O trabalho que venho desenvolvendo há algum tempo parece alguma coisa de divino, de celestial e o é!
Existe no meu trabalho e dos meus colegas um empoderamento de deuses. É assim que vejo o trabalho do ator, do artista. parece soberbo, mas não é isso que quero parecer. Quero dizer que de tão humilde se torna grandioso. E na inquietude do ser/ator é a grande porção que corta o fôlego deste de tanto querer descobrir no jogo da cena o mais secreto sentimento do personagem.
Ser ator é estar sempre inquieto e anulando-se na tentativa de ser outrem, de se descobrir e permitir-se outro ser.
Na minha peça que estou em fase inicial de laboratório (Digo estamos por estar envolvido no processo, mas o laboratório está sendo feito pelo casal de atores Marina Gadelha e Juciê Borges), Ambos dois jovens e grandes atores que se preparam para viver no palco Ícaro, um personagem que tem um adoentamento mental e que vive isolado em seu mundo, buscando entender como funciona este invólucruo tão particular, onde ninguém parece querer entrar.
Engana-se Ícaro, pois esses dois atores resolveram entrar e escarafuçar tudo, todos os aspectos, todas as possibilidades e viver essa dor que é ser Ícaro.
Observar o corpo do ator se encontrando com a pulsação do personagem, ver essa figura até então abstrata se caracterizar e se permitir mostrar na sua frente é uma mágica que só pertence aos bons atores, aos excelentes atores. E é isto que está acontecendo com o meu texto Insight Insano! Está sendo brilhantemente moldado e tomando a forma de dois corpos em um. Dois seres unos. O lado feminino e o masculino, entrelaçados e completos como somos dois polos, bi-polos, bipolares, Homem e mulher, anjo e demônio. Emfim...
Muito feliz com esse inicio. Em novembro subiremos ao palco, para um voo no desconhecido e queremos contar com você leitor que por ventura se interessa pelo assunto ou simplesmente quer descobrir o que e quem é Ícaro. Eu lhe garanto que irá descobrir num Insight. É insano.
Obrigado Marina e Juciê, nosso jogo vai dar muito o que falar. Seguremos as mãos e saltemos, sem paraquedas e que nossas asas derretam meus já muito queridos amigos.
Riosinaldo Luna
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