06/06/2025

EXPOSIÇÃO FACES DO REDUTO




O conceito de qualidade de vida é muito abrangente, entende-se como como conjunto de emoções, sentimento ou estado de espírito ou apenas como sentir-se bem, com bem estar, seja espiritual, psicológico, nos níveis de dependência, com as relações afetivas e familiares ou com o meio ambiente. Porém, outros fatores também influenciam o bem estar, como a contemplação do mar, a arte, literatura, música. AliásM a arte é cada dia mais citada e até recomendada como prática terapêutica e estudos mostram que ela está intrinsecamente ligada a esse bem estar, o que melhora os níveis da qualidade de vida de quem frequenta cinemas, teatro ou museus. Este último sendo indicado como prática terapêutica inconteste.Por outro lado, esse bem-estar está ligado a vários aspectos: capacidade funcional, nível socioeconômico e cultural, ao indivíduo ativo intelectualmente, auto estima e auto cuidado, estilo de vida e até a religião. Em resumo, o conceito de qualidade de vida está ligado à auto-estima e ao bem estar pessoal.

FACES DO REDUTO, idealizada pela artista, ativista cultural e fotógrafa Mônica Mac Dowell que ocupa várias salas da pinacoteca e traz para o museu o cotidiano dos moradores da comunidade do reduto, localizada no município de São Miguel do Gostoso/RN. A artista nos apresenta de forma poética e sensível, através da lente do seu celular a vida simples das pessoas daquela comunidade, seus dramas, seus movimentos, hábitos e costumes.

A exposição se desdobra em três movimentos, digo movimentos porque me senti como que levado por uma suave brisa pelos caminhos pensados da exposição, uma trajetória cheia de sutilezas: cheiros, texturas, belezas e simplicidade. Mas que também nos leva a entender esse cotidiano de muita luta, cheio de resistência cultural e uma fé que se mantém na forja da resiliência daquele povo. 


Além da questão visual, o faces do reduto nos brinda com a poesia, inspiração de deuses que habitam entre nós disfarçados de poetas e muitos cheiros. O baú de farinha de mandioca que você pode sentir o cheiro, que pode manipular a farinha, sentir sua textura, o amigo fininho pintando as mãos de branco é uma referência infantil que me puxou lá da infância na casa de farinha do meu avô onde nas noites de farinhada eu gostava de ir apenas para ouvir as mulheres raspadeira de mandioca cantando suas melodias. Era como o canto das sereias que me arrebataram e me deixava alim inerte até, sem perceber, cair de lado vencido pelo sono.

O bordado de labirinto, traçado sobre a trama do linho e engomado com o amido da mandioca é uma instalação que também merece todo olhar, idealizado pelo artista potiguar João Marcelino, esse painel divide a sala e mais parece um portal onde podemos observar exposição por outro olhar,

Na segunda sala, temos além, de fotografias de idealizadora da exposição, as colmeias artificiais onde são criadas abelhas e podemos sentir o cheiro do mel na folhas de “favos” onde não temos, nem o favo nem o mel mas, que onde encontramos textos e biografias das pessoas do reduto, nos proporciona uma grata surpresa além de nos fazer pensar quão criativa é a Mônica Mac Dowell em suas criações.

Por último entramos na última sala onde mergulhamos num ambiente que nos abraça e nos prende. Assisti uma projeção audiovisual que ocupava todas as paredes e o chão da sala. Nessas projeções, assisti o manejo de colheita do mel. o zumbido das abelhas, a raspagem do mel que escorria pelas paredes, as ondas do mar de tourinhos quebrando e invadindo o chão da sala e que por vezes tive a impressão que me molhava os pés. As moças descascando a mandioca, o canto triste do aboio e o som inconfundível do vaqueiro tirando o leite da vaca no balde. Confesso que essa sala me quebrou. Lembrei muito do meu pai. Aquele som do leite esguichando nas paredes do balde me apertou o coração de saudade, o aboio que ele cantava tão majestosamente ouvi ali reproduzido naquele homem, ser vivente do Reduto, criatura que feito entidade, fez questão de inundar meus olhos, de molhar minha alma com o quebrar das ondas da saudade.

Analisando a relação dessa aventura que vivi e pensando a arte como instrumento terapêutico cito uma frase da célebre Dra. Nise da Silveira: “O artista, o poeta, mergulha no inconsciente e volta. Já o doente, o louco, não tem o bilhete de volta. Essa é a diferença.” Porém, como artista tenho consciência de que, no momento da criação, enlouquecemos o suficiente para “deshabitar” desse mundo de conceitos, pré-conceitos, regras, tabus e sistemas opressores para livremente criar. Talvez seja essa a chave que vira e torna a arte curativa. 

Saí da exposição em estado de graça. indicando para todos os amigos e convidando-os a visitarem a exposição, acho que na esperança de que eles também possam sentir o mesmo que eu, que seja, atingidos pelo raio do deslumbramento que me atingiu em cheio a exposição Faces do Reduto.

Linkando a oportunidade que tenho de acessar galerias, teatros, cinemas, de poder frequentar uma universidade, de poder ter acesso a bens culturais tão significativos, e ainda, sabendo o quão importante é tudo isso me acendeu o desejo de poder proporcionar isso a outras pessoas, de poder levar também um pouco de arte como terapia, como instrumento para melhorar a qualidade de vida, levantar a autoestima e curar algumas feridas, motivo de insistir e resistir na arte.  

Encerro este texto pensando: certamente cada experiência tem o poder de nos transformar, não somos mais os mesmos que éramos a um minuto atrás e não seremos também os mesmos daqui há um minuto, porém existem experiências que nos impactam de uma forma que essa consciência se instala como uma pedrada na cabeça. As mudanças acontecem de maneira sutil no dia-a-dia, porém outras são instantâneas e tão intensas que sentimos a transformação acontecendo em tempo real. 

Ah! A arte é algo maravilhoso e eu sou um privilegiado.

Rosinaldo Luna 

servico:

Exposição de arte

Pinacoteca do estado

Cidade alta/ Natal RN 

Acesso gratuito

Terça a domingo. 

Horário comercial. 



09/05/2025

Natal ganha nova exposição de artes visuais

IFRN CENTRO HISTÓRICO lançou ontem, 08 de maio sua nova exposição ENTRE TEMPOS em alusão à memória dos 115 anos do IFRN.
                                    

Ontem, 08 de maio, no campus do IFRN - CENTRO HISTÓRIO, no bairro das Rocas em Natal aconteceu a vernissage Entre Tempos,traços e memórias do IFRN, produzida por alunos do 5° Período de Produção Cultural daquela instituição. Estarão expostas mais de vinte obras de artistas potiguares que participaram da ultima edição do ATELIÊ A CÉU ABERTO que acontece no segundo semestre nas dependências do campus onde artistas apresentam seus trabalhos nas mais diversas linguagens: óleo sobre tela, zine, aquarela, arte digital etc, e concorrem ao prêmio Ruy Pereira. 


E exposição conta ainda com uma segunda móstra: SALÃO DOS INDEPENDENES, onde o público interno e externo poderá contemplar obras desenvolvidas pelos alunos de procução cultural desenvolvidas na disciplina de Fundamentos das Artes Visuais no ateliê do CAL/IFRN, sala 10 do campus. A exposição, Salão dos Independentes, é alusiva ao grande Salão de Arte que segundo a Porfessora Mara Pucci: "essa exposição foi organizada por um júri acadêmco e foi a primeira Exposição  Independente em París".  Amostra dos Independentes acontece no Ateliê de artes co CAL/IFRN das 13h às 17h. Nesse espaço estarão expostas obras em diversas linguagens. Está aberta ao público e grupos interessados em visitar.


A Finissage da exposição Entre Tempos - Traços e Memórias do IFRN, acontecerá no dia 05 de Junho e será marcada por um significativo evento no espaço de convicência do CAL/IFRN que acontecerá das 13:00h às 17:00h com palestras que agreegam cacdêmicos, pesquisadores e expressionistas das artes visuais, associando-se às comemorações do 115 anos do IFRN.

No dia 06/06 acontece a exposição MARIA FERNANDA, AINDA ESTÁ AQUI que trabalha o conceito  aliercado na misogenia e temática do feminicidio, ecoando na momória da população. Maria Fenanda, adolescente residente no bairro golandin, São Gonçaõ do Amarante, desapareceu quando voltava da escola, no referido bairro, onde a família reside.

O projeto é coordenado pelo professor Fábio Teixeira Duarte e toda a montagem foi orientada pela Professora Mára Pucci com colaboração de Karen Varela e apoio dos alunos de produção Cultural que se dividiram nas mais diversas funçoes na pré-produção e ontagem da galeria.

A Vernissage contou ainda com várias atrações culturais: música, teatro e o DJ Ericleiton Emidio, também aluno do curso de produção cultural, abriu sua picup e agitou o salão. 

Para agendar sua escola entrar em contato pelo e-mail:

fabio.duarte@ifrn.edu.br


Imagens.

Fotos da equipe de produção.






04/05/2025

Fui arrebatado em 1877 e não consigo retornar.





O nordeste e sua condição, a de verdade e a do preconceito, sempre renderam muito para a dramaturgia. Geralmente cercada de clichês, e maneiras nem um pouco respeitosa, seguimos nós servindo de chacotas e piadas de gosto duvidoso. Para o restante do país, somos um povo que passa fome, que não tem água para beber e que por isso, nos mantêm num lugar de inferioridade, como cidadãos de quinta, sexta classe. Quando o texto é escrito por alguem do sul ou sudeste então. Não é raro, mesmo agora com a revoada de grandes atores nordestinos às telenovelas e stream's, ouvirmos interpretações clichezudas e sotaques completamente fora de tudo que somos. Me deixa indignado. Me deixa ofendido. Não consigo assistir uma nordestina interpretada pela Suzana Vieira, por exemplo. Isto é uma questão pessoal minha. Mas não apenas ela, até atores de origem nordestina caem nessa situação. 
Lembro que até alguns anos atraz, quem desejasse pleitear alguma coisa, necessariamente teria que treinar um sotaque neutro. Isso para mim é o mesmo que esfriar o sol, nós somos o que somos. E isto é o que é.
Porém, para nossa salvação e deleite o teatro, sempre nos brinda com obras tão singulares e sublimes que até as dores impressas em cada poro dos atores nos enche de emoção e orgulho de ser feito desse barro seco.

Falo de 1877, espetáculo criado pelo elevado diretor caicoense Lourival Andrade Júnior e montado pela célebre Associação Cultural TRAPIÁ.
Com uma cenografia cortante, a cor e os seres moldados na argila, temos um drama belissimo, profundo, analitico, que apesar de se passar em 1877 tem um discurso político, atual, engajado e consciente. Saí do teatro ainda em devaneio. 

Me emocionei em diversoso momentos do espetáculo e gostaria de convidar você, que por acaso leia esse blog, que não deixem de ir ao teatro assistir 1877, vale muito a pena. Cada segundo, cada lagima rolada, no rosto dos atores, e no seu também, pode ter certeza disso, é uma lágrima de superação, de homenagem aos ancestrais dos quais a natureza retirou o barro para nos forjar.

Como se não bastasse, a Associação, juntamente com a competente produtora cultural Tatine Fernandes, criaram o projeto Trapá Semente, que vem formando grupos de teatro em todos os municipios da região seridó e, com o apoio indispensável da COSERN através de seus editais alem do SESC. 

A trapiá arrebanhou 7(sete) premios no 11° FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO DO PIAUÍ, que aconece em Floriano e é um dos maiores festivais do país.
PÊMIOS
Melhor Espetáculo
Melhor Espetáculo - Júri Popular
Melhor direção -  Lourival Andrade
Melhor Ator - Alexandre Muniz
Melhor ator coadjuvante - Pedro Andra
Melhor Maquiagem - Bruno César
Melhor Figurino - Monica Beloto

Me rendo aqui e faço reverência a grandiosidade do tetro potiguar, caicoense, sertanejo.
Rosinaldo Luna

OBS:
Para esclarecimentos, esse blog não é para escrita de textos jornalisticos, técnicos. Ele é um diário de coisas que eu sinto, que me tocam e me arrebatam, e 1877 continua me arrebatando a cada cena que eu revisito nas memórias. 
Parabéns Trapiá: Lourival, Alexandre, E,anoel Bonequeiro, Tatianne e toda equipe.
Quero ver, rever, tornar a ver. Sempre e VIVA O TEATRO POTIGUAR DO INTEIRO. SOMOS GRANDES.
Rosinaldo Luna

Explodiu tudo no IFRN _ Centro Histórico.







Foram três dias de muita ação e descobertas durante a Mostra Júnior Dalberto de Monólogos, no Campús do IFRN Centro Histórico, no bairro das Rocas, em Natal. O evento aconteceu em fevereiro e reuniu um grande público que conheceram a obra desse artista tão relevante para a cena potiguar.

Presenças ilustres abrilhantaram ainda mais dando credibilidade ao projeto pensado pelo ator e produtor

Convidados do Bate Papo. Da esquerda para a direita: Junior Limeira, Rosinaldo Luna,
 Carla Alves, Kely Rocha (Sobrinha)
 Robson Paiva(Esposo)
 José Neto Barbosa,(amigo) Barbara Cristina (Amiga)
ClaudioMachado (IPHAN)

cultural Rosinaldo Luna com parceria de Júnior Limeira, Italo Felipe e Kaliane Livs, estudantes do curso de Tecnologias em Produção Cultural.

Nove monólogos  em diversos gêneros, com ofinina de Escrita de Texto para Monólogos, roda de conversa com convidados ilustres: José Neto Barbosa,m ator e produtor cultural, premiado com os monólogos Borderline e A Mulher Monstro com os premios CENIN e APCA, os maiores e mais importante premios do teatro nacional, Bárbara Cristina, atriz e produtora cultural de relevância inconteste, Carla Alves mediado de leitura, Robson Paiva, produtor cultural de renomem Claudio Machado, diretor do IPHAN e Lara Barros, sobrinha do homenageado.;

A atriz Bárbara Cristina
Produtor Cultural Italo Felipe
Júnior Dalberto foi um importante artista potiguar que falefceu em 2020 aos 60 anos, vitma da Covide 19. Júnior deixou um importante legão no teatro, na literatura e na vida de grande parte dos artistas potiguare devido sua importancia e legado.

Alem dos monólogos ainda aconteceram premiações e show coma banda Cangulos, foramda pelos professores do IFRN Centro Histórico.

Dentre os monólogs destques, escolhidos pelovoto popular destacaram-se Barbarella , a palhaça da mala amarela da atrix Bárbara Cristina, A carne com Célia Bombom e a surpresa que foi Somos Todos Palhaços da Nossa Própria História. Um monólogo interpretado por uma luno de escula pública, do interior do estado. Harley Daniel é uma jovem e promissor ator, residente da zona rural, sitio mangericão, em São Paulo do Potengi e que dentre varios atores de Natal se destacou e levou preio em igual condição com Bárbara Cristina, formada em tetro pela UFRN e Célia Bom Bom, experiente atriz que circula entre performançes teatrais e audio visual. Um orgulho para nós.



Rosinaldo Luna


@mostra.juniordalberto

@insight_insano



16/02/2025

MOSTRA JÚNIOR DALBERTO DE MONÓLOGOS PROMETE SACUDIR A CENA DE NATAL.

Idealizado por alunos do curso Superior em Produção Cultural, disciplina ministrada pelo professor Ytalo Pinto, do IFRN Centro Histórico, localizado no bairro das Rocas, zona leste de Natal, a mostra Júnior Dalberto de monólogos é o resultado da disciplina de desenvolvimento de projeto, mas, que chega já com marra de festival. “Nos dias, 19, 20 e 21 de fevereiro, manhã, tarde e noite nosso grupo apresentará uma grande celebração teatral, voltada para o gênero monólogos e sua diversidade: monólogos teatrais, stand up, contação, recital, performances, oficinas, mesas redondas, convidados especiais, feirinha de artesanatos e comida saudável, tudo linkado com as ODS”. Explica entusiasmado o ator, diretor teatrólogo e produtor cultural, Rosinaldo Luna, idealizador da mostra. O homenageado é o multiartista potiguar Júnior Dalberto: escritor, diretor, teatral, poeta, que morreu em 2020, aos 60 anos, vítima da COVIDE 19. Teremos a oportunidade de apresentar para o público a obra desse grande artista, responsável por obras primas, tanto na literatura quanto no teatro.
É de Júnior Dalberto assinatura dos sucessos: Borderline (José Neto Barbosa/RN e Bruce Brandão/RJ. Além de Ventre de Ostra que será apresentado no gênero leitura dramática pela escritora Carla Alves que abre a programação da mostra e Inkubus, monólogo estrelado pela atriz potiguar Alice Carvalho (Cangaço Novo/Renascer). Nos três turnos a mostra promoverá inclusão, educação de qualidade, sustentabilidade e muita arte, sacudindo a cena de Natal apresentando seus nove monólogos na mostra competitiva uma oficina de escrita teatral para monólogos, ministrada pelo próprio Rosinaldo Luna, e uma mesa redonda composta por artistas convidados: José Neto Barbosa 9 Cia. C.E.M de teatro (Borderline, A mulher Monstro, prêmio Cenyn, APCA; o produtor Robson Paiva, esposo do homenageado e cuidador do legado do artista; Barbara Cristina, atriz e produtora, que comporão a mesa. Na equipe Junior Limeira produtor executivo; Ítalo Felipe, auxiliar de produção; Kaliane Ivis, social Medea, e o próprio Rosinaldo, todos se revezam em diversas funções para poder garantir a entrega de um projeto que pretende ficar registrado no calendário cultural da cidade. O projeto tem total apoio do IFRN e do produtor cultural Jobson Paiva que disponibilizou documentos, fotos, medalhas, e um rico e derivado número de documentos que compões o acervo do Júnior Dalberto. Rosinaldo Luna diz que “É impossível alguém ter um contato com a magnitude da arte de Júnior (Dalberto) sem se inquietar com sua vivacidade e energia. Aproveito e convido a todos e todas a virem vivenciar essa experiência”. Link’s: Monólogos na mídia https://tribunadonorte.com.br/viver/mostra-junior-dalberto-de-monologos-de-rosinaldo-luna-recebe-inscricoes-ate-o-dia-16/ https://papocultura.com.br/morre-junior-dalberto/ https://papocultura.com.br/espetaculo-inkubus-sera-apresentado-de-graca-nesta-quinta-no-centro-historico/ https://redeglobo.globo.com/globoteatro/noticia/2015/05/marcello-goncalves-estreia-na-direcao-com-o-espetaculo-borderline.html https://oteatromerepresenta.blogspot.com/2015/06/borderline-limites-o-que-sao-vocesairia.html https://www.instagram.com/reel/DEoDhUftOYY/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA== Contatos: Rosinaldo Luna (84) 999557577 Junior Limeira (84) 992284994 Italo Felipe (84) 988640540 Kaliane Ivis (84) 98752524 Instagram: @mostra.juniordalberto e-mail: jrdalberto.festivalmonologos@gmail.com

27/06/2024

Alma e talento Pacarrete.

 

Marcélia Cartaxo é Pacarrete
Foto: internet

Oiii

Voltando aqui depois de um tempo né? Bastante tempo por sinal. Tenho estado meio sem estimulo para várias coisas, inclusive escrever, algo que não posso deixar acontecer. 


Porém o que me traz de volta? Um filme, um filme brasileiro, um filme nordestino, de um cineasta a diretor nordestino, com atores nordestinos e a atriz mais talentosa, e isto é uma coisa minha mesmo, paraibana, do interior, premiadíssima e muito querida Marcelia Cartaxo.


Marcélia Cartaxo/Allan Deberton
Foto: internet

O sonho do diretor Allan Deberton, um diretor criativo e cearense que ousa conquistar o mundo com seu drama, sensível, profundo, dolorido enquanto poético, Pacarrete. Depois de conquistar todos os festivais por onde circulou no mundo inteiro, finalmente o filme chega ao stream, à netflix, democratizando o acesso a um público ainda maior.


Pacarrete é um filme emocionante, de uma linha emotiva que nos prende e nos segura de olhos fixos à tela durante todo o tempo. Ver Marcélia Cartaxo encarnando a bailarina aposentada, cheia de vida e sonhos e compreender a loucura que sua mente transborda é uma aula de intrpretação, composição e time para qualquer aspirante ou ator/atriz consagrado. É oportunidade de aprender .

Além da questão da fragilidade humana da Pacarrete, esta ainda evidencia o tratamento dispensado ao artista. O desinteresse das gestões no que se refere a valorizar e manter a arte em detrimento dos modismos, fatos que conhecemos, aja vista a invasão dos gênero pop sertanejo nas festas tradicionais dos festejos juninos no nordeste onde prefeitos inescrupulosos tiram Albas, Dorgivais e Santanas de seus festejos para trazer atrações milionárias e sem nenhuma tradição de forró para assim, juntos e sob os aplausos do público encherem as burras de dinheiro, muito dinheiro. Os mesmos gestores inescrupulosos que defende a entrega de equipamentos públicos a empresas privadas, que tratam com desprezos leis e editais de fomento à cultura, que persegue e maltrata o artista e os trata como loucos e classe inferior, mas que no palanque enchem as imundas bocas loucas estufam os peitos secos de respeito e proferem pecaminosamente a palavra CULTURA como se essa palavra pudesse ser pronunciada por qualquer um ou uma.  

João Miguel e Marcelia Cartaxo
Foto: internet
Quanto custa para um artista abandonar-se, abdicar-se. Não sabemos, porém Pacarrete o fez por um
motivo apenas: amor. Por amor deixou-se largada para poder dedicar-se a irmã doente, Zezita Matos, cadeirante e dependente do afeto, da paciência e do amor da Pacarrete. Por outro lado o amor por Miguel, outro sensível personagem dessa trama. Miguel é o porto seguro desse ser encantado. O afeir, o homem por quem Pacarrete entrega seu amor de menina, uma hora deixando a dúvida se é amor fraterno apenas, ou um platônico e arrebatador sentimento. Não sei, só sei que é lindo, sublime, poético. 

E o que dizer ao final a cena do balé... Meu desejo é estregar tudo que, mas meu objetivo nesse texto é apenas fazer-lhes buscar assistir o mais rápido possível essa obra prima do cinema nacional. A calçada de frente sua casa se transforma em conjunto com sua fantasia num imenso palco de um grande teatro, onde emocionada e plena nossa personagem dança, perfeitamente o lago dos sisnes que morre como todo artista no palco nú, na solidão do teatro vazio. 


Evoe.


Por Rosinaldo Luna

07/04/2024

Da magia Ferrariana


 Oi. 

Faz muito tempo que não escrevo nada por aqui, porém, hoje quero divagar meus pensamento e coloocar meus únicos neurônios para pensar um pouco e espero que eles produzam um texto interessante, não muito longo, morro de preguiça de escrever. Aliás, ultimamente tenho andado com muitas preguiças, até de pensar. Mas emfim, vamos dar tratos a bola como diziam uns contemporâneos meus kkkk.

Hoje, sem preguiça nenhuma, fui ao Teatro Alberto Maranhão, prestigiar o mais novo empreendimento teatral da casa de Zoé, sim porque tudo que esse povo faz não se resume apenas a um espetáculo somente, mas um emprendimento de inspiração e autenticidade. Ou seja, fui apenas para constatar o óbvio: Cesar Ferrário é um bruxo da dramaturgia. E eu já havia dito isso quando assisti Sinapsi Darwin. 

Não vou querer me estender muito, nem ficar aqui "rasgando sedas" para o óbvio, kk já o fiz isto desde que iniciei esse texto, mas quero falar que mais uma vez a Casa de Zoé entrega um belissimo trabalho. Pensado e planejado nos minimos detalhes. 

Foto de divulgação
O elenco afinadíssimo onde todos são multi instrumentistas e cantores, diga-se de passagem, estão em perfeita harmonia. Cada instrumento com vida própria, com um texto só seu, onde pudemos deglutir cada nota, de cada um. Dudu Galvão é um show aparte, não tem muito o que falar. ele ! Gosto de vê-lo em cena. Assim como Nara Kelly, excelente atriz e uma mulher de uma dulcilidade... Eita que estou ficando açucarado de mais. Senti falta de Titina Medeiros, que não atuou na sessão da tarde, quando eu falo sessão da tarde quero dizer sessão das 16:00h, foi substituida. Uma pena para mim que sou tiete "qui çó a gôta". Acho que ela deve ter ido a Acarí tomar banho no gargalheiras que ela não é besta nem nada, duvida? Eu não. Duvido não. 

Mas eu quero falar do mago mesmo. Do César Ferrário. Como este camarada evoluiu. Lembro da primeira novela que assisti com ele e como lá ele também cresceu, tornou-se um grande ator também de tv. E como diretor e dramaturgo então, esse cara está sendo responsáel por criar as obras mais icônicas do teatro potiguar, que há quem diga que está morto, apesar de eu discordar disso. Podemos estar passando por muitos problemas, principalmente a falta de equipamentos. Temos apenas dois teatrs abertos na ciadae para atender a demando de grupos e produtores. Tolhe, limita e desestimula o artista. Mas não aos artistas da Casa de Zoé e outros grupos com menos visibilidade, tem muita gente fazendo teatro de qualidade na cidade.

Bom, já falei do espetáculo, do atuor, da direção, do elenco mas deixei para falar, a meu ver, da coisa

Foto: Chrystian de Saboya (Face Book)

mais linda de todo espetáculo: a iluminação. A luz criada pelo iluminador Ronaldo Costa é uma poesia linda. Confesso que viagei tanto na luz que em certos momentos não ouvia nem via a cena que acontecia no palco, mas a luz, ela que transofrma tudo em beleza e versos iluminados. 

Aí, se for dar corda ficarei aqui escrevendo e voces não terão saco de ler nem metade, mas gostaria de falar dos adereços. Os bonecos do Chicó do Mamulengo e os adereços e figurinos do mestre João Marcelino belissimos, funcionais, espetaculares como sempre são as criações do João.

Trocando em miúdos, querem saber do que eu falo, levantem o bundão da cadeira e vão assistir a essa MAGIA FERRARIANA. É um espetáculo para toda familia. 

Mas agora só na proxima temporada porque dessa vez já foi, perdeu mané. 

Eu fui e... fuiiii. 


Rosinaldo Luna.



23/07/2023

Insight Insano no TAM.

O monólogo Insight Insano chega no teatro Alberto Maranhão em agosto, nos dias 12 e 19, as 15:00h em atenção ao convite/desafio da administração para dar início a uma proposta linda de ocupação dos múltiplos espaços daquela casa de artes. Ronaldo Costa, diretor do TAM me convidou e eu sendo afoito como sou, não poderia deixa de atendê-lo. 

Inspirado em dois textos clássicos da dramaturgia universal, Valsa N°06 de Nelson Rodrigues e O Diário de um Louco, do dramaturgo russo Nicolai Gogol, o espetáculo proporciona ao espectador mergulhar nos labirintos da mente de Ícaro, um homem atormentado por pressões cotidianas e pele preconceito sofrido por aqueles estão em adoecimento mental que são, diariamente, execrados e marginalizados por todos nós. 

A sala de ensaios da OSRN - Orquestra Sinfônica do RN, preparada para ensaios, com isolamento acústico proporcionará aos expectadores uma experiência única, um mergulho profundo na mente do Ícaro. Um pulo num abismo de olhos vendados em direção ao seu próprio ser interior.

A intenção do Ronaldo Costa, diretor do Tam e coordenador geral dos teatros do RN, é proporcionar a artistas da cidade e espetáculos mas intimistas, como é o nosso monólogo, a oportunidade de apresentarem-se contando com a infra estrutura do mais charmoso e imponente teatro de natal a valores de pautas acessíveis. 

Os ingressos para o monólogo Insight Insano estarão disponíveis na plataforma SIMPLA apartir do dia 05/07 e são limitados. Apenas 100 por data e a preços populares. R$ 20,00. Interessado em assistir corram.

O texto e direção é de Rosinaldo Luna com operação de som de Vik Romero, iluminação de Beatriz Andrade; makes de Luana Luna; produção executiva Júnior Limeira e assistência de produção Keren Álvares e Luana Luna;, secretaría de palco Felipe Mota, e apoio do teatro Alberto Maranhão e Fundação José Augusto. 


SERVIÇO:

TEATRO: MONÓLOGO INSIGHT INSANO

ONDE: SALA DA ORQUESTRA SINFONICA do RN,

TEATRO ALBERTO MARANHÃO 

HORA: 15:00H

DURAÇÃO: 50minutos

INGRESSOS:R$ 20,00 na plataforma Simpla.

Informações: @insightinsano1 







20/05/2023

Injustiça com o Grilo

    Ontem, 19 de maio, dia do museu foi desmontada a exposição do artista plástico Pedro Grilo que estava exposta na galeria do museu da rampa. Um museu que enterra o legado de um dos maiores artistas visuais do RN. Sem justificativa, sem explicação e sem nenhum respeito, a arte e ao artista. Poderia parecer ironia mão não acredito que seja esse o caso. 

      Não vou buscar porquês, por que não existem porquês. Simplesmente alguém decidiu desmontar a exposição, sem a menor satisfação a quem organizou, batalhou e cuidou até ontem. Sabemos que o complexo está passando por uma reestruturação devido a ida da secretaria estadual de Cultura para lá, mas não justifica desmontar a exposição, a não ser por maldade ou politicagem. 


  Como artista fico indignado, como cidadão fico triste porque não tive tempo de levar meu neto para ver as belíssimas imagens impressas pelo talento de Pedro Grilo sobre uma Natal que já não existe.

     Nas redes sociais li a indignação de alguns amigos artistas, poucos ante a importância do fato e o gigantismo de Grilo. Porém nessa terra de Poty é público e notório que um dos hobbies dos artistas é derrubar, criticar e desfazer do trabalho dos amigos, com  raras e pouquíssimas exceções. Com Grilo não seria diferente. 

     Ouvi muita gente lamentando não terem tido tempo, mesmo a exposição estando há vários meses lá, de levar seus alunos para uma visita a exposição, assim como meu lamento acima por não ter levado meu neto. um tanto quanto injustificável. 

   Porém, sobre a forma vil que trataram o Pedro Grilo e a arte potiguar, só me resta um desabafo neste veículo pouco visitado deste também desconhecido artista que imprime aqui sua solidariedade aos curadores da exposição. 

     Desejo sorte aos que estão assumindo a coordenação do museu e sorte a todos nós artistas que estamos sob  o julgo dos cargos que eles ocupam, sob as mesas lustrosas onde sentem-se onipotentes.

Viva Pedro Grilo.

By Rosinaldo Luna

19/05/2023

Monólogo Insight Insano e SINASEFE

 
🎭 *CULTURA | Monólogo sobre saúde mental terá três apresentações em maio*


O produtor cultural Rosinaldo Luna e a Livraria Manimbu promovem nos dias 11, 12 e 25 de maio, o Monólogo "Insight Insano". O evento, que conta com o patrocínio do SINASEFE Natal, é aberto ao público em geral e tem como objetivo possibilitar o debate e a reflexão sobre a saúde mental por meio da arte ▶️ https://www.instagram.com/p/Cryh0cKrUOf/


✅ _O espetáculo do dia 11 será apresentado às 19h, na Livraria Manimbu, localizada na rua Açu, 666a, Tirol, e já está com os ingressos disponíveis no site Sympla (https://www.sympla.com.br/evento/monologo-isight-insano/1948359). Após a apresentação, haverá uma roda de conversa com os participantes do evento, o autor do monólogo, Rosinaldo Luna, e Mattheus Rocha, psicólogo que mediará o debate_


✅ _No dia 12 de maio, a encenação acontece no auditório do IFRN Campus Parnamirim. Já no dia 25 de maio a peça será encenada no auditório do IFRN Campus Cidade Alta. As apresentações nos Campi do IFRN acontecem às 15h e contarão com a mediação da equipe de Psicologia das unidades. Em breve, os ingressos para esses dois espetáculos estarão disponíveis na plataforma Sympla._


▶️ *Mais informações:* https://www.sinasefern.org.br/cultura-monologo-sobre-saude-mental-tera-tres-apresentacoes-em-maio/


*#SINASEFEnaLuta*

Todos merecem ABRAZO

 

 

Imagem de internet

                Vou falar de Abrazo, espetáculo escrito por Cesar Ferrario e livremente inspirado no livro dos abraços de Daniel Galeano, que assisti juntamente com minha turma de produção cultural do IFRN no Teatro Alberto Maranhão. A dramaturgia peculiar do Cesar Ferrario é sem duvidas um diferencial.

Desde sempre gosto de teatro infantil. A fantasia contida nesse gênero teatral me leva aos mais intrínsecos labirintos de minha infância carente de tudo, menos de teatro, sem nem ter conhecimento disso. Assistir uma peça é sempre uma aventura gostosa e divertida e ver um espetáculo bem cuidado, encenado e dirigido é tudo de bom.

O espetáculo fala de um país onde não se permite sorrir, assobiar, cantar e é terminantemente proibido ABRAÇAR. É nesse contexto que Ferrario ambientou sua dramaturgia inspirada em desenhos animados e filmes de massinha. Um deslumbre.

Me chamou a atenção o figurino branquíssimo e impecável, criado pelo fabuloso João Marcelino, diretor e figurinista premiado, inclusive internacionalmente. Portanto, falar deste espetáculo é um prazer.

Abrazo é uma peça sem texto e por incrível que pareça, este nesse caso é totalmente dispensável. Aliás, essa linguagem está sendo bastante explorada pelo autor em suas peças, haja vista Sinapsi Darwin, espetáculo da companhia Casa de Zoé que também nos leva por toda história da evolução humana sem pronunciar uma única palavra.

A cenografia minimalista e a mistura de animação em três portas que não se abrem, porém que nunca estiveram fechadas a imaginação, foi outro ponto que me chamou a atenção. A iluminação é referencial de uma montagem bem cuidada e profissional.

Com um elenco de excelentes atores, a começar pelo mediador Alex Cordeiro, temos no palco Dudu Galvão, Paula Queiroz e Camile Carvalho revezando-se entre o rapaz, a avó, a florista, o soldado , o general e toda a opressão impregnada aos moradores de um país que desejam mas não podem abraçar.

Abrazo estreou em 2014 voltada para o publico infanto-juvenil e faz parte de uma trilogia latino americana montada pelo grupo Clowns de Shakspeare ao lado de “Nuestra senhora de las nuvens” e ”Dois amores y um bicho”. Com direção de Marcos França a peça nos remete aos filmes do cinema mudo.

Por fim, recomendo e gostaria de ressaltar a importância desse tipo de projeto de formação de plateia em oferecer oportunidade de pessoas irem ao teatro, poderem entrar num prédio histórico como é o Teatro Alberto Maranhão e saírem encantadas com a magia que a arte nos provoca.

Rosinaldo Luna

 

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