11/09/2011


Enquanto artista, as vezes me pego imaginando como seria se os governos realmente resolvessem investir na cultura? O que estria acontecendo com o mundo hoje?

Não é difícil ouvir "Isto faz parte da cultura do povo". ou "Gestor tal dá valor a cultura". Bom, por esses afirmativos já acumulo algumas experiências, doloridas diga-se de passagem, e nem um pouco agradáveis.
Tenho uma vivência voltada para as artes cênicas desde o berço. Minha fampilia toda, tem uma pratica artística inconsciente mas muito valorosa. Meu bisavô, tocava rabeca. Auto-didata, nunca frequentou uma escola, e era um homem semi-analfabeto, que morava no interior do estado. O primo dele, analfabeto ao morrer deixou mais de seiscentas músicas compostas entre chorinhos, boleros, e outros rítimos, mas que infelizmente, por falta de conhecimento os familiares deixaram estraviar. Hoje conehcedmos pouco masi de meia dúzias se muito for, dessas partituras. Minhas tias tinham na juventude formavam grupos de "Dramas" como era conhecidas as "brincadeiras de teatro" e saiam pelos sitios e povoados apresentando esses espetáculos para o deleite de todos.

Tenho parents em São paulo que são diretores de cinema, cenógrafos, ou seja, a familia tem uma veia artística imensa, porém, a maioria, não consegue viver da propia arte, seja aqui ou no sudeste.

Agora, se os gestores resolvesssem mesmo investir em cultura, talvez nossa realidade fosse diferente.
Os PAC's e PEC's da cultura na idéia até que são interessantes, porém esbarram na burocracia e na falta de vontade política. Durante o governo Lula muito se evoluiu na discurção sobre a indústria cultural, mas esbarrou e pareçe não ter mais para onde ir nesta gestão. As conferências ficaram lá atraz, os fóruns, tudo está em stand by, e o feitor de cultura, o mestre de cultura popular, o artista mambembe, os circos estão a ver navios a espera de que tudo se concretize e saia do papel.

Eu imagino, que no dia que a cultura do povo for cultuada de verdade, respeitada e difundida, teremos um mundo melhor, mais tranquilo, com mais respeito e cidadania. Diferente do "pão e circo" oferecido pelo governo a preços exorbitantes até outro dia, a política do circo seria mesmo circo e do pão seria certamente, pão na mesa do povo. E o artista poderia viver de sua arte como todo profissional de gabarito. Sairiamos na marginalidade e seriamos inseridos na cadeia produtiva definitivamente.
Assim espero.

Rosinaldo Luna

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