o pé do barro, da história. É o olha interno. Agora, se acha que dança contemporânea é livre e se faz o que quer, não dá. A contemporaneidade exige um processo que inclui a liberdade e referência. As informações chegam muito rápidas. Ou você identifica essas informações e elabora um mix com suas referências pessoais ou você e o público se perdem em um abismo. Um exemplo: Chico Science estourou porque mixou a contemporaneidade com a referência dele. Cleber Oliveira, que tocou ontem, une a música eletrônica com tambores. Por mais que tenha rodado o mundo e hoje esteja na Alemanha, a sua música é presente e aceita pelo público.



O TAM tem aberto mais a pauta às escolas de dança?



As escolas de dança são extremamente importantes, mas não devem ser vistas como trabalho profissional. Aquilo é dança em formação. É preciso mostrar trabalhos profissionais. Veremos excelentes trabalhos nacionais e locais nesse Encontro. O TAM é o teatro oficial da cidade. Precisamos receber grandes espetáculos de fora. Agora, precisamos utilizar os espaços alternativos para transformar os espetáculos em temporadas. Aí há sistematização e abertura de edital ao setor. E teremos mais incentivo para criar. Muitos desistem porque já entram devendo. Gestores entrariam com equipamento e nós com o produto. Aí se cria público e a dança vira produto com mercado. Meu trabalho é um produto.






Edição de quinta-feira, 4 de agosto de 2011

06/08/2011

Brasil: Edital para escolha 45 artistas - até 21/08



Atenção galera de música. Essa é para voces. Este edital é muito interessante e gostaria de ver nossa Kristal, Isaac Galvão e outros músicos talentosos daqui vencendo este. Leiam se inscrevame boa sorte.  

Seleção nacional recebe, entre 4 e 21 de agosto, inscrições de músicos interessados em integrarem-se a rede com ações em todas as regiões do país

Conexão Vivo lança a versão 2011/2012 de seu Edital Nacional De Seleção Artística. Até 21 de agosto, músicos de todo o país terão oportunidade de se inscrever no edital, que garante aos selecionados a sua participação na rede do programa, uma das maiores plataformas de incentivo ao desenvolvimento da cadeia produtiva cultural no Brasil.

Serão selecionados 45 artistas, sendo 30 de música cantada e 15 de música instrumental. Os escolhidos pelo edital participarão de um circuito de shows e atividades formativas que inclui as cidades de Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Florianópolis, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Luiz, São Paulo e Vitória, entre os meses de setembro de 2011 e setembro de 2012.

“Nosso intuito é fazer com que os investimentos da Vivo em cultura representem uma celebração da riqueza e da diversidade cultural brasileira, permitindo um maior intercâmbio entre artistas de diferentes localidades. Queremos criar redes que possibilitem aos diversos agentes culturais a troca de conhecimentos e experiências, contribuindo para a evolução do mercado cultural brasileiro”, explica Marcos Barreto, gerente de Desenvolvimento Cultural da Vivo. O programa promove ainda a veiculação e distribuição gratuita dos conteúdos gerados dentro e fora do país por meio de dispositivos móveis, web, rádio, TV e demais mídias físicas convencionais.

Inscrições - As inscrições do Edital Nacional De Seleção Artística Conexão Vivo são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente pelo portal www.conexaovivo.com.br. Qualquer músico pode se inscrever, individualmente ou como representante de grupo ou conjunto, desde que possua perfil no portal com, pelo menos, duas músicas completas, release/currículo e foto. O edital acontece via internet, por isso não há necessidade de envio de material físico. Além disso, não há restrições: os trabalhos podem ser autorais ou versões, assim como instrumentais ou cantadas em qualquer idioma.

Após o encerramento das inscrições, haverá uma pré-seleção realizada por um conjunto de profissionais da música, que entregará 250 nomes para a avaliação final. Estes serão selecionados por uma nova equipe de curadoria, além de serem submetidos a de votação popular.

A curadoria utilizará critérios como o respeito à diversidade cultural brasileira, a singularidade e a autenticidade das obras apresentadas, aspectos técnicos de execução (performance) e produção, conteúdo poético, ritmo, melodia e harmonia, além da trajetória artística e cidadã do artista.

A escolha do público se dará por meio do portal www.conexaovivo.com.br, nas redes sociais ou via dispositivos móveis, a critério da comissão organizadora. Serão eleitos seis perfis artísticos que participarão do Conexão Vivo, sendo três artistas de música cantada e três artistas de música instrumental. A votação popular será realizada entre os dias 25 e 31 de agosto de 2011.

Histórico – A primeira edição do Edital nacional de artistas do Conexão Vivo foi realizada em 2009 e contabilizou inscrições de músicos de 23 estados. Em 2010, o Edital recebeu mais de 1.300 inscrições de artistas e 42.267 votos na escolha popular. Os selecionados tiveram a chance de mostrar seu trabalho ao vivo em shows pelos estados de Minas Gerais, Bahia e Pará, entre abril e novembro do ano passado.

Dentre os contemplados pelo edital 2009 estiveram nomes como Cérebro Eletrônico (SP), Eddie (PE), Marcelo Jeneci (SP), Nina Becker (RJ), Orkestra Rumpilezz (BA), Pio Lobato (PA) e Wado (AL), além de diversos outros artistas em que o Conexão Vivo apostou e que tiveram em 2010 um momento especial em suas carreiras, com a consolidação de seus trabalhos.

Conexão nacional - Os shows constituem a parte mais visível do Conexão Vivo, mas o programa vai muito além disso, com um esforço contínuo por enlaçar e estreitar relações entre agentes atuantes nos elos fundamentais da cadeia criativa e produtiva da música.

Em 2011, são 150 projetos incentivados em sete estados dos país, selecionados por edital, entre espetáculos, oficinas, debates e seminários, projetos de gravação de CDs e DVDs, circulação de artistas e turnês, apoio a estúdios,  programas de TV e rádio.
Pensado e construído coletivamente desde 2001, em Belo Horizonte (MG), o programa encontra-se em fase de expansão nacional, lastreado por alianças estratégicas com iniciativas relevantes e estruturantes para o setor. O objetivo é criar condições de integração a uma rede colaborativa, regional e nacionalmente, capaz de contribuir para a estruturação e desenvolvimento de carreiras artísticas de forma sustentável.

As ações regionais, por estado, articulam-se entre si e passam a compor um circuito cultural e nacional, que envolve tanto capitais como cidades-pólo do interior, num amplo e contínuo intercâmbio de ideias e trocas artísticas, oferecido pelo convívio com gestores, produtores e jornalistas, além de um público expressivo, formado pela população de cidades muitas vezes excluídas das rotas habituais de shows.

Edital Nacional De Seleção Artística Conexão Vivo Inscrições abertas para artistas brasileiros
De 4 a 21 de agosto de 2011
Mais informações: www.conexaovivo.com.br

Fonte: Blog Editais Culturais.

10/07/2011

Publicado edital do Fundo de Incentivo à Cultura


O Fundo de Incentivo à Cultura, este ano vem com novidade; o valor é o dobro do disposto em relação ao edital 2010. Uma boa noticia para a classe artistica. Mais ainda é pouco visto o numero de grupos e projetos. Os valore são bem pequenos para cada proposta, mas já é alguma coisa se lembrarmos que até um dia desses não tinhamos nenhum meio de conseguirmos partocínio. Contudo, isto cria uma certa dificuldade.
Lembro-me que há alguns anos, saia com uma "pastinha embaixo do braço" e conseguia sempre apoios ou patrocinios. Hoje fica difícil, quase sempre não se consegue. Os empresarios locais têm muita dificuldade em investir em cultura, as empresas de fora não se interessam por projetos pequenos. E assim vamos nós. Pra ser sincero, desconheço uma empresa no RN que disonibilize verbas para promoção e patrocínio cultural. Com exceção da COSERN, que mantém um fundo para a cultura.

A prefeitura está com as inscrições abertas para o fundo Patrimônio imaterial, organização e recuperação de acervos, incentivo às artes cênicas, fomento à produção de novas linguagens artísticas e produção audiovisual são os cinco focos priorizados pela edição 2011 do Fundo de Incentivo à Cultura - FIC, cujo edital foi publicado nesta terça-feira no Diário Oficial do Município. As inscrições estarão abertas entre os dias 11 de julho e 25 de agosto, e os projetos contemplados irão dividir os R$ 400 mil disponibilizados pela Prefeitura este ano - o dobro do valor destinado ao FIC em 2010.

Os interessados em concorrer ao prêmio podem ser pessoas físicas ou jurídicas, devidamente registradas no Cadastro Municipal de Entidades Culturais - CMEC, e cada proponente poderá apresentar apenas um projeto. Gerenciado pelo Conselho Municipal de Cultura, responsável pela formatação do edital, o FIC prevê a seguinte destinação de recursos por área: R$ 60 mil para patrimônio imaterial, onde cada projetos deve obedecer o limite de R$ 15 mil; propostas para recuperação de acervo vão levar R$ 40 mil, com projetos limitados em R$ 10 mil; R$ 50 mil para novas linguagens, e R$ 10 mil por projeto; R$ 120 mil para financiar projetos de artes cênicas até R$ 24 mil; e R$ 130 mil para o audiovisual, cujas propostas não podem ultrapassar os R$ 26 mil.

De acordo com o edital, os critérios de avaliação dos projetos são norteados pela originalidade e conceito; capacidade de realização e análise do currículo do proponente; viabilidade econômica; formação de plateia; capacidade do projeto ser multiplicado; e perspectiva de continuidade.

Para evitar o que ocorreu em 2010, que atrasou em mais de quatro meses o repasse de recursos ao contemplados, os orçamentos encaminhados devem considerar o recolhimento de impostos. O prazo para execução dos projetos é de doze meses, contados a partir do pagamento do edital. No site da prefeitura voce vai encontrar o formulário para preenchimento que também poderá ser retirado na Secretaria Executiva do CMC, que funciona na sede da Fundação Cultural Capitania das Artes. Visitem a página eletrônica da Prefeitura: www.natal.rn.gov.br.
Rosinaldo Luna

CULTURA DO RN: Ordem do Mérito Cultural 2011

As vezes me pego com alguns assuntos e artigos que são interessantes para o público deste blog, e por várias vezes fico na dúvida se devo ou não publicar. Porém alguns, pela importância e/ou qualidade blogo. O artigo postado aqui tem fonte no blog cutura do Rn. Este blog, é editado pelo grande Fabio Lima. Nosso representante no MINC. Fábio foi vice-diretor da FJA e agora lidera a representação do MINC em Recife. Muito bom para os artistas potiguares, que além de terem um representante do estado num órgão de importancia vital para o fomento a cultura, ainda pode ter acesso facil ao mesmo.
Este artigo foi publicado pelo Fabio no seu blog e tomo a liberdade de posta-lo aqui para quem interessar.
Rosinaldo Luna.
CULTURA DO RN: Ordem do Mérito Cultural 2011: "Ordem do Mérito Cultural 2011 Minc já está recebendo inscrições dos indicados ao prêmio deste ano A escritora e jornalista brasileira Pat..."

05/07/2011

MARCÉLIA CARTAXO

Dolores no TCP


 Apartir da próxima sexta-feira, volta à cena o musical DOLORES, com a atriz Cláudia Magalhães e o grande e multi-artista, Isaac Galvão. Imperdível!
O musical ficará em cartaz todas as sextas no TCP _ Teatro de Cultura Popular Chico Daniel, ao lado da FJA em petrópolis. Vale muito a pena conferir.
Além da qualidade da música e da performance da atriz Cláudia Magalhães, você ainda poderá aproveitar a deslumbrante atuação do Isaac, elogiado por todos que assistiram ao musical.
A direção do espetáculo é da não menos talentosa Diana Fontes, nossa maior diretora artística.
Vale muito a pena assistir.

Serviço:
Musical Dolores
Com: Isaac Galvão e Cláudia Magalhães
Direção: Diana Fontes
Local: TCP – Teatro de Cultura Popular
Horário: 20:00h
Dia: Todas as Sextas-feiras.


Rosinaldo Luna.

04/07/2011


Meus dentes amargam o último escárino que minha alma doída pronuncia.
Meus olhos vêem seu último retrato queimar na fogueira das lágrimas que rolam em minha façe.
Meus olhos contemplam embotados o último amanhecer dourado.
Presente de você.

Rosinaldo luna

Ação Cultural Petrobras/MinC 2011

Ação Cultural Petrobras/MinC 2011

03/07/2011

Ação Cultural Petrobras/MinC 2011


Ação será lançada na terça-feira (05) e abrange editais e projetos no valor de R$ 14,5 milhões
O Ministério da Cultura e a Petrobras vão lançar nesta terça-feira, 5 de julho, no Rio de Janeiro, a edição 2011 da Ação Cultural Petrobras/MinC. Este ano, a parceria entre as duas instituições envolve o patrocínio de dez iniciativas culturais, sendo seis editais e quatro projetos de diferentes segmentos, totalizando recursos de R$ 14,5 milhões. Os regulamentos de todas as seleções públicas serão divulgados posteriormente pelo MinC.
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, o secretário executivo do MinC, Vitor Ortiz, o gerente executivo de Comunicação Institucional da Petrobras, Wilson Santarosa, e a gerente de Patrocínios da Petrobras, Eliane Costa, estarão presentes na solenidade. O evento será realizado às 11h, no Teatro Rival Petrobras (Rua Álvaro Alvim 33/37, subsolo, Cinelândia).
Brasil Criativo

Um dos destaques da Ação Cultural Petrobras/MinC será o 1º Edital Brasil Criativo – Prêmio de Fomento a Micro-Empreendimentos, com valor de patrocínio de R$ 1 milhão. Iniciativa inédita do Ministério da Cultura, o edital visa desenvolver a sustentabilidade econômica dos empreendimentos a serem escolhidos dentre os projetos inscritos. Serão contemplados os 100 melhores trabalhos, abrangendo as cinco regiões do país.

26/06/2011

Dinheiro parado Greve dos servidores da Fundação José Augusto tem atravancado análise dos projetos da Lei Câmara Cascudo



O caderno MUITO da Tribuna do Norte deste sábado trouxe uma matéria do  Sérgio Vilar sobre a situação da Fundação José Augusto. Vejam em que pé está o tratamento dado à  nossa cultura por parte do governo do estado. Parece que o exemplo de Mossoró, gestão Rosalba Ciarline, ficou pra traz. E olhem que muitos artistas deram seu voto pensando em ver o movimento cultural do estado tomar um impulso. O fundo estadual de cultura, que tem orientação do governo federal para destinar 1,5% da arrecadação ficou em apenas 1%. E por aí vai. Leiam a matéria e chupem essa uva. Com caroço!

Rosinaldo Luna
 
Muito
Edição de sábado, 25 de junho de 2011 

Dinheiro parado.Greve dos servidores da Fundação José Augusto tem atravancado análise dos projetos da Lei Câmara Cascudo.                                                                     Sérgio Vilar // sergiovilar.rn@dabr.com.br

A greve na Fundação José Augusto (FJA) tem comprometido a análise dos projetos encaminhados para concorrer aos recursos da Lei Estadual Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura. A comissão normativa responsável pela análise, eleita em abril, sequer foi convocada para qualquer reunião. O atraso acarreta redução do período já considerado curto de dois anos para captação dos recursos junto às empresas - a tarefa mais complicada no processo.


Paralisação diminui tempo para captação de recursos junto a empresas Foto:Fábio Cortez/DN/D.A Press
"Quando a greve terminar (sequer tem havido diálogo entre servidores e governo) vamos tentar um mutirão pra ver se a coisa anda mais rápida ou os R$ 6 milhões da renúncia podem ficar comprometidos", estima a produtora cultural Danielle Brito, uma das quatro representantes da comissão normativa da Lei Câmara Cascudo, composta ainda por Francisco Alves, o músico Paulo Sarkis e o produtor Dorian Lima.

Enquanto permanece a greve, a classe artística está desamparada pelo governo. Além da análise parada dos projetos concorrentes à Lei, aindase espera o prometido Fundo Estadual de Cultura - principal promessa de campanha da governadora Rosalba Ciarlini. A Secretaria Extraordinária de Cultura já fez o que lhe cabe: a elaboração dos estudos e entrega aos responsáveis para colocar o projeto em apreciação n
a Assembleia Legislativa.

O projeto do Fundo Estadual prevê arrecadação de 1% sobre determinados tributos, a exemplo do ICMS. A fórmula já é conhecida no Estado, quando foi criado o Fundo da Ciência e Tecnologia - pasta antes ocupada pela atual secretária da cultura, Isaura Rosado. A estimativa de recursos, se tomada a referência do ano passado, é de R$ 30 milhões (o Fundo Municipal de Cultura dispõe de R$ 400 mil).

Isaura Rosado detalha que os recursos do Fundo serão repartidos de forma igual. Metade será direcionada a Natal e Grande Natal, e outra metade ao interior. Metade desse valores também terão destinação já prevista no projeto. Serão empregados em bibliotecas públicas, museus, bandas de música e patrimônio arquitetônico. "São áreas pouco assistidas pelo governo que carecem desses recursos. O resto, entre 40% e 50%, serão investidos mediante publicação de editais", adiantou a secretária.

Projetos aprovados
Para se ter ideia da dificuldade na captação dos recursos junto às empresas após a aprovação dos projetos pela comissão da Lei Câmara Cascudo, dos R$ 4 milhões da renúncia do ano passado (este ano aumentou para R$ 6 milhões), foram captados menos de R$ 3 milhões. O restante dos projetos prescreveu por falta de empresa interessada no patrocínio. E mais de 75% do patrocínio conseguido se deu por apenas uma financiadora: a Cosern. "O resto das grandes empresas migraram para os editais nacionais. Aqui no RN, sobrou praticamente a Cosern", lamenta o produtor cultural Dorian Lima.


25/06/2011

Ricky Martin: "Quem vai a meus shows se sente uma pessoa melhor"

O cantor fala com orgulho de sua turnê 'mais completa' já realizada



Foto: Divulgação Ampliar
Ricky Martin
Prestes a realizar a etapa espanhola de sua turnê "Música + Alma + Sexo (MAS)", sua favorita e a "mais completa" de sua carreira, Ricky Martin não esconde o orgulho pelo trabalho. "Todo mundo que vai ao show me diz que se sente uma pessoa melhor", disse o porto-riquenho.
"Estou em um momento muito diferente de 15 anos atrás. Sinto-me um pouco mais relaxado; que não tenho que provar nada a ninguém e, desta forma, tudo acaba fluindo naturalmente", afirma.
Contudo, essa tranquilidade não significa que o nível de exigência vai ficar comprometido - "é nos detalhes que fazemos a diferença", destaca - ou que "alegria e adrenalina" fiquem de lado.
"MAS" começa com "Será, será", "uma música dirigida aos marginalizados do mundo, um grito revolucionário".
Trata-se das décadas de 1980 e 1990, época que marca a influência do "estrangeirismo" na carreira de Martin, ou seja, seu salto ao mundo anglo-saxão. Uma fase dominada por sucessos como "Livin' la Vida Loca", "Shiki Boom Boom" e outros.
Um momento do show mais acústico, cheio de baladas, dará passagem ao momento mais "intenso", "quando apresentaremos alguns fetiches para fazer justiça ao show", diz o cantor, em referência à parte sexy do título.
"Eu gosto de provocar e o espetáculo é muito alegre, muito cabaré e bastante criativo", acrescenta este "latin lover", que afirma que "o erótico aparece de uma maneira muito artística, com muito bom gosto e classe".
Depois disso o show encerra com um "clima de carnaval", como descreve, com um som afroantilhano.
Martin tem recebido boas críticas da mídia de Nova York, Canadá, Los Angeles e México, entre outros lugares, mas a Espanha tem um significado especial para o artista.
"A Espanha foi meu trampolim para o resto do continente europeu, foi o país que me ajudou. Estarei eternamente agradecido. Pelo menos uma vez ao ano tenho que passar por aqui", diz o cantor.
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Fonte: iG Gente

Curssos on line 24 horas

Estive pensando esses dias sobre as facilidades e conveniências dos dias modernos. Não faz muito tempo, estudar era uma aventura antes de aqualquer coisa. Hoje, com internet tudo parece estar masi fácil e acessível. As faculdades e cursos superiores invadiram os centros urbanos, das pequenas cidades aos centros urabanos mais importantes do país. e nesses mesmos lugares, quem não tem condições de frequentar um curso normal, seja por condições dinanceiras ou de acessibilidades, ou por contições físicas ou por falta de oferta no curso desejado em sua cidade pode optar pelos cursos á distância. Um canal fantástico para quem deseja acesso ao conhecimento.Um conhecimento que precisa ser seguido de muita disciplina e compromisso pessoal, pois só depende do aluno a absorvição do conteúdo.

os cursos EAD estão fazendo muito sucesso justamente pela possibilidade de estudar no tempo qu enos dispomos, em horarios alternativos e vinte e quatro horas por dia. Esta maleabilidade dá ao aluno a possibilidade de trabalhar e estudar sem que uma atividade interfira na outra.

Os cursos a dsitância atraem principalmente profissionais que já estão com carreiras consolidadas e buscam aprimoramento ou novas possibilidades. Este cursos ajudam e muito no enrriquecimento do currículum de profissionais de todos os níveis e carreiras.

Se estiver pretendendo fazer um curso via internet vai alguns link's para facilitar sua busca.
Bons estudos e sucesso.

http://www.cursos24horas.com.br/parceiro.asp?cod=promocao41524&id=41835

Rosinaldo Luna

É revelada a capa do misterioso livro ‘Dolce & Gabana’ com fotos inéditas de Madonna



Uma imagem em melhor qualidade da tão especulada capa do misterioso livro da Dolce & Gabana caiu na internet essa semana. Para quem ainda não ouviu falar, trata-se de um livro que traz fotos inéditas e exclusivas de todas as campanhas de Madonna junto a grife, clicadas por Steven Klein.
Sem nenhuma notificação oficial, a empresa se faz de desentendia e afirma que esse material não existe. No entanto, se alguém encontrá-lo, ganhará a coleção completa de roupas da grife.
O que vocês acham, é marketing da dupla ou o livro não passa de um projeto visionário de algum fã louco pela estrela?
 Fonte: blog Ponto Zero.

Vida


Vida
É o amor existencial.
Razão
É o amor que pondera.
Estudo
É o amor que analisa.
Ciência
É o amor que investiga.
Filosofia
É o amor que pensa.
Religião
É o amor que busca a Deus.
Verdade
É o amor que eterniza.
Ideal
É o amor que se eleva.
É o amor que transcende.
Esperança
É o amor que sonha.
Caridade
É o amor que auxilia.
Fraternidade
É o amor que se expande.
Sacrifício
É o amor que se esforça.
Renúncia
É o amor que depura.
Simpatia
É o amor que sorri.
Trabalho
É o amor que constrói.
Indiferença
É o amor que se esconde.
Desespero
É o amor que se desgoverna.
Paixão
É o amor que se desequilibra.
Ciúme
É o amor que se desvaira.
Orgulho
É o amor que enlouquece.
Sensualismo
É o amor que se envenena.
Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.


SONETO CV


Não chame o meu amor de Idolatria
Nem de Ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
 
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.

William Shakespeare
VIRGENS À DERIVA
de Ruy Jobim Neto
(C) Ruy Jobim Neto
Registro na Biblioteca Nacional sob no. 461.919 (23/06/2009)



(da esq. para a dir., Vanessa Morelli, Débora Aoni e Fernanda Sophia em cena de "Virgens à Deriva", na Livraria da Vila, São Paulo. foto: Will Prado)
"Virgens à Deriva" foi apresentada pela primeira vez no 1o. Festival de Cenas Cômicas do Espaço Parlapatões, em São Paulo, no dia 24 de março de 2007, sob direção do autor, pela Cia. 011, com trilha sonora original de Gerson Grünblatt, figurinos de Katia Niman, co-direção de Vanessa Morelli, adereços e cenografia de Ruy Jobim Neto e tendo na composição do elenco original:
PERSONAGENS:

Maria Teresa........Vanessa Morelli

Eusébia......Débora Aoni

Amália........Fernanda Sophia

CENA
um bote imaginário, no palco. O cenário é o mar, na costa brasileira. Muito sol. Calor tropical, muy provavelmente da costa da Bahia. Três moças estão remando, suando, respirando com dificuldade, limpando o suor dos rostos com os bracinhos, enquanto a luz vai abrindo em resistência.

ÉPOCA – em algum ponto da história colonial brasileira, a ser descrito pelas personagens.
No YouTube : parte 1 e parte 2

PERSONAGENS:

Maria Teresa
Eusébia
Amália


(enquanto remam, Maria Teresa faz uma breve pausa. Pega um papel que leva consigo, tirando de algum bolsículo do vestido. Pega um pote de tinta e uma pena. Relê para si uma parte, não gosta,abre o pote, leva a pena até ele e depois, no papel, reescreve com dificuldade – por causa da deriva - e sopra para secar a tinta. E finalmente começa a ler)



MARIA TERESA (lê como narradora)

- No ano da Graça do Senhor de Mil Quinhentos e Sessenta e Sete, mais precisamente numa terça-feira, à tarde, muitos homens e religiosas, canhões e mantimentos, foram para o fundo das águas e alguns deles até viraram comida de tubarões e de fabulosos monstros marinhos. De tudo, sobrou apenas um bote, ocupado por três belas raparigas, a saber: Maria Teresa, musa inspiradora de poeta trovador, Amália, filha única de traficante negreiro dos Açores e Eusébia, a mais novinha dentre as três, e que é pura e simplesmente filha de dono de uma formosa quinta na Beira. Todas virgens, virgens, sozinhas e náufragas a caminho da costa do Brasil . (à parte) Para facilitar a perfeita compreensão dos senhores presentes, a partir do nosso português arcaico, fizemos uma versão para as platéias contemporâneas, o que dispensa tecla SAP. (volta a ler a carta) Beijos desta que muito anseia por novidades nesta vida. Maria Teresa Aljubarrota. (à parte) Eu!

AMÁLIA –

Ai, Jesus, Maria, José! Que carta é essa, Maria Teresa?

EUSÉBIA –

Uma carta para a posteridade!

AMáLIA –

Eu não sabia que você sabia escrever.

MARIA TERESA –

Sei ler e escrever, ora pois.

EUSéBIA –

Uma carta para ser descoberta!

AMÁLIA –

É! Descoberta junto com os corpos de três virgens mortas! Mortas e perdidas no meio do Atlântico!

EUSéBIA –

Ai, Deus me livre e guarde (faz o sinal da Cruz ), Amália! Que pensamento funesto!

AMáLIA –

Funesto?

MARIA TERESA –

(explode alegremente) Que funesto destino aguarda estas três jovens virgens? (volta a escrever, lendo em voz alta) Quiçá encontrem vida inteligente, em terras do Brasil. Afinal, não é lá que em se plantando tudo dá? (pensa) E se plantarmos amor e aconchego? Dará no quê?

EUSÉBIA –

Maria Teresa, que insânia! Você pegou muito sol na sua cabeça, foi?

AMÁLIA –

Por que vocês duas não voltam a remar, ao invés de ficarem aí, falando sobre o nada?

MARIA TERESA –

Mas não é sobre o nada!

EUSÉBIA –

Não me parece que é sobre o nada.

AMÁLIA –

Só eu que não perdi a minha cabeça, aqui, nessas águas? Escutem vocês duas! Vamos remar que é melhor, por que ainda tem muita água até chegar naquela praia.

EUSÉBIA –

(olha e sorri) A praia...

MARIA TERESA –

(olha e aponta) Praia à vista! Vamos remar, todas!

AMÁLIA –

(respira fundo) Até que enfim!

(gesticulam as três, como se estivessem com os remos pesados)

TODAS –

Rema, rema, rema, rema, rema...

EUSÉBIA -

(começa a rezar rapidamente, desesperadamente)

Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à Vossa proteção, implorado por Vosso socorro e invocado Vosso auxílio, fosse por vós abandonado. Animadas, pois, com igual confiança a vós recorremos, ó Virgem das Virgens, não desprezais as nossas súplicas, oh, mãe do Verbo encarnado, mas dignai-vos propícia atendê-la. Amém.

AMÁLIA e MARIA TERESA -

(cortantes) Espera! ....Respira!.... Começa de novo!

TODAS -

(respiram profundamente. tempo. começam a rezar juntas e lentamente com cara de carola, piscando olhando pra cima)

Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à Vossa proteção, implorado por Vosso socorro e invocado Vosso auxílio, fosse por vós abandonado. Animadas, pois, com igual confiança a vós recorremos, ó Virgem das Virgens, não desprezais as nossas súplicas, oh, mãe do Verbo encarnado, mas dignai-vos propícia atendê-la. Amém.

(respiram. tempo. voltam a remar)

MARIA TERESA –

E se cantássemos uma canção?

AMÁLIA –

Ai... Que canção, Maria Teresa?

EUSÉBIA –

Uma canção! Como as que a Madre Superiora cantava para a gente, nos ofertórios! Ah, cada uma mais linda que a outra!

MARIA TERESA –

Uma cantiga trovadoresca! ... Tal qual meu amigo cantava para mim, em seu alaúde...

EUSÉBIA –

Eu adorava ouvir...

AMÁLIA –

Uma canção não precisa ser tão... (ri) tão casta assim...

MARIA TERESA –

Uma cantiga de amigo!

EUSéBIA –

O Cântico dos Cânticos! (dá um tempo e começa a declamar, também se excitando)
Sua boca me cubra de beijos!
São mais suaves que o vinho tuas carícias,
e mais aromáticos que teus perfumes
é teu nome, mais que perfume derramado;
por isso as jovens de ti se enamoram.
Leva-me contigo! Corramos!
O rei introduziu-me em seus aposentos

(suspira fundo, treme, quase arrepiando)
(sorri tranqüila, ao final)


MARIA TERESA –

(excitando-se, à medida que declama, as outras olham)

Dizía la fremosinha:
«ai, Deus, val!
Com'estou d'amor ferida!
ai, Deus, val!

Dizía la ben talhada:
«ai, Deus, val!
Com'estou d'amor coitada!
ai, Deus, val!

«Com'estou d'amor ferida!
ai, Deus, val!
Non ven o que ben quería!
ai, Deus, val!

«Com'estou d'amor coitada!
ai, Deus, val!
Non ven o que muit'amava!
ai, Deus val!

(recompõe-se, sorri)

AMÁLIA –

(tempo) Vocês estão inspiradas, hein?

EUSÉBIA –

Você deve ter um grande sonho de amor, não tem, Amália?

MARIA TERESA –

Ela tem, sim!

EUSÉBIA –

Ai, conta!

AMÁLIA –

O que vocês sabem? O que vocês sabem, pergunto eu? Enquanto estamos aqui, no meio deste mar, quase chegando naquela praia, ali, (Eusébia olha em direção à praia), com este sol imenso em cima de nossas cabeças... O que é que temos? Digam?

MARIA TERESA –

(cai em si) Somos virgens.

AMÁLIA –

Virgens! Somos tão virgens quanto possivelmente aquelas matas ali, que a gente vê daqui deste bote! Não sabemos nada do amor, da vida, dos prazeres carnais! Não sei se um dia viremos a saber! Tudo o que tínhamos ficou naquele navio naufragado, lá atrás. As freiras que vinham conosco agora estão mortas, possivelmente destroçadas por tubarões. Os marinheiros que comandavam aquela caravela agora não passam de meros fantasmas de si mesmos! E nós, aqui? O que somos? O que temos?

(Eusébia vê algo na praia, enquanto Amália segue falando)

AMÁLIA –

Não somos nada! Se um tubarão nos devorar agora, será muita a nossa sorte! Se chegarmos vivas naquela praia, com certeza estaremos condenadas ao degredo, à velhice sem ter conhecido os prazeres da carne, à morte por doença, por fome, por solidão!

MARIA TERESA –

Eu não quero morrer por solidão!

EUSÉBIA –

(de sopetão) Tem um homem na praia!

(todas olham)

EUSÉBIA –

Um homem vestido! (leva outro sopetão) E agora tem um outro homem, também! E está nu! Um homem nu, na praia!

(a partir deste momento, as três moças permanecem olhando em direção à praia)

AMÁLIA –

Uma canção não precisa ser tão...tão casta assim....

EUSÉBIA –

É muito maior do que nos sonhos de qualquer uma de nós!

MARIA TERESA –

Tem uma elevação! É maior que a própria vida! É a glória!

AMÁLIA –

No meu sonho de amor ... (as outras olham lentamente para Amália) ... Eu vislumbrava um navio, sempre um navio, como aqueles que meu pai possui, para traficar escravos... Eu vislumbrava este navio, que aparecia no meio de uma bruma... E dentro dele havia apenas homens...

EUSÉBIA –

Nus?

AMÁLIA –

Não. Havia apenas homens. Eles não possuíam rosto, eram apenas homens. E por serem apenas homens, sem rosto, eles vinham em minha direção. E me acariciavam... Eles me beijavam em todo o meu rosto, me arfavam pela nuca, me enlouqueciam o pescoço (fecha os olhos, sente o próprio sonho), desciam suas mãos fortes e quentes sobre o meu colo, e levantavam um dos meus seios... Beijavam um dos meus seios ... (em "seios", Maria Teresa tira uma luneta de um bolsículo de seu vestido, e começa a olhar em direção à praia). E eu gemia... Eu gemia! Os impulsos deles eram tão vigorosos, que não havia a necessidade de eles estarem nus para eu imaginá-los... E eu os imaginava...

EUSÉBIA –

Imaginava como?

AMÁLIA –

(de olhinhos cerrados) Eu os imaginava devastando meus tecidos, minhas composições, todo o meu substrato, todo o meu cerne! Eu não possuía mais nome, simplesmente não sabia mais de onde eu vinha, eu não queria mais coisa alguma...

EUSÉBIA –

Eu sei como é... ( Amália abre os olhos, Eusébia sorri para ela) Você se sente viva! É assim que eu quero me sentir, também! (torna a olhar para a praia) E vendo essas possibilidades... Possibilidades infinitas, presumo eu (olha para Amália), você começa a acreditar no seu próprio sonho de menina. (retorna o olhar em direção à praia) Você começa a pensar que tudo aquilo que você é tem um sentido... É como se soubéssemos, de antemão, a que viemos... (sorri) Porque fazemos parte do universo... Porque somos mulheres... É como se soubéssemos a resposta... Na ponta de nossas línguas...

(Maria Teresa abaixa a luneta, sorri marota)

MARIA TERESA –

Senhoras... Tomem os seus assentos... Vamos remar para a vida.

(todas, sorrindo, se posicionam no bote)

TODAS –

Rema, rema, rema, rema, rema...

MARIA TERESA –

Senhoras?... E se cantássemos uma canção?

(todas sorriem docemente, remam com vontade, a luz cai em resistência)


FIM 
Este texto não deve ser montado sem autorização do autor. O não cumprimento desta determinação pode acarretar medidas legais.

Hoje eu quero viver!



Hoje eu quero viver.
E viver hoje para mim, é estar ao seu lado.
É sorrir ao seu lado, dormir e acordar ao seu lado.

Para mim hoje, viver
É sentir sua boca, e morder sua lingua
Visitar suas entranhas e te fazer minha.

Para viver hoje em mim,
só precisa uma piscadela,
Uma desculpa amarela e um sorriso marfim.

Quero hoje viver você,
E em voce sentir o amor,
sentir o amor sendo amado,
cheirando seu cheiro,
morrendo em você,
dentro de voce atingir o clímax
e fazer-te sentir, o que sou pra voce.

Rosinaldo Luna.

22/06/2011

Eita! ... É noite de São João!!!

Hoje é noite de São João
Vai amanhecer o dia. 
É madrugada 
E não chegou que eu queria.

É madrugada 
Até agoa nada
Meu bem não apareçe.

Pois é, as adivinhações de casamento, os castigos pro Santo casamenteiro, oa brincadeiras em redor da fogueira. Tudo isto já está ficando esquecido no tempo.
Lembro ainda criança, do milho assado na brasa, as comidas típicas, a confraternização em torno da fogueira. Era um verdadeiro derramamento de cultura no povo, inocente como é a cultura e o povo.
Naquele tempo, e não faz tanto tempo assim, dava-se mais valor às brincadeiras quea os tumultos dos grandes shows, já haviam sim, mas de forma mais modesta.

O grande embalador da noite era sem dúvida o Seu Luiz Gonzaga, que para a turma que infelizmente não conheceu o bom forró, talvez não saiba quem foi o rei do baião e o tamanho de sua importância para a cultura brasileira, e principalmente par a cultura nordestina. Seu Luiz levou para o mundo nossas tradições e cultura, foi por seu intermédio que o povo do nordeste ficou conhecido e apartir daí, pela sua tradição e diversificada cultra.

Como todo nordestino que migrou para o sudeste em busca de novas perspectivas, seu Luiz foi levando no matulão (sacola feita de saco de estopas) sua sanfona, como relata em música:

"Quando eu vim do sertão seu moço do meu brodocó,
minha mala era um saco, e o cadeado era um nó". 

Foi futurar, como se fala, e conseguiu se afirmar como um dos maiores artistas brasileiros. Um rei, com uma coroa em forma de cahpéu de couro. Um orgulho para o povo nordestino. Mas hoje, a qualidade prezada pelo rei, caiu na futilidade das letras sem sentido, onde impera a pornografia, os grupos e bandas, e bundas, apelativas e vulgares.

Essa semana estava passando na rua, em Parnamirim, e li numa frase" Arraiá das Primas" em alusão à casa das primas. Pow, todo mundo sabe que "primas" no caso da música é uma maneira grosseira de citar as prostitutas que lutam e sofrem os doces oficios das damas da noite. Agora ninguém, acredito, num país tão preconceituoso, quer ver uma filha "prima". Pelo preconceito e pelo sofrimento. O mesmo rapaz que quer ir dormir na casa das primas outro dia, queria botar fogo no cabaré e por aí vai.
Diferença das letras de seu Luiz:

" Olha pro céu meu amor,
Vê como ele está lindo. 
Olha praquele balão multi-cor
Que lá no céuu vai subindo. 

Pura poesia, muita saudade das minhas noites de São João. Do São João do carneirinho, as mães faziam questão de dizer quem foi e qual a importância desse personagem na vida do salvador.
Voce sabe? Então me responda.
Quem foi São João?
E porque se acende a fogueira?

Viva são João,
Vamos comemorar, comer canjica, pamonha, quentão, vamos ser compadre de fogueria, padrinho de fogueira e namorar no quentinho da fogueira de São João, com as bençãos de Santo e Antonio e confirmação de São Pedro.

"E São João disse e 
São Pedro confirmou
Que voce fosse meu compadre 
Que Jesus Cristo mandou".

Rosinaldo Luna.





Ruínas de teatro em Parnamirim


Quem trafega pela avenida que margeia o parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, não tem como fugir da visão macabra que adorna a entrada do condomidio Jockey Clube.
Uma estrutura imensa, sendo corroída pelo tempo, pela exposição ao sol, chuva e demais caprichos da natureza. Um prédio alto, imponente que serve tão somente para abrigar marginais, dependentes de drogas e assaltentes. Infelizmente este préido é onde deveria estar funcionando o teatro de Parnamirim. Não este que a prefeitura tanto alarda que vai construir, e que deve iniciar as obras agora em Julho, mas o teatro que já foi pago pelos mutuários de sistema COPAB. O empreendimento residencial Jockey Clube e outros construidos pela tal construtora, contemplava um teatro, e por sorteio o condomínio e residencial Jockey Clube ganhaou o tal problema, digo prédio. Ótimo... vibração, parabéns, aplausos, discurssos e só, só, somente só...
O povo ficou a ver navios, ou melhor, a ver o prédio ser depredado, furtado, massacrado e desgastado pelo tempo.
A prefeitura, através da ex presidente da Fundação Parnamirim de Cultura, tentou junto com a construtora retomar as obras, mas, não deu em nada, pois segundo representantes da funcação a empresa não quis aderiir ao acordo proposto. O fato é que o prédio está se acabando lá, e se os artistas não tomarem a frente e começarem a se modibilzar não vai sair nunca o teatro.
Numa região tão carente de equipamentos como é a região metropolitana de Natal, onde a cidade de maior ICMS do estado não tem siquer um cinema, não podemos deixar aquela esturtura se acabar a esmo.
È preciso que os artistas que moram em Parnamirim e região metropolitana dêem as mãos e saiam nas ruas chamando a atenção para tal. É preciso que se faça um movimento para chamar a atenção, da mídia, da comunidade, dos políticos para que talvez, tenhamos o teatro concluído e funcioando. Só assim para conseguirmos isto.
Portanto, se você é artista, ou não, se você participa de um grupo de jóvens, associação comunitária, ou agremiação esportiva, leve essa proposta para seu grupo. Indaguem seus pais, professores, amigos, colegas de trabalho, sizinhos o que pode ser feito para que a construção sais das ruinas e os artistas e comunidade possam disfrutar do teatro finalmente.
Sugiram uma data para encontrar o maior número de gente e artistas possíveis nas ruínas, vamos marcar com a imprensa, com as autoridades e fazermos um auê, vamos tentar?
Que compartilhar com essa ideia é só comentar e deixar o contato, ou entrar em contato comigo pelo email: luna-natal@hotmail.com, eu entro de cabeça.

Rosinaldo Luna.

21/06/2011

Diana Fontes.wmv

Diana Fontes.

Hoje eu publicquie um comentário sobre um vídeo da Diana Fontes sendo entrevistada pela Margot do RN Tv. Belíssimo quadro que mostra nossos artistas de forma honesta e generosa. E isto tem dado um bom movimento. Na entrevista, ela fala sobre sua vida, sua carreira, suas expectativas. Tudo leve e deliciosamente regido pelo talento não menos competente da Margot.
Mas já que tem repercurtido tanto, quero lembrar de outros nomes que ali pasaram: A maravilhosa Chrystal, Dorgival Dantas, Glorinha Oliveira, Rodolfo amaral, Valéria Oliveira, Waldonis além de mestres da cultura popular, artistas das mais diversas linhas e talentos.
Mas realmente, a entrevista de Diana foi muito boa. E comparando, sou fã das duas, Diana e Chrystal, deixo empate.
É muito bom ver que o artista está sendo mostrado com tanto respeito e carinho. Parabens Margot; parabens a inter tv; aos entrevistados.
Resta a nós prestigiarmos esse seres encantados que preenchem nossas almas de magia e emoção.

Rosinaldo Luna

19/06/2011

ShoppingsXteatros


Há um tempo que tenho pensado em uma coisa!
Uma música do Milton Nascimento diz "Todo artista tem de ir aonde o povo está!"
Essa frase me faz pensar que o povo está nos shoppings center's,. Se nós artistas, amadores ou não, queremos públcio temos que usarmos os espaços onde o povo vai, os espaços dos shopping's Diariamente uma grande massa circula pelos coredores dos centros comerciais. E esse povo está ali às vezes querendo outros olhares, absorver outros conhecimentos que não comprar.
Além de que, no shopping temos a impressão que estamos seguros, temos estacionamento, quando saimos do teatro temos sempre um restaurante, uma lanchonete, uma shopperia para darmos a esticadinha de praxes.
Mas falta aí, salas de espetáculos. Os empreendimentos são inaugurados com várias, muitas salas de cinema sem contudo, destinar um espaço desses ao teatro.
Se nós artistas e produtores queremos manter e/ou criar platéia temos que criá-la nesses espaços, e uma maneira de exigirmos isso é pressionando os órgãos públicos em criar mecanismos para que torne-se obrigatório os grandes empreendimento comerciais a destinação de espaços para salas de espetáculos.E depende de nossa união para essa idéia seja implementada.

Gostaria de convidá-los a promover essa discurção via redes sociais e ver até onde iriámos com essa idéia.
A proposta é que cada shopping com mais de tres sals de cinema ofereça uma para teatro, e shoppings com mais de seis salas obrigatoriamente teria que ter um teatro, a ainda mais , projetos  para formação de platéia, onde seriam vendidos ingressos para espetáculos a preços populares em dias e horários específicos. Nesses dias também os valores de pautas seriam populares, facilitando assim aos grupos de teatro que estão iniciando suas atividades, amadores ou não, mostrarem suas produções.

Principalmente no nordeste onde a população é carente de tudo, poucos são os que podem pagar um ingresso de R$ 100,00, R$ 200,00 para assistir umespetáculo teatral ou um show, esse mecanismo ofereceria à este público acesso a cultura de forma que o valor do ingresso não viesse a onerar o orçamento familiar. Teríamos mais gente frequentando os teatros, e futurametne mais platéia.
Aí está a berta a sugestão. Comente esse pensamento e vamos à luta!!!

By
Rosinaldo Luna
OBS> Gostaria de ver a opinião de todos voces. Comentem e compartilhem esse artigo com os seus amigos e peça para comentarem também se acham que o pensamento é cabido, se acham que não tem futuro, comentem também. O importante é saber a opnião de todos que leem e seguem o blog.
Obrigado.

17/06/2011

Romance do boi da Mão de Pau


 

Romance do boi da Mão de Pau

Fabião das Queimadas (Fabião Hermenegildo Ferreira da Rocha) 1848-1928. Rio Grande do Norte.

Vou puxar pelo juízo
Para saber-se quem sou
Prumode saber-se dum caso
Tal qual ele se passou
Que é o boi liso vermelho
O Mão de Pau corredor

Desde em cima, no sertão
Até dentro da capitá
Do norte até o sul
Do mundo todo em gerá
Em adjunto de gente
Só se fala em Mão de Pau

Pois sendo eu um boi manso
Logrei a fama de brabo
Dava alguma corridinha
Por me ver aperiado
Com chocalho no pescoço
E além disto algemado...

Foi-se espalhando a notícia
Mão de Pau é valentão
tendo eu enchocalhado
Com as algemas nas mão
Mas nada posso dizer
Que preso não tem razão

Sei que não tenho razão
Mas sempre quero falá
Porque alé d'eu estar preso
Querem me assassinar...
Vossa mercês não ignorem
A defesa é naturá

Veio cavalos de fama
Pra correr ao Mão de Pau
Todos ficaram comido
De espora e bacalhau...
Desde eu bezerro novo
Que tenho meu gênio mau

Na serra de Joana Gomes
Fui eu nascido e criado
Vi-me morrer lá pro Salgado
Daí em vante os vaqueiro
Me trouveram atropelado...

Me traquejaram na sombra
Traquejavam na comida
Me traquejavam nos campo
Traquejavam na bebida
Só Deus terá dó de mim
Triste é a minha vida

Tudo quanto foi vaqueiro
Tudo me aperriou
Abaido de Deus eu tinha
Fabião a meu favor
Meu nego, chicota os bicho
Aqueles pabuladô

Pegaram a me aperiar
Fazendo brabo estrupiço
Fabião na casa dele
Esmiuçando por isso
Mode no fim da batalha
Pude fazê o serviço

Tando eu numa maiada
Numa hora d'amei-dia
Que quando me vi chegá
Três vaqueiro de enxurria
Onde seu José Joaquim
Este me vinha na guia

Chegou-me ali de repente
O cavalo Ouro Preto
E num instante pegou-me
Num lugá até estreito
Se os outro tiveram fama
Deles não vi proveito

Ali fui enchocalhado
Com as algemas na mão
Butado por Chico Luca
E o Raimundo Girão
E o Joaquim Siliveste
Mandado por meu patrão

Aí eu me levantei
Saí até choteando
Porque eu tava peiado
Eles ficaram mangando
Quando foi daí a pouco
Andava tudo aboiando...

Me caçaram toda a tarde
E não me puderam achar
Quando foi ao pôr-do-sol
Pegaram a se consultar
Na chegada de casa
Que história iam contar

Quando foi no outro dia
Se ajuntaram muita gente
— Só pra dar desprezo ao dono
Vamos beber aguardente
Pegaram a se consultar
Uns atrás, outro agüente

Procurei meu pasto veio
A serra de Joana Gome
Não venho mais no Salgado
Nem que eu morra de fome
Pru que lá aperriou-me
Tudo o que foi de home

Prefiro morrer de sede
Não venho mais no Salgado
No tempo que tive lá
Vivi muito aperriado
Eu não era criminoso
Porém saí algemado

Me caçaram muito tempo
Ficaram desenganado
E eu agora de-meu
Lá na serra descansado
Acabo de muito tempo
Vi-me muito agoniado

Quando foi com quatro mês
Um droga dum caçadô
Andando lá pulos matos
Lá na serra me avistou
Correu depressa pra casa
Dando parte a meu sinhô

Foi dizê a meu sinhô
— Eu vi Mão de Pau na serra
Daí em diante os vaqueiro
Pegaro a mi fazê guerra
Eu não sei que hei de fazê
Para vivê nesta terra

Veio logo o Vasconcelos
No cavalo Zabelinha
Veio disposto a pegar-me
Pra ver a fama qu'eu tinha
Mas não deu pra eu buli
Na panela das meizinha

Sei que tô enchocalhado
Com as argema na mão
Mas esses cavalo mago
Enfio dez num cordão
Mato cem duma carreira
Deixo estirado no chão

Quando foi no outro dia
Veio Antônio Serafim
Meu sinhô Chico Rodrigue
Isto tudo contra mim
Vinha mais muito vaqueiro
Só pro mode dá-me fim

Também vinha nesse dia
Sinhô Raimundo Xexéu
Este passava por mim
Nem me tirava o chapéu
Estava correndo à toa
Deixei-o indo aos boléus

Foram pro mato dizendo
O Mão de Pau vai a peia
Se ocuparo neste dia
Só em comê mé-de-abeia
Chegaro em casa de tarde
Vinham de barriga cheia

Neste dia lá no mato
Ao tirá duma "amarela"
Ajuntaram-se eles todo
Quase que brigam mor-dela
Ficaram todos breados
Oios, pestana e capela

Quem vinhé a mim percure
Um cavalo com sustança
Ind'eu correndo oito dia
As canela não me cansa
Só temo a cavalo gordo
E vaqueiro de fiança

Eu temia ao Cubiçado
De Antônio Serafim
Pra minha felicidade
Este morreu, levou fim
Fiquei temendo o Castanho
Do sinhô José Joaquim

Mas peço ao José Joaquim
Se ele vier no Castanho
Vigi não faça remô
Qu'eu pra corrê não me acanho
Nem quero atrás de mim
De fora vaqueiro estranho

Logo obraram muito mal
Em correr pro Trairi
Buscar vaqueiro de fora
Pra comigo divirti
Tendo eu mais arreceio
Dos cabras do Potengi

Veio Antônio Rodrigues
Veio Antônio Serafim
Miguel e Gino Viana
Tudo isto contra mim
Ajuntou-se a tropa toda
Na casa do José Joaquim

Meu sinhô Chico Rodrigues
É quem mais me aperriava
Além de vir muita gente
Inda mais gente ajuntava
Vinha em cavalos bons
Só pra vê se me pegava

Vinha dois cavalos de fama
Gato Preto e o Macaco
E os donos em cima deles
Papulando no meu resto
Tive pena não nos vê
Numa ponta de carrasco

Ao sinhô Francisco Dias
Vaqueiro do coroné
Jurou-me muito pega-me
No seu cavalo Baé
Porém que temia a morte
S'alembrava da muié

Vaqueiro do Potengi
De lá inda veio um
Um bicho escavacadô
Chamado José Pinun
Vinha pra me comê vivo
Porém vortô em jijum

Veio até do Olho d'Água
Um tal Antônio Mateu
Num cavalo bom que tinha
Também pra corrê a eu
Cuide de sua famia
Vá se recomendá a Deus

Veio até sinhô Sabino
Lá da Maiada Redonda
É bicho que fala grosso
Quando grita, a serra estronda
Conheça que o Mão de Pau
Com careta não se assombra

Dois fio de Januaro
Bernardo e Maximiano
Correram atrás de mim
Mas tirei-os do engano
Veja lá que Mão de Pau
Pra corrê é boi tirano

Bernardo por sê mais moço
Era mais impertinente
Foi quem mais me perseguiu
Mas enganei-o sempre
Quem vier ao Mão de Pau
Se não morrer, cai doente

Cabra que vier a mim
Traga a vida na garupa
Se não eu faço com ele
O que fiz com Chico Luca
Enquanto ele fô vivo
Nunca mais a boi insulta

Sinhô Antônio Rodrigue
Mas seu Gino Viana
Vocês tão em terra aleia
Apois vigie como anda
Se não souberam dançá
Não se metessem no samba

Vaqueiro do Trairi
Diz. Aqui não dá recado
Se ele dé argum dia santo
Todos ele são tirado
Deix'isso pr'Antonho Ansermo
Que este corre aprumado

Quando vi Antonho Anselmo
No cavalo Maravia
Fui tratando de corrê
Mas sabendo que morria
Saiu de casa disposto
Se despidiu da famia

Vou embora desta terra
Pru que conheci vaqueiro
E vou de muda pros Brejo
Mode dá carne aos brejeiro
Do meu dono bem contente
Que embolsou bom dinheiro

Adeus, lagoa dos Veio
E lagoa do Jucá
E serra da Joana Gome
E riacho do Juá
Adeus, até outro dia
Nunca mais virei por cá

Adeus, cacimba do Salgado
E poço do Caldeirão
Adeus, lagoa da Peda
E serra do Boqueirão
Diga adeus que vai embora
O boi d'argema na mão

Já morreu, já se acabou
Está fechada a questão
Foi s'embora desta terra
O dito boi valentão
Pra corrê só Mão de Pau
Pra verso só Fabião!

(Em Cascudo, Luís da Câmara. Vaqueiros e cantadores. sl, Ediouro, sd, p.89-93)

Artista


Se eu nascese novamente e tivese o poder de escolha nasceria artista.
Novamente mau entendido!
Novamente mau interpretado!
Mais uma vez duro!
Mais uma vez imaturo!
Outra vez desacreditado!
Porém, totalmente feliz!

Mas se eu nascese outra vez
e outra vez nascese artista,
faria tudo igual.
Novamente.
Pois o artista necesita apenas do ar
De um pouco do oceano e da brisa da tarde para lubrificar suas asas facilitando o vôo.
Alimento de sua alma.

Se mais uma vez nascese,
e nascesse artista, em tudo faria igual.
Deixaria de fora apenas as dores do carnaval.

Rosinaldo Luna

12/06/2011

O turismo do "não" do presidente da FUNARTE (pago por nós, claro!)

Todos voces sabem que esse blog não é nem pretende ser politicamente correto, ecologicamente correto, nem nenhum desses modelos de nomenclaturas ultimamante impostas pela mídia. Aqui me dou o direito de postar coisas que ache interessante e que tenham fundamento, sem pretenções políticas ou pessoais. Mas se quiser, postarei elogios rasgados a quem faz arte ou outros talentos bem.
Bom, porque estou falando isso? Não sei! Mas dentre algunms blogs que sigo tem o blog que a Illana Felix escreve e dois textos me chamaram a atenção. Tomo a liberdade de aqui posta-los para todos vocês vêem como a cultura está sendo tratada nesse país. Pasmem e "chupem essa manga".

"O texto abaixo recebi na lista do Forum Potiguar Cultural, repassado por Henrique Fontes. Acho que merece divulgação, porque se for verdade que iremos pagar pelo turismo do Sr. Antônio Grassi que pelo menos ele saiba que Natal não será o seu destino mais agradável. Até porque em época de borboletas, a Cidade do Sol não é mais a mesma. Vale a leitura".




O turismo do "não" do presidente da FUNARTE (pago por nós, claro!)

Olá companheiros,

Estive hoje na Funarte São Paulo, pois houve ampla convocação afirmando que o presidente dessa instituição, Antônio Grassi, iria falar com a categoria teatral. Pela manhã foi com o pessoal do circo.Inicialmente estranhei a divisão por área, mas como sei que cada um tem suas demandas, parecia interessante. Mas após a reunião, penso que é estratégico, pois se trata "individualmente" e assim enfraquece as reivindicações coletivas.Por que digo isso?


Ao chegar, vi alguns gatos pingados, a sala que é pequena, não conseguiu se quer ter metade cheia (e dessa metade uma boa parte era composta pelos puxa sacos de plantões, que adoram autoridades e os funcionários da própria funarte), uma clara alusão de que não se acredita mais nos discursos dos empossados, pois muitos não se deram ao trabalho de comparecer.Iniciado a reunião as 15:30h, o senhor Grassi afirmou que apesar das câmaras setoriais, dos conselhos, de todos os canais de diálogo, estes não são suficientes, por isso está começando a se reunir com as categorias e começou por São Paulo.


Depois percebi que isso queria dizer o seguinte: é preciso fingir que estou dialogando com os artistas, porque a Funarte não tem projeto e pior, NÃO TEM DINHEIRO.Editais para esse ano? Esqueçam. Encaminhamento de uma política séria? Esqueçam.O orçamento do ano para a Funarte era de 120 milhões, com o contigenciamento (palavra e ação criada para dizer: não tem dinheiro para os pobres, apenas para os banqueiros - pois como sabem, a economia é para pagar juros ou socorrer os grandes empresários), enfim, com o contigenciamento restou 60 milhões. Como esse é um governo de continuidade, palavras do senhor Grassi, é preciso honrar o edital do procultura lançado o ano passado e que, estrategicamente, foi prorrogado até 10 de janeiro desse ano (ainda que muitos já tenham até estreiado os espetáculos, como foi relatado na plenária).


Enfim, vão pagar esse edital que custará 58 milhões. Façam as contas e verão quanto restará. Como lançaram editais de ocupação das salas e vinte e poucas oficinas de teatro (atenderá todo o país?), mais vinte e poucas de circo, de dança... foi-se o restante do dinheiro.Querem mais dinheiro? É preciso lutar ao lado da Funarte junto ao ministério do planejamento e da fazenda para que eles descontigenciem a nossa grande bolada! Seria cômico se não fosse trágico.


Grita: Ah mas o Mirian Muniz, que foi uma luta sua no passado, Grassi... nos diga quando será lançado?Grassi: Não será!


Outros editais como Artes Cênicas de Rua, coisa sem importância, se quer foi mencionado. (E eu confesso que não tive a menor vontade de pegar o microfone para lançar essa pergunta, pois tudo parecia tão estranho, parecia filme de Tim Burton - aliás, o cineasta é bom, o clima lá era péssimo!)


E o Prêmio Teatro Brasileiro?
É com o Congresso!


Era e é um diálogo de surdos! Falamos, revindicamos e a galera do governo finge que nos escuta. E depois dá-lhe retórica: "mas estamos dialogando, não seria pior um governo autoritário?"Preparem-se! Agora o senhor Grassi e sua equipe irá viajar pelo Brasil, tudo bancado com o nosso dinheiro, para que ele dialogue com os artistas de circo, da dança, e do teatro. Mesmo sabendo que não tem dinheiro para nada e nem tem projeto. Mas é preciso demonstrar como são DEMOCRÁTICOS.Isso me lembra um poema de Manuel Bandeira, no qual ele descreve a renúncia de Jânio Quadros e em seguida vai viajar pela Europa, finalizando com: "E os pobres que se danem!"


Companheiros, a dependermos desse governo, o teatro de grupo se extinguirá! Anunciem aos quatro ventos: TEATRO DE GRUPO. PERIGO DE EXTINÇÃO DA FAUNA BRASILEIRA!Mas eu sou uma voz pessimista. Havia outros companheiros, Danilo e Renata, quem sabe eles não tem notícias melhores? Pois eu se quer aguentei até o final, sai meia hora antes dos abraços e dos apertos de mãos cordiais.


Há braços
Pernas
E atiradeiras!


Para aonde vão 227 milhões do MinC?

O maior choro da Ana de Hollanda, desde o começo do ano, era que o orçamento do MinC tinha sido cortado drasticamente e restado apenas 60 milhões de reais. E o que é esse aporte orçamentário de 227 milhões que nunca foi falado na história deste país?


DECRETO DE 9 DE JUNHO DE 2011
Transfere dotações orçamentárias constantes do Orçamento Fiscal da União, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para o Ministério da Cultura, no valor de R$ 227.000.000,00.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista a autorização contida no art. 66 da Lei n. 12.309, de 9 de agosto de 2010,
D E C R E T A :
Art. 1. Ficam transferidas, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para o Ministério da Cultura, dotações orçamentárias constantes do Orçamento Fiscal da União (Lei no. 12.381, de 9 de fevereiro de 2011), no valor de R$ 227.000.000,00 (duzentos e vinte e sete milhões de reais), de acordo com os Anexos I e II deste Decreto.
Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 9 de junho de 2011; 190da Independência e 123o da República.
DILMA ROUSSEFF
Miriam Belchior

Publicado aqui


Atualização 1:

Recebo informação agora de Henrique Fontes, de uma fonte segura, que esse remanejamento é para fazer face aos investimentos do PAC. Nossa, então agora fiquei mais transtornada ainda.

Quem não ouviu falar das lindas PRAÇAS DO PAC, que serão construídas pelo Governo Federal e entregue aos Municípios contemplados por edital para instalação de espaços culturais em áreas com IDH baixo?

A intenção é ótima. A prática é PÉSSIMA. Alguém conhece a historinha de um Governo Estadual que saiu construindo dezenas de Casas de Cultura e repassando suas administrações para governos municipais? Aonde foi terminar essa história? Casas de Cultura fechadas, mofadas e abandonadas em grande maioria. As exceções são as que estão funcionando até agora, ainda que com parca atividade cultural.

O município de Natal mantém, desde o início dessa gestão, três espaços culturais inativos: o Teatro Sandoval Wanderley, o Espaço Jesiel Figueiredo e o Memorial Natal. Sabem quantos servidores efetivos existem para esses espaços? NENHUM.

A prefeitura não consegue manter pessoal (estou falando de porteiro e zelador, não estou falando de bibliotecária porque seria luxo demais), água, luz, telefone dos espaços que tem, aí agora, por causa dessa Praça do PAC no bairro de Nossa Senhora da Apresentação virão anjos tocando arpas e anjas dançando ballet para serem a programação cultural do lugar? Porque verba para manter programação cultural nesse PACzinho NÃO TEM. Se alguém disser o contrário, é história da Carochinha. É um novo elefantinho branco que eu e você iremos trabalhar muito, pagar muito imposto, para construir e ver mofar. Quer ver?


Atualização 2:
A única biblioteca municipal de Natal, a Esmerado Siqueira, até hoje não tem um(a) bibliotecário(a) concursado como prevê a norma que rege a profissão em questão.

Transcritdo POPORRI de Illana Felix