Iniciou a festa de momo, aliás, já iniciou há algum tempo. O carnaval é uma festa impressionante. Pela sua imensidão, e pela violência. Estatísticas alarmantes se referem a essas datas. Nos hospitais e bancos de sangue do estado já há algum tempo que os administradores vêm correndo atrás de medicamentos, apertando as escalas das pessoas que trabalha em prontos socorros, mas o estoque de sangue no HEMONORTE é pequeno. Mas todo mundo gosta de carnaval.É a festa da liberação geral.
Durante os três dias oficiais, mais outros tantos agregados todos liberam os bichos internos e caem na folia. É impressionante ver como homens sérios caem na farra, se vestem de mulher, adquirem trejeitos sem jeito em alguns, outros propositadamente, tentando esconder a franga que está dentro de si. Mas carnaval é isso, liberdade, liberdade que abre as asas sobre nós e todo mundo sai correndo atrás do rio elétrico. Porém me dá saudade do carnaval de antigamente com músicas de carnaval, marchinhas, mascarados, papangús e outros personagens típicos. Hoje o carnaval está condicionado a músicas baianas e esse Nov forro frevalizado. Nada contra, mas acho que o carnaval de antigamente era mais saudável, mais cultural.
A banalização dos “seus” e garotas frutas, o predomínio da música baiana, com algumas exceções, deixa a festa com cara de dor de cabeça. Algumas pessoas abrem seus caros, às vezes dois, três, disputando quem polui mais alto. Noutro dia vi uma caminhoneta que estava sendo preparada para o carnaval, sinceramente, acho que para chegar ao topo da torre de caixas de som só de elevador.
O problema é que nos esquecemos do carnaval tradicional e caímos na mesmice do som do momento. A alegria e brincadeira ingênua dão lugar às danças censuais, adoro, mas misturando com bebida e outras cositas que sabemos que também é liberada durante o carnaval vira um vaudeville e complica o quadro.
Portanto amigo, depois desse paio caretissimo, vai combinar o seguinte: todos na rua brincando, curtindo com consciência, alegria, fantasia e muito axé. Ou melhor, machinhas e bandas de frevos.
By.
Rosinaldo Luna.
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